sábado, 9 de abril de 2016
A farsa da direita contra Dilma
Editorial do site Vermelho:
Aquilo que se assistiu na quarta-feira (6), na Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a admissibilidade do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, foi uma farsa golpista grotesca que afrota a consciência democrática e legalista do país.
Com desavergonhada desenvoltura o relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), pôs a atividade confiada a ele a serviço de seu chefe, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do vice-presidente, Michel Temer, e do golpismo direitista e neoliberal.
Aquilo que se assistiu na quarta-feira (6), na Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a admissibilidade do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, foi uma farsa golpista grotesca que afrota a consciência democrática e legalista do país.
Com desavergonhada desenvoltura o relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), pôs a atividade confiada a ele a serviço de seu chefe, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do vice-presidente, Michel Temer, e do golpismo direitista e neoliberal.
Lava-Jato, Globo e a Mossack & Fonseca
Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:
Atropelada por outros fatos e providencialmente esquecida pela mídia, a 22ª fase da Lava Jato continua um mistério. Por que ela destoa tanto dos padrões de outras ações do juiz Sergio Moro e da força-tarefa?
E por que a missão organizada para ser a cereja do bolo após dois anos de intensas investigações tornou-se uma letra morta, um arquivo incômodo nos escaninhos da Justiça Federal em Curitiba?
A 22ª fase, batizada de Triplo X, referência pouco sutil ao apartamento triplex em um edifício na praia paulista do Guarujá atribuído ao ex-presidente Lula, ganhou as ruas em 27 de janeiro.
Atropelada por outros fatos e providencialmente esquecida pela mídia, a 22ª fase da Lava Jato continua um mistério. Por que ela destoa tanto dos padrões de outras ações do juiz Sergio Moro e da força-tarefa?
E por que a missão organizada para ser a cereja do bolo após dois anos de intensas investigações tornou-se uma letra morta, um arquivo incômodo nos escaninhos da Justiça Federal em Curitiba?
A 22ª fase, batizada de Triplo X, referência pouco sutil ao apartamento triplex em um edifício na praia paulista do Guarujá atribuído ao ex-presidente Lula, ganhou as ruas em 27 de janeiro.
O golpe gosta das madrugadas
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Terminou às 4h43m de hoje a sessão da Comissão de Impeachment destinada a que os parlamentares falassem sobre o pedido de impedimento da Presidenta da República.
Falassem para quem, às quatro horas da manhã?
Para os gatos sorrateiros, para os ébrios das calçadas, para os plantonistas de portarias, no esforço de vencerem o sono que lhes pesa às pálpebras?
Terminou às 4h43m de hoje a sessão da Comissão de Impeachment destinada a que os parlamentares falassem sobre o pedido de impedimento da Presidenta da República.
Falassem para quem, às quatro horas da manhã?
Para os gatos sorrateiros, para os ébrios das calçadas, para os plantonistas de portarias, no esforço de vencerem o sono que lhes pesa às pálpebras?
Golpe perdeu força, mas pode reagir
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Uma das consultorias mais ouvidas e celebradas por analistas de banco e gestoras de investimentos, a Eurasia Group, rebaixou sua previsão de impeachment de Dilma Rousseff. De acordo com relatório divulgado na terça (5), a consultoria internacional estima que se o impeachment fosse votado hoje pela Câmara dos deputados, seria barrado.
A informação foi divulgada por Christopher Garman, diretor da consultoria internacional de risco político Eurasia. Para Garman, faltam entre 20 e 40 votos para os adversários da presidente Dilma aprovar o processo de impeachment na Câmara.
Uma das consultorias mais ouvidas e celebradas por analistas de banco e gestoras de investimentos, a Eurasia Group, rebaixou sua previsão de impeachment de Dilma Rousseff. De acordo com relatório divulgado na terça (5), a consultoria internacional estima que se o impeachment fosse votado hoje pela Câmara dos deputados, seria barrado.
A informação foi divulgada por Christopher Garman, diretor da consultoria internacional de risco político Eurasia. Para Garman, faltam entre 20 e 40 votos para os adversários da presidente Dilma aprovar o processo de impeachment na Câmara.
MST e PM: Quem emboscou quem no Paraná?
Na tarde desta quinta-feira (7), dois sem-terra morreram e seis ficaram feridos em confronto ocorrido no acampamento Dom Tomás Balduíno, em Quedas do Iguaçu, centro-sul paranaense.
Mais não se sabe. No dia do jornalista, um aparente bloqueio de informações se abateu sobre o caso. As últimas notícias, extraídas de jornais locais, são das 21h e não trazem fatos novos para elucidar as circunstâncias reais da contenda.
Na ausência de relatos objetivos de testemunhas e imagens do ocorrido, uma rápida apuração de poltrona revela informações perturbadoras. Antes de expô-las, cabe uma passagem sobre os relatos de cada lado do episódio.
Impeachment é uma fraude escancarada
http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/ |
Não é preciso alimentar ilusões sobre o voto de 197 páginas de Jovair Arantes para pedir o impeachment de Dilma Rousseff. O texto é frágil e contraditório. Tão cauteloso diante da ambição de pedir o afastamento de uma presidente eleita por mais de 54 milhões de votos que está carregado de expressões de quem procura deixar claro que não tem segurança para fazer afirmações categóricas e definitivas. Em vários parágrafos Jovair faz questão de sublinhar que pode estar errado e que sua opinião está sujeita a revisões.
Uma nova ofensiva da direita no campo
Por Alceu Luís Castilho, no site Outras Palavras:
Aos fatos:
1) Dois sem-terra foram mortos ontem em Quedas do Iguaçu, em ação conjunta da Polícia Militar do Paraná com seguranças da Araupel. A empresa ocupa terras da União. Sete mil pessoas disputam o território, no Acampamento Dom Tomás Balduíno. Pelo menos outros seis sem-terra ficaram feridos. Texto do MST descreve um ataque: “Sem Terra são assassinados no Paraná“. Os textos da grande imprensa falam em “confronto”. E apresentam a versão da polícia de que quem fez a emboscada foram os sem-terra. Os mortos: Vilmar Bordim, 44 anos, casado, três filhos; Leomar Bhorbak, 25 anos, que deixa a esposa grávida de nove meses.
Aos fatos:
1) Dois sem-terra foram mortos ontem em Quedas do Iguaçu, em ação conjunta da Polícia Militar do Paraná com seguranças da Araupel. A empresa ocupa terras da União. Sete mil pessoas disputam o território, no Acampamento Dom Tomás Balduíno. Pelo menos outros seis sem-terra ficaram feridos. Texto do MST descreve um ataque: “Sem Terra são assassinados no Paraná“. Os textos da grande imprensa falam em “confronto”. E apresentam a versão da polícia de que quem fez a emboscada foram os sem-terra. Os mortos: Vilmar Bordim, 44 anos, casado, três filhos; Leomar Bhorbak, 25 anos, que deixa a esposa grávida de nove meses.
Ponte para o Futuro, o programa do golpe
Por Maria do Rosário Nunes, na revista Teoria e Debate:
No final de outubro de 2015, em meio ao aprofundamento da crise política, em grande medida comandada por Eduardo Cunha, o PMDB, partido que integrou ao lado do PT a chapa presidencial de Dilma, em 2010 e 2014, elaborou uma proposta, em suas palavras, “para tirar o Brasil da crise”. Enunciado enquanto texto para debate interno, foi amplamente divulgado, tal como um programa de candidatura à Presidência. Neste caso, porém, as eleições já haviam passado, e o “Uma Ponte para o Futuro” não era dirigido aos eleitores, mas ao capital financeiro, aos empresários, aos latifundiários, à mídia oligopolizada e, é claro, aos políticos ávidos por poder que viram seus interesses serem contrariados. Na verdade, tratava-se do programa do golpe.
Listaremos cinco conjuntos de propostas que consideramos mais preocupantes de um programa que, em sua totalidade, é avesso aos interesses do Brasil e de seus trabalhadores e trabalhadoras.
No final de outubro de 2015, em meio ao aprofundamento da crise política, em grande medida comandada por Eduardo Cunha, o PMDB, partido que integrou ao lado do PT a chapa presidencial de Dilma, em 2010 e 2014, elaborou uma proposta, em suas palavras, “para tirar o Brasil da crise”. Enunciado enquanto texto para debate interno, foi amplamente divulgado, tal como um programa de candidatura à Presidência. Neste caso, porém, as eleições já haviam passado, e o “Uma Ponte para o Futuro” não era dirigido aos eleitores, mas ao capital financeiro, aos empresários, aos latifundiários, à mídia oligopolizada e, é claro, aos políticos ávidos por poder que viram seus interesses serem contrariados. Na verdade, tratava-se do programa do golpe.
Listaremos cinco conjuntos de propostas que consideramos mais preocupantes de um programa que, em sua totalidade, é avesso aos interesses do Brasil e de seus trabalhadores e trabalhadoras.
Dez lições da múltipla crise brasileira
Por Leonardo Boff, em seu blog:
Toda crise acrisola, purifica e faz madurar. Que lições podemos tirar dela? Elenco algumas.
Primeira lição: o tipo de sociedade que temos não pode mais continuar assim com é. As manifestações de 2013 e as atuais mostraram claramente: não queremos mais uma democracia de baixíssima intensidade, uma sociedade profundamente desigual e uma política de negociatas. Nas manifestações os políticos também os da oposição foram escorraçados. Igualmente movimentos sociais organizados. Queremos outro tipo de Brasil, diverso daquele que herdamos que seja democrático, includente e justo.
Toda crise acrisola, purifica e faz madurar. Que lições podemos tirar dela? Elenco algumas.
Primeira lição: o tipo de sociedade que temos não pode mais continuar assim com é. As manifestações de 2013 e as atuais mostraram claramente: não queremos mais uma democracia de baixíssima intensidade, uma sociedade profundamente desigual e uma política de negociatas. Nas manifestações os políticos também os da oposição foram escorraçados. Igualmente movimentos sociais organizados. Queremos outro tipo de Brasil, diverso daquele que herdamos que seja democrático, includente e justo.
Lula endurece o discurso contra a mídia
Por Leonardo Miazzo, no blog O Cafezinho:
O auditório do Anhembi, em São Paulo, estava lotado de estudantes, professores e representantes de movimentos da juventude na noite desta sexta-feira para o "Encontro de Lula com a Educação". Além do ex-presidente, estiveram presentes figuras importantes, como Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp, Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, e Rui Falcão, presidente nacional do PT. Lula, como sempre, foi recebido com festa, aos gritos de "Não vai ter golpe" e "Lula guerreiro". Na sequência, iniciou um discurso que, ao menos em comparação aos mais recentes, foi mais contundente - críticas à imprensa, lembrança da necessidade de regulamentar os meios de comunicação, ironia para comentar a delação da Andrade Gutierrez e ataques ao golpismo de Michel Temer.
O xadrez da bala de prata de Janot
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Entra-se nos dias derradeiros para a primeira tentativa de impeachment com vários movimentos no nosso tabuleiro.
Movimento 1 - Rodrigo Janot usa a bala de prata contra Dilma.
A sequência de ações contra Lula denotava uma intenção persecutória da Lava Jato. Caçar Lula tornou-se foco único. Depois, representações de toda ordem de outros procuradores, sempre tendo por alvo Lula e, por álibi, os factoides que provavelmente eles próprios plantavam na mídia.
Entra-se nos dias derradeiros para a primeira tentativa de impeachment com vários movimentos no nosso tabuleiro.
Movimento 1 - Rodrigo Janot usa a bala de prata contra Dilma.
A sequência de ações contra Lula denotava uma intenção persecutória da Lava Jato. Caçar Lula tornou-se foco único. Depois, representações de toda ordem de outros procuradores, sempre tendo por alvo Lula e, por álibi, os factoides que provavelmente eles próprios plantavam na mídia.
A notícia-crime contra o juiz Sergio Moro
Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:
Um grupo de advogados e advogadas do Rio Grande do Sul apresentou nesta quinta-feira (7), na Procuradoria Regional da República da 4ª Região, notícia-crime contra o juiz Sérgio Moro “tendo em vista a ocorrência de fatos que constituem, em tese, crimes de ação pública”. Reconhecendo o mérito das revelações feitas durante algumas das investigações da força tarefa responsável pela Operação Lava Jato, os advogados criticam “o método condenável das ações desencadeadas pelo referido grupo de trabalho, a partir de buscas e apreensões e prisões espetaculosas, sistematicamente realizadas com o acompanhamento, muitas vezes simultâneo, dos grandes meios de comunicação”. E apontam quatro crimes que teriam sido cometidos pelo magistrado no episódio das escutas telefônicas envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um grupo de advogados e advogadas do Rio Grande do Sul apresentou nesta quinta-feira (7), na Procuradoria Regional da República da 4ª Região, notícia-crime contra o juiz Sérgio Moro “tendo em vista a ocorrência de fatos que constituem, em tese, crimes de ação pública”. Reconhecendo o mérito das revelações feitas durante algumas das investigações da força tarefa responsável pela Operação Lava Jato, os advogados criticam “o método condenável das ações desencadeadas pelo referido grupo de trabalho, a partir de buscas e apreensões e prisões espetaculosas, sistematicamente realizadas com o acompanhamento, muitas vezes simultâneo, dos grandes meios de comunicação”. E apontam quatro crimes que teriam sido cometidos pelo magistrado no episódio das escutas telefônicas envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
sexta-feira, 8 de abril de 2016
'Veja' arquiva folha corrida de Jovair
Por Altamiro Borges
O novo herói dos golpistas é o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO), que nesta quarta-feira (6) deu parecer favorável ao impeachment da presidenta Dilma. O relator da tal "comissão especial" leu quase 130 páginas para justificar o estupro da democracia. "Uns vão me chamar de herói, outros de vilão e golpista. Esses rótulos não me preocupam", afirmou logo no início da leitura do calhamaço. Como pau-mandato do correntista suíço Eduardo Cunha, ele demonstrou pouca intimidade com o seu próprio relatório. Em vários momentos, tropeçou nas palavras e pareceu não compreender os termos jurídicos do parecer. Mesmo assim, Jovair Arantes - famoso por suas ligações com notórios bandidos - foi poupado pela mídia golpista. A revista Veja, por exemplo, optou por "arquivar" velhas denúncias que publicou contra o agora impoluto e ético "relator do impeachment".
