terça-feira, 14 de junho de 2016

Eleições devem ampliar guerrilha na rede

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A proibição de doações de pessoas jurídicas a campanhas, que passará pelo seu primeiro teste nas eleições municipais deste ano, tem potencial para contribuir com a mudança no cenário político brasileiro, diminuindo a influência de grandes empresas que, na prática, “contratavam'' políticos através de polpudos financiamentos. Boa parte dos escândalos de corrupção no país nasceram dessa relação de luxúria e lascívia, sem medo de dar beijo na boca e deixar marcas no pescoço, entre corporações e seus candidatos. Ou seja, há uma boa expectativa para a medida decidida pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado.

Liberdade de Cunha versus prisão de Dirceu

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A mais cruel demonstração da justiça iníqua brasileira está no seguinte.

José Dirceu apodrece na prisão enquanto Eduardo Cunha janta em restaurantes finos no Rio, em São Paulo e em Brasília.

A diferença essencial entre eles: Cunha é um serviçal da plutocracia. Ganha gorjetas para defender criminosamente os superricos. Na Câmara, impediu por exemplo que fosse discutida a regulação da mídia e deu todo o apoio à terceirização.

Serra e os lacaios do imperialismo

Globo e a crise do futebol brasileiro

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

"A Globo é a única que transmite gratuitamente em TV aberta, como também fazemos com o futebol brasileiro há 40 anos. Mas protestar é direito do cidadão". Galvão Bueno, na TV Globo, em 02.03.2016, ao falar sobre protesto de torcedores do Corinthians

"2015 vai entrar na história do futebol brasileiro como um grande ano. O ano em que há poucas semanas o presidente José Maria Marin passou o bastão para o presidente Marco Polo. Presidente Marin, em nome do grupo Globo, em meu nome, eu gostaria de agradecer todo o carinho, toda a atenção com a qual o senhor sempre nos brindou, sempre aberto a discutir os temas que interessam ao futebol brasileiro, dos quais me permito destacar, o novo formato da Copa do Brasil, que deu mais charme a essa competição promovida pela CBF, que é a verdadeira competição do futebol brasileiro". Marcelo Campos Pinto, ex-todo poderoso da Globo Esportes, discursando em evento em 2015


A frase de Galvão Bueno, dita durante uma partida entre Corinthians e Santa Fé, no Itaquerão, pela Libertadores da América, foi uma resposta às várias faixas que a Gaviões da Fiel exibiu na arquibancada. Futebol refém da Globo, dizia uma delas. Globo manipuladora, dizia outra.

Lavar e enxaguar a lambança de Temer

Editorial do site Vermelho:

Há sinais fortes de que a conjuntura política mudou. A presidenta Dilma Rousseff, afastada para o julgamento do processo de impeachment, saiu das cordas, ao mesmo tempo em que – às vésperas de completar um mês de interinidade – o vice-presidente que ocupa ilegitimamente a Presidência da República, Michel Temer, se vê cada vez mais isolado, no Brasil e no mundo.

São dois os sinais da mudança na conjuntura – o primeiro foi a entrevista com a presidenta Dilma Rousseff na TV Brasil (exibida nesta quinta-feira, dia 9); o outro foram as enormes manifestações pelo “Fora Temer” desta sexta-feira (10).

O sistema de assassinatos nos EUA

Por Jeremy Scahill, no site Outras Palavras:

Desde seus primeiros dias como comandante em chefe, o presidente Barack Obama fez do drone sua arma preferida, usada pelos militares e pela CIA para perseguir e matar as pessoas que seu governo considerou – por meio de processos secretos, sem acusação ou julgamento – merecedores de execução. A opinião pública tem colocado foco na tecnologia do assassinato remoto, mas isso tem servido frequentemente para evitar que se examine em profundidade algo muito mais crucial: o poder do Estado sobre a vida e a morte das pessoas.

