Por Roberto Amaral, em seu site:
O 7 de setembro de Jair Bolsonaro vai para a história como o 18 Brumário que não deu certo. A farsa grotesca, pré-anunciada pelo desfile das relíquias da marinha no último 30 de agosto, afastou o temido trago da tragédia prometida, mas não deve ser vista como ameaça de todo debelada: continuará conosco por um ainda largo tempo, pois durará enquanto não for alterada a presente correlação de forças e removido o atual polo hegemônico, em cujo diretório têm assento os fardados, os herdeiros da casa grande, os procuradores do grande capital e os delegados do império do norte: o 1% de brancos ricos e milionários que nos governa, sem alternância desde a remota origem colonial.
domingo, 12 de setembro de 2021
Lula é o pano de fundo da “operação Jucá”
Por Jeferson Miola, em seu blog:
1.
É razoável aventar-se a possibilidade de Lula ter sido o fator gerador da “operação Jucá” deflagrada pelas classes dominantes e seu bando armado para blindar Bolsonaro.
Lula funciona como uma assombração para os poderosos. Ele é a principal ameaça à continuidade do empreendimento de saqueio do Brasil inaugurado com o golpe contra Dilma.
O establishment, incapaz de vencer Lula dentro das regras da democracia, não abdica nem mesmo da pior das vilanias, que é a destruição da própria democracia, para impedir o retorno dele à presidência da República.
1.
É razoável aventar-se a possibilidade de Lula ter sido o fator gerador da “operação Jucá” deflagrada pelas classes dominantes e seu bando armado para blindar Bolsonaro.
Lula funciona como uma assombração para os poderosos. Ele é a principal ameaça à continuidade do empreendimento de saqueio do Brasil inaugurado com o golpe contra Dilma.
O establishment, incapaz de vencer Lula dentro das regras da democracia, não abdica nem mesmo da pior das vilanias, que é a destruição da própria democracia, para impedir o retorno dele à presidência da República.
Como anda a indicação de Mendonça ao STF
Por Naian Lopes, no Diário do Centro do Mundo:
Depois que Bolsonaro ameaçou colocar fogo na república no 7 de setembro e voltou atrás ninguém falou nada.
Mas o fato é que ainda não se sabe o que vai acontecer com a indicação de André Mendonça para o STF. Por culpa do próprio presidente, o nome vem encontrando resistência em vários segmentos, inclusive no Supremo e no Senado.
O DCM conversou com atores políticos ontem (10) e questionou em que pé está a indicação de André Mendonça.
A resposta foi unânime: “do mesmo jeito, parada”.
Depois que Bolsonaro ameaçou colocar fogo na república no 7 de setembro e voltou atrás ninguém falou nada.
Mas o fato é que ainda não se sabe o que vai acontecer com a indicação de André Mendonça para o STF. Por culpa do próprio presidente, o nome vem encontrando resistência em vários segmentos, inclusive no Supremo e no Senado.
O DCM conversou com atores políticos ontem (10) e questionou em que pé está a indicação de André Mendonça.
A resposta foi unânime: “do mesmo jeito, parada”.
Bolsonaro frustra sua base. ‘O mito murchou’
Charge: https://www.instagram.com/jorgeomau/ |
A “Declaração à Nação” de Jair Bolsonaro, divulgada nesta quinta-feira (9), virtualmente pedindo desculpas – inclusive ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – pelo seu comportamento no dia 7 de setembro é considerada por analistas e parlamentares uma capitulação.
“O mito murchou”, diz o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG). Para ele, o recuo inesperado contido na carta de Bolsonaro causa sensação de frustração e decepção nas hostes bolsonaristas. “Eles queriam um deus. Fizeram até uma estátua de madeira para ele, e o deus deles arregou.”
Na opinião de Delgado, Bolsonaro “ficou empolgado” com os gastos de dinheiro dos empresários amigos da soja e de igrejas. “Falou besteira, e o maior prejudicado de tudo o que aconteceu nos dias 7, 8 e 9 foi ele mesmo. Tanto que reconhece, ao murchar”, diz o deputado.
“O mito murchou”, diz o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG). Para ele, o recuo inesperado contido na carta de Bolsonaro causa sensação de frustração e decepção nas hostes bolsonaristas. “Eles queriam um deus. Fizeram até uma estátua de madeira para ele, e o deus deles arregou.”
Na opinião de Delgado, Bolsonaro “ficou empolgado” com os gastos de dinheiro dos empresários amigos da soja e de igrejas. “Falou besteira, e o maior prejudicado de tudo o que aconteceu nos dias 7, 8 e 9 foi ele mesmo. Tanto que reconhece, ao murchar”, diz o deputado.
Os tutores da República vestem verde-oliva
Por Leneide Duarte-Plon, no site Carta Maior:
"O Exército vai deixar Lula voltar ao poder?" (Libération, 7 de setembro de 2021)
"Cúpula militar garante posse se PT ganhar" (Relatório Reservado, 30 de outubro a 5 de novembro de 1989)
"Leônidas com Collor, faz tudo contra Lula" (Relatório Reservado, 20 a 26 de novembro de 1989)
"Sarney temia forte reação militar à vitória de Lula" (Relatório Reservado, 1 a 7 de janeiro de 1990).
Entre o título do jornal de esquerda francês, "Libération", e os outros três do "Relatório Reservado" - uma newsletter brasileira de negócios, finanças e política – se passaram mais de 30 anos.
Mas a especulação sobre a possível interferência militar nas eleições presidenciais brasileiras permanecem. E revela um país tutelado desde o golpe de Estado militar que proclamou a República.
"O Exército vai deixar Lula voltar ao poder?" (Libération, 7 de setembro de 2021)
"Cúpula militar garante posse se PT ganhar" (Relatório Reservado, 30 de outubro a 5 de novembro de 1989)
"Leônidas com Collor, faz tudo contra Lula" (Relatório Reservado, 20 a 26 de novembro de 1989)
"Sarney temia forte reação militar à vitória de Lula" (Relatório Reservado, 1 a 7 de janeiro de 1990).
Entre o título do jornal de esquerda francês, "Libération", e os outros três do "Relatório Reservado" - uma newsletter brasileira de negócios, finanças e política – se passaram mais de 30 anos.
Mas a especulação sobre a possível interferência militar nas eleições presidenciais brasileiras permanecem. E revela um país tutelado desde o golpe de Estado militar que proclamou a República.
sábado, 11 de setembro de 2021
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
Dilemas do Capitão do Mato e da Casa-Grande
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:
Que o Brasil não é para amadores todo o mundo já sabia.
Mas, com Bolsonaro, a coisa está ficando difícil até para os mais experimentados profissionais.
O grau de volatilidade do cenário político é tanto que as análises de conjuntura têm prazo de validade de apenas algumas horas.
Num momento Bolsonaro, uma dissidência do Homo Sapiens, parece estar ensaiando um autogolpe e, no outro, Michel Temer, o profissional dos golpes, parece estar mandando de novo no país.
Os meandros tortuosos e contraintuitivos da física quântica são mais fáceis de serem entendidos.
Na política brasileira, o gato dentro da caixa não apenas pode estar vivo ou estar morto.
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