Cadê a lista da Andrade Gutierrez?
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
A chamada “lista da Odebrecht” sumiu do noticiário depois de ter apavorado o mundo político e forçado a disposição das cúpulas partidárias para cortar logo a cabeça de Dilma Rousseff e liquidar com a espadada da Lava Jato. Foi na esteira de sua divulgação que o PMDB resolveu desembarcar do governo e engrossar o cordão do impeachment. Agora, se Lava Jato quiser dar alguma prova de que não se tornou uma ação partidária, deve entregar à opinião pública uma “lista da Andrade Gutierrez”. E não só a de doações legais, que foram até mais generosas para o PSDB, mas também aquela que beneficia todos ou quase todos os partidos, com caixa 1 ou caixa 2.
A chamada “lista da Odebrecht” sumiu do noticiário depois de ter apavorado o mundo político e forçado a disposição das cúpulas partidárias para cortar logo a cabeça de Dilma Rousseff e liquidar com a espadada da Lava Jato. Foi na esteira de sua divulgação que o PMDB resolveu desembarcar do governo e engrossar o cordão do impeachment. Agora, se Lava Jato quiser dar alguma prova de que não se tornou uma ação partidária, deve entregar à opinião pública uma “lista da Andrade Gutierrez”. E não só a de doações legais, que foram até mais generosas para o PSDB, mas também aquela que beneficia todos ou quase todos os partidos, com caixa 1 ou caixa 2.
O ato dos jornalistas contra o golpe
Por José Cassio, no blog Diário do Centro do Mundo:
“Não podia imaginar que, depois de 40 anos, eu teria de recorrer novamente à mídia internacional para saber o que está acontecendo no meu país”.
O professor (ECA/USP) Laurindo Leal Filho se referia a meados da década de 70 quando tinha de sintonizar a Rádio BBC de Londres para saber notícias sobre o golpe de Estado ocorrido no Chile e que consistiu na derrubada do regime democrático constitucional e de seu presidente, Salvador Allende.
O professor (ECA/USP) Laurindo Leal Filho se referia a meados da década de 70 quando tinha de sintonizar a Rádio BBC de Londres para saber notícias sobre o golpe de Estado ocorrido no Chile e que consistiu na derrubada do regime democrático constitucional e de seu presidente, Salvador Allende.
MST exige punição dos criminosos do PR
Do site do MST:
Na tarde desta quinta-feira (07 de abril), famílias do MST, organizadas no Acampamento Dom Tomas Balduíno, no município de Quedas do Iguaçu, região central do Paraná, foram vitimas de uma emboscada realizada pela Policia Militar do Estado e por seguranças contratados pela empresa Araupel.
No ataque covarde promovido pela PM e por seguranças da Araupel, foram assassinados os trabalhadores rurais, Vilmar Bordim, de 44 anos, casado, pai de três filhos e Leomar Bhorbak, de 25 anos, que deixa a esposa grávida de nove meses. Também foram feridos mais sete trabalhadores e dois detidos para depor e já foram liberados.
O perfil dos golpistas fica mais "claro"
Por Dennis de Oliveira, no blog Quilombo:
A cada momento que passa, vai ficando nítido o perfil da maioria dos que defendem o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Os fatos listados abaixo são emblemáticos.
