Por Fernando Rosa, no blog Senhor X:
Os jornais noticiam que Bolsonaro cobrou de Guedes o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em, no mínimo, 2% neste ano. A “cobrança” renderia uma “piada de caserna” da velhota Seleções Reader’s Digest. O assunto, no entanto, é sério e evidencia que as portas do Posto Ipiranga podem estar sendo fechadas. E não é para menos pois, ao contrário do prometido, além de não crescer, a economia entrou em desaceleração.
Os indicadores de dezembro são incontestes, divulgados por institutos de pesquisa e pelos próprios empresários. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 44% da indústria de transformação fechou o ano em recessão. O varejo, por sua vez, caiu 0,1% em dezembro, frustrando a expectativa de crescimento das vendas de Natal. Também em dezembro, o setor de serviços teve queda de 0,4%. Nem a galinha alçou vôo como previam alguns economistas.
Ao quadro negativo, soma-se o desemprego de 11,6 milhões de trabalhadores, que afasta um enorme contingente humano do consumo. Para piorar, a “reforma trabalhista” dos banqueiros empurrou 41,1% da mão-de-obra para informalidade. E, ainda tão grave, mais de 1 milhão de famílias foram expulsas do Bolsa Família. O resultado é queda da demanda interna, em especial das pequenas e médias cidades.
O governo entra 2020, portanto, apostando que a “vontade” do capitão seja cumprida, mas sem qualquer base na realidade. A taxa de juros chegou ao patamar mínimo e não estimulou investimentos privados, nem a recuperação da indústria e do emprego. As reformas trabalhista e previdenciária apenas arrocharam os ganhos dos trabalhadores e aposentados. Os recursos liberados do FGTS acabaram voltando para os cofres do bancos. Os bancos, aliás, registraram lucros históricos em 2019.
O governo ainda ameaça a sociedade com a PEC dos Fundos, para acabar com os fundos da cultura, do pré-Sal, de ciência e tecnologia e de segurança pública, entre outros. Outra frente de ataque é a “emergência fiscal” que prevê medidas como a redução de até 25% dos salários dos servidores públicos, proibição de valorização real do salário mínimo e de expansão do Bolsa Família. Um ataque sem fim à economia popular e aos direitos dos trabalhadores.
Sem investimento público, a economia nacional avançará da desaceleração para a estagnação e dai para o completo caos. A economia mundial, por sua vez, está às vésperas de uma profunda e devastadora recessão. Com o fim do mundo unipolar, o planeta imergiu em uma nova guerra tecnológica, econômica e geopolítica. Alinhar o Brasil ao “American first” de Trump, sem qualquer reciprocidade, é escolher o lado perdedor da disputa. É entregar o destino do país aos “administradores” de Rio das Pedras.
É hora, portanto, de acender o sinal vermelho, organizar as tropas e ativar as “retroescavadeiras” contra a recolonização selvagem. É preciso parar a destruição da infraestrutura nacional, a drenagem de recursos para os bancos e a escravização da mão-de-obra. O Brasil é maior do que um bando de milicianos apoiados por militares sobreviventes dos porões da ditadura, herdeiros de Silvio Frota. O Brasil não tem vocação para ser, e não será, a 52ª colônia dos Estados Unidos.
Os indicadores de dezembro são incontestes, divulgados por institutos de pesquisa e pelos próprios empresários. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 44% da indústria de transformação fechou o ano em recessão. O varejo, por sua vez, caiu 0,1% em dezembro, frustrando a expectativa de crescimento das vendas de Natal. Também em dezembro, o setor de serviços teve queda de 0,4%. Nem a galinha alçou vôo como previam alguns economistