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O jornal Folha de S.Paulo revelou nesta segunda-feira (19) que o Ministério Público Eleitoral de São Paulo (MPE) pediu a suspensão do registro da candidatura do empresário milionário Pablo Marçal (PRTB) por abuso de poder econômico. A solicitação foi feita pelo promotor da 1ª instância Fabiano Augusto Petean, que apresentou uma ação de investigação judicial eleitoral contra o ex-coach fascista.
“Em caso de condenação, esse tipo de ação pode resultar na inelegibilidade por oito anos e ainda na cassação do registro do candidato beneficiado ou, no caso de julgamento após encerrada a eleição, do mandato”, descreve o jornal. O promotor justificou seu pedido alegando que haveria uso irregular de recursos na propagação de cortes de vídeos nas redes digitais. Ele explicou que a ação teve como base representações enviadas ao Ministério Público.
“Em julho, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) pediu que Pablo Marçal fosse investigado por abuso econômico e uso indevido dos meios de comunicação. A peça apresentou diversos trechos de vídeos em que Marçal incentiva seus seguidores a se cadastrarem em um aplicativo de corte de vídeos e diz que vai remunerar os que tiverem mais visualizações. Marçal afirma que ‘tá pagando em dinheiro’ e que há quase 5.000 pessoas fazendo cortes de vídeos para ele”.
Mapeamento das contas favoráveis ao lacrador
Uma reportagem do jornal O Globo citada na ação do PSB mapeou 50 contas favoráveis a Pablo Marçal com milhões de visualizações e conteúdos com ataques a adversários e fake news. A lei eleitoral proíbe a contratação de pessoas físicas ou jurídicas para que façam publicações de cunho político-eleitoral em seus perfis nas redes. “Para desviar desta proibição, o candidato não faz o impulsionamento diretamente. Ao contrário, estimula o pretenso cabo eleitoral ou eleitor para que, de vontade própria, faça sua própria postagem ou propaganda”, argumentou Fabiano Petean em sua solicitação. Ele ainda acrescentou:
“Ao estimular o eleitorado a propagar as mensagens eleitorais pela internet, o candidato, sem declarar a forma de pagamento e computar os fatos financeiramente em prestação de contas ou documentações transparentes e hábeis à demonstração da lisura de contas, aponta para uma quantidade financeira não declarada, não documentada e sem condições de relacionamento dos limites econômicos utilizados para o ‘fomento eleitoral’ de tais comportamentos, desequilibrando o pleito eleitoral”.
O patrimônio sinistro de R$ 169 milhões
Diante do pedido do MPE, o ex-coach reagiu com a sua costumeira arrogância: “Não há financiamento nenhum por trás disso, nem na pré-campanha, nem na campanha. Isso é só uma tentativa desesperada do bloco da esquerda, MDB, PSB, PT e PSOL, de tentar frear quem realmente vai vencer as eleições. Essa manobra só reforça o medo que estão do efeito Marçal, mas eles não vão nos parar”. A suspeita de abuso de poder econômico, porém, é plenamente justificável. O ricaço tem muita grana para tentar assaltar o poder da cidade mais rica do país.
Matéria publicada no Estadão no domingo (18) mostra sua sinistra fortuna. “O empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), declarou um patrimônio de R$ 169.503.058,17 ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É a maior soma de bens declarados entre os dez candidatos à prefeitura da capital paulista, superando em mais de R$ 130 milhões o patrimônio declarado pelo segundo postulante ao cargo mais rico, o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), que afirmou ter um patrimônio de R$ 38 milhões”.
Omissão de bens na Justiça Eleitoral
Segundo dados da Receita Federal, Pablo Marçal atua em 21 empresas, entre sociedades e participações administrativas. “As áreas de atuação variam entre holdings, incorporação imobiliária, consultoria empresarial, escola e até resort de férias. Somados, os capitais sociais das corporações ligadas a Marçal representam mais de R$ 194 milhões. Nesse quesito, a de maior valor é a Aviation Participações, uma holding, ou seja, uma empresa que faz a gestão de outras instituições”.
Há várias denúncias de irregularidades acerca do patrimônio do fascista. Segundo denúncia do site UOL, Pablo Marçal teria omitido uma empresa da qual é sócio e ao menos R$ 22 milhões em sua declaração de bens. “Além de não elencar sua sociedade na Flat Participações, o empresário declarou outras duas empresas em valores inferiores aos registrados na Receita Federal. A prática está em desacordo com uma norma do TSE segundo a qual a declaração de cotas societárias deve ser realizada tal como consta no Fisco”.
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