Os 12 produtos mais perigosos da Monsanto

Do jornal Brasil de Fato:

O Resumen Latino Americano listou 12 produtos comercializados pela Monsanto, empresa especialista na fabricação de sementes geneticamente modificadas e herbicidas, que causaram e ainda causam muita controvérsia. Alguns destes produtos demonstraram, em estudos científicos amplamente divulgados, a incidência de doenças como câncer em animais - logo após comprovados em seres humanos. Outros são polêmicos pelos desastres humanitários que geraram, como a Bomba Atômica, que dizimou milhares de pessoas.

Prioridade de Dilma deve ser a democracia

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Renato Rovai, em seu blog:

Há análises para todos os gostos e sabores a respeito de como o país pode sair desta encalacrada golpista em que se encontra. Algumas buscando alternativas concretas, mesmo que isso implique em riscos. Outras mais interessadas em marcar posição, porque só enxergam um único caminho para trilhar. Dialogo neste texto com a apresentada por Valter Pomar, dirigente petista e professor universitário, que criticou o artigo que escrevi sobre o tema.

Plebiscito 1 – A questão é Michel Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Lançada há duas semanas por Roberto Requião (PMDB-PR), com apoio de pelo menos duas dezenas de senadores e a benção pública de Dilma Rousseff, a proposta de se realizar um plebiscito para antecipar as eleições presidenciais tornou-se o centro de um debate decisivo para derrotar Michel Temer e cicatrizar a ruptura institucional produzida pelo golpe de abril-maio de 2016.

A discussão em torno do plebiscito tem crescido, nos últimos dias, na mesma medida em que crescem manifestações de repudio ao golpe parlamentar que afastou Dilma.

Dilma e o dilema do plebiscito

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Entre a entrevista concedida à CartaCapital e a conversa com o jornalista Luís Nassif transmitida na noite da quinta-feira 9 pela TV Brasil, passaram-se duas semanas. Quando eu, Mino Carta e André Barrocal encontramos Dilma Rousseff no Palácio do Alvorada, a presidenta afastada fugiu apenas de dois assuntos: o que faria para tentar reverter os votos desfavoráveis no Senado e quais medidas tomaria caso fosse reconduzida ao cargo.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Intelectuais boicotam a mídia hegemônica

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

“O grande partido da elite brasileira hoje é a imprensa. Eles não fazem uma cobertura equivocada, são claramente promotores do golpe”, declara Gilberto Carvalho, ex-ministro do governo Lula e Dilma, em entrevista à Caros Amigos.

Recentemente, Carvalho recebeu um convite do jornal Estado de São Paulo para entrevista sobre a atual conjuntura política, que, segundo a jornalista responsável pela matéria, seria um bom espaço para que o petista tornasse pública sua opinião. Sem pensar duas vezes, negou. “Não achei adequado dar espaço e colaborar com um veículo desses, que só solicitou a entrevista para justificar um suposto equilíbrio, uma pseudo imparcialidade”, afirma.

Bolsa-empresário e o desmonte da EBC

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O capitalismo brasileiro tem aversão ao risco e adora uma boquinha. Segundo publicou a Folha de S. Paulo, os cinco principais programas de estímulo à indústria brasileira vão consumir, em isenções fiscais, R$ 52 bilhões até o final do ano. E tudo indica que os beneficiários não cumpriram as contrapartidas, tais como investimentos, atualização tecnológica e inovação. Simplesmente embolsaram o que deixaram de pagar em impostos. Já os cerca de R$ 500 milhões destinados à EBC para fazer comunicação pública e governamental, o governo provisório acha um absurdo e ameaça fechar a empresa para evitar “gasto supérfluo”.

A onda de ódio e preconceito em debate


Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A onda de ódio e preconceito na sociedade será tema da 8ª edição do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?, marcada para o dia 4 de julho, às 19 horas, na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83), em São Paulo. Estão confirmadas as presenças dos seguintes debatedores:

A democracia de papel (moeda) do Senado

Por Antônio Albano de Freitas, no site Brasil Debate:

Diz lá no início de nossa Constituição Federal de 1988 que todo o poder emana do povo, e que este o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da própria Constituição (Art. 1º. parágrafo único).