1- Capa da IstoÉ: uma montagem farsesca para sustentar uma visão machista
Na semana passada, a revista IstoÉ lançou uma capa com a manchete “As explosões nervosas da presidente”. O tom da capa e da matéria que remonta a ideia de uma “histeria” atribuída a mulheres que se recusam a se submeter a um ordenamento masculino gerou revoltas em várias organizações feministas. A própria Presidência da República lançou uma nota de repúdio a capa da revista reclamando do tom misógino e machista. (clique aqui para ler).
A cada momento que passa, vai ficando nítido o perfil da maioria dos que defendem o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Os fatos listados abaixo são emblemáticos.
1- Capa da IstoÉ: uma montagem farsesca para sustentar uma visão machista
A foto que deu origem a capa foi uma montagem (do site Pragmatismo Político) |
Na semana passada, a revista IstoÉ lançou uma capa com a manchete “As explosões nervosas da presidente”. O tom da capa e da matéria que remonta a ideia de uma “histeria” atribuída a mulheres que se recusam a se submeter a um ordenamento masculino gerou revoltas em várias organizações feministas. A própria Presidência da República lançou uma nota de repúdio a capa da revista reclamando do tom misógino e machista. (clique aqui para ler).
Máfia da merenda goza da proteção da mídia
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:
Em 2009, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE) iniciou investigação sobre pagamento de propinas envolvendo ao menos dez fornecedores de merenda para a rede pública de educação de São Paulo e de pelo menos 13 municípios.
O relatório, feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apontou que a terceirização do serviço custava quase quatro vezes mais do que se o serviço fosse feito pela própria prefeitura. Durante a pesquisa, os técnicos da empresa também concluíram que a qualidade dos alimentos servidos às crianças não era adequada. Além disso, o Conselho de Alimentação Escolar descobriu, em inspeções feitas entre 2006 e 2007, que em várias escolas e creches o armazenamento dos produtos da merenda era precário, sendo que alguns alimentos já estavam fora do prazo de validade e outros, em estado de decomposição. Depois de algumas notinhas publicadas na imprensa, o Ministério Público anunciou que a apuração correria sob segredo de Justiça. Não há notícias de que alguém tenha sido punido e as pequenas notinhas sumiram da imprensa.
O relatório, feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apontou que a terceirização do serviço custava quase quatro vezes mais do que se o serviço fosse feito pela própria prefeitura. Durante a pesquisa, os técnicos da empresa também concluíram que a qualidade dos alimentos servidos às crianças não era adequada. Além disso, o Conselho de Alimentação Escolar descobriu, em inspeções feitas entre 2006 e 2007, que em várias escolas e creches o armazenamento dos produtos da merenda era precário, sendo que alguns alimentos já estavam fora do prazo de validade e outros, em estado de decomposição. Depois de algumas notinhas publicadas na imprensa, o Ministério Público anunciou que a apuração correria sob segredo de Justiça. Não há notícias de que alguém tenha sido punido e as pequenas notinhas sumiram da imprensa.
Sergio Moro é aprendiz de Mussolini
Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:
Alguns personagens soturnos, celebrizados na arena pública brasileira pelos holofotes da mídia, precisam ser decifrados. O cínico e ousado juiz Sérgio Moro é um deles.
Quem leu o ensaio “Considerações sobre a Operação Mani Polite”, que Moro publicou em 2004 com base em estudos sobre a operação Mãos Limpas na Itália dos anos 1990, pensa que naquele experimento está a fonte definitiva de inspiração do justiceiro. Ali ele descreve os procedimentos arbitrários empregados na Lava Jato: prisão prévia ao julgamento; delação obtida através da extorsão psicológica e moral de investigados presos por meses sem julgamento; inversão do ônus da prova; arbítrio jurídico-policial; ideologização das investigações, e uso da mídia para banalizar o autoritarismo jurídico-policial.
Alguns personagens soturnos, celebrizados na arena pública brasileira pelos holofotes da mídia, precisam ser decifrados. O cínico e ousado juiz Sérgio Moro é um deles.
Quem leu o ensaio “Considerações sobre a Operação Mani Polite”, que Moro publicou em 2004 com base em estudos sobre a operação Mãos Limpas na Itália dos anos 1990, pensa que naquele experimento está a fonte definitiva de inspiração do justiceiro. Ali ele descreve os procedimentos arbitrários empregados na Lava Jato: prisão prévia ao julgamento; delação obtida através da extorsão psicológica e moral de investigados presos por meses sem julgamento; inversão do ônus da prova; arbítrio jurídico-policial; ideologização das investigações, e uso da mídia para banalizar o autoritarismo jurídico-policial.
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