Por Altamiro Borges
A visão moralista do passado
O "julgamento do mensalão"
Como se jacta no artigo publicado hoje no Estadão, FHC tem
viajado muito pelo mundo. “Fui aos Emirados Árabes, ao México, ao Japão, à
China e, na semana passada, ainda fui a Buenos Aires”. Estas viagens, segundo
informa, têm servido para refletir sobre os desafios da atualidade e reforçaram
a convicção do príncipe da Sorbonne sobre a importância das chamadas classes
médias.
Para o ex-presidente, que arruinou a vida de milhões de pessoas
das classes médias, vítimas do desemprego e do brutal arrocho de salários, esta camada social
será decisiva nos futuros embates políticos. Ela não seria “mesquinha” e “covarde”,
como teorizavam círculos da esquerda no passado. Pelo contrário. Ela reuniria
as melhores virtudes – a cultura do trabalho, do esforço e da honestidade.
Aposta nas camadas médias
Em seu artigo, FHC mostra-se preocupado com a ascensão da
chamada “classe C”, decorrente das políticas públicas adotadas nos governos
Lula e Dilma. Ele não consegue prever quais serão suas tendências políticas.
Mesmo assim, ele especula: “É provável que se juntem, nas formas de
comportamento e nos valores, às classes médias preexistentes”.
É nesta base social complexa que o mentor do PSDB aposta as suas
fichas. Para ele, as chamadas classes médias “se sentem um tanto desconectadas
da instituição que, sem ser a única, lhes abrigou e deu influência: o governo,
o Estado. Justamente porque a política vem sendo percebida cada vez mais como
um jogo de vale-tudo, onde a moral conta menos do que o resultado”.
Todo este arrazoado teórico – na prática, mais político e
eleitoral, do que propriamente sociológico e acadêmico – resulta na sua
convicção de que a questão ética, moral, definirá os rumos políticos do Brasil.
Em síntese: FHC incorpora a velha visão udenista, da direita moralista do
passado, como a principal bandeira da oposição demotucana na atualidade.
“É hora, por isso mesmo, de reforçar, e não de menosprezar,
os valores fundamentais ditos ‘de classe média’ – estudo, trabalho,
honestidade... Minha aposta é a de acreditar que a velha e boa classe média,
que já contribuiu para a formação da nação, ainda pode ter papel relevante e
será capaz de contagiar com seus valores as camadas emergentes”.
Ao final do artigo, como quem não quer nada, o tucano FHC afirma
que o “julgamento do mensalão” será determinante na disputa pela hegemonia nas classes
médias. “Não só de pão vive o homem. A decência e a honestidade são partes da
vida. Convém reforçar os comportamentos que se inspiram nelas”, afirma o
ex-presidente, como se ele fosse um exemplo de ética e moralidade pública.
7 comentários:
Que é que esse sujeitinho entende de ética e moralidade?
Dias atrás conversando com meu médico acupunturista ele me disse que lia o livro dessa coisa e que ela, a coisa, dizia que agora estava fácil governar.
O bichinho quer porque quer embaçar o brilho alheio!!!
A honestidade e a decência...
Vamos falar de um apartamento na Avenida Foch, em Paris.
Depois de ter dado a Cerra o comando da nau da privatização; ter estabelecido o marco histórico -"A era FHC", sinônimo de "Era Perdida" -, jogando a soberania do país na lata do lixo; esgotado as possibilidades de esperança da classe média que ele desempregou, e lançado o país ladeira abaixo, agora, o ex-presidente FHC virou um transformista: um dia está de veneta, no outro esclerosado...
A classe média foi quem mais sofreu com o seu governo.
A classe média hoje existente, devem a Lula a sua ascenção.
Tanto que FHC sabe disto, que tenta a conquistar.
Acho muito difícil.
É só olhar a caricatura do FHC pro texto pra gente ter ideia de como se apresenta hoje esse cavaleiro da triste figura. O homem elefante era mais simpático antes e depois das cirurgias a que se submeteu.
FHC hoje éuma espécie de satélite político desativado no espaço da lua, a espera somente de ser jogado no solo lunar para medir o impacto do tiro a futuras viagens tucanas para o espaço.
Senhores petistas/malufistas! Quem diria, quem diria..., os senhores deveriam plantar batatas!
O comprometimento do PT com a corrupção, mais uma vez se comprovou no voto do ministro Dias Toffoli, ex-advogado do PT, liberando “fichas sujas” para se candidatarem nas próximas eleições. Assim, certamente milhares de corruptos, ladrões, bandidos, traficantes, contraventores do PT e de outros partidos serão eleitos para a infelicidade do processo político brasileiro! A própria aproximação do Lula com Paulo Maluf, é outra demonstração de que o PT é um partido que abdicou de quaisquer propósitos exceto os de vencerem eleições e permanecerem no poder! A questão é a seguinte: vencerem eleições e permanecerem no poder pra quê? Para propiciarem mais corrupções? Ou este partido encerraria difusos ideais de ideologias que se autodenominam de esquerda e que, por isso alimenta ilusões de propiciar uma sociedade mais justa? Mas os seus militantes ainda não atentaram para um fato contraditório: o de que não se pode esperar uma sociedade mais justa através da corrupção! Também é possível que no âmago de suas convicções, os sectários do PT estejam convictos de que será necessário extirpar a sociedade de uma superestrutura capitalista, a grande responsável pela miséria e a pobreza que nos relegam a uma subserviência perante as nações do primeiro mundo, em especial dos EUA! Mas os seus militantes insistem em não compreenderem que para essa tarefa de enormes proporções será necessário uma elite de pessoas da mais alta qualidade! Porém, onde está esta elite no PT? Acaso os seus integrantes estarão entre os que serão julgados no mensalão? Ou entre os aloprados? Waldomiro Diniz seria um deles? Talvez alguns dos ministros exonerados por corrupção? José Sarney, Collor, Renan, Paulo Maluf farão parte desta elite? Os militantes deste partido ainda não perceberam que não é possível fazer um gigante com pés de barro ou elaborar uma teoria política em cima de bases defeituosas! Ora, ora, os resultados serão viciosos! Em outras palavras, como dizem os caboclos, “você não pode plantá capim e querê colhê banana! Ora, ora, vá plantá batata!”
Att. Eugênio José Alati
Atentem para os seguintes dizeres de FHC: "Minha aposta é a de acreditar que a velha e boa classe média, que já contribuiu para a formação da nação, ainda pode ter papel relevante e será capaz de contagiar com seus valores as camadas emergentes”. Desde que essa personagem começou a proferir discursos e a escrever textos direcionados à classe média pensei e ainda penso que o dito cujo quer é insuflar individualismo, muito individualismo nas sofridas classes mais baixas usando seus discípulos da classe média e da "nova classe média" chamada de classe C, convertendo todos em adeptos de suas teses privatistas, entreguistas e antissociais.
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