Com a permissão de alguns números, no entanto, vamos levantar hipóteses acerca deste exercício de poder e representatividade, em específico, para o caso dos 81 senadores que votaram pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente, agora afastada, Dilma Rousseff.

O Globo quer a revogação da CLT

Foto: Caio Santos/Jornalistas Livres
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Dois posts atrás, citei os dados da matéria de Max Leone, em O Dia, com uma tenebrosa avant-première da reforma previdenciária urdida pelo Governo Temer.

Há outra, porém, aguardando apenas a confirmação do usurpador no cargo de Presidente que ele jamais atingiria pelo voto.

É a trabalhista, que hoje é “exigida” por O Globo em, como disse um amigo, um pornográfico editorial.

A reforma trabalhista.

Temer ataca símbolos do “petismo”

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No domingo 12, o governo de facto de Michel Temer completou um mês. Por alguma razão, vem sendo qualificado pelos adeptos do impeachment (golpe) como “governo de salvação nacional”. Mas que medidas o governo interino tomou para ser brindado com esse título?

Se formos perguntar aos conservadores o que Temer fez de bom nos primeiros trinta dias de sua usurpação, certamente elencarão ataques a símbolos do petismo e à presidente Dilma.

Golpe contra a liberdade de imprensa

Por Breno Altman, em seu blog:

A Secretaria de Comunicação Social do governo interino de Michel Temer resolveu, no final de maio, cancelar verbas publicitárias para sites e blogs considerados simpáticos ao Partido dos Trabalhadores.

Não foram os únicos procedimentos destinados à degola dos setores de imprensa confrontados com o novo bloco de poder. A demissão ilegal do presidente da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), suspensa liminarmente pelo STF, também integra o portfólio de providências para minar veículos de informação críticos ao impeachment.

sábado, 11 de junho de 2016

Atos no Brasil e no mundo contra Temer

Foto: Jornalistas Livres
Da Rede Brasil Atual:

Ao menos 18 estados registram manifestações de repúdio ao governo interino de Michel Temer (PMDB). Os manifestantes exigem o retorno da presidenta Dilma Rousseff (PT), afastada em 12 de maio após admissibilidade de processo de impeachment no Senado. Ao longo do dia, várias cidades no exterior também contaram com atos em defesa da democracia.

Os protestos foram convocados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem dezenas de movimentos sociais. Além das capitais, muitas cidades do interior são palcos de protestos pedindo a saída de Temer da presidência. Nas rede sociais, a hashtag #ToNaRuaForaTemer figura entre os assuntos mais comentados do país no Twitter.

O mundo do FMI e o mundo de Temer

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

O FMI já não é mais o mesmo. Está fazendo, já há algum tempo, uma revisão de seu credo liberalizante e de sua ortodoxia fiscal.

Num artigo recente intitulado “Neoliberalismo: Sobre-estimado?” os economistas Jonathan D. Ostry, Prakash Loungani, e Davide Furceri, todos do Departamento de Pesquisa do FMI, fazem um espécie de mea culpa relativo ao apoio indiscriminado que a instituição deu, no passado, à adoção de políticas neoliberais.

Não há meias palavras: é golpe!

Do site Carta Maior:

O Governo Federal brasileiro encontra-se sob intervenção judicial. A Presidente da República foi afastada do cargo com todos os ritos formais cumpridos – aprovação por maioria qualificada na Câmara, maioria simples no Senado e chancela do Supremo. Na aparência, tudo na mais perfeita ordem.

No entanto são irônicos aqueles que usam esses argumentos para defender a legitimidade do processo. Não houve crime cometido de maneira intencional e na gravidade necessária para o afastamento da mandatária, durante seu mandato de Presidente. Na realidade, nem crime houve. E todos sabem que em cada uma dessas instâncias ocorreram julgamentos políticos, no sentido pequeno da palavra, de acordos e negociatas visando a implantação de um governo com novo arranjo de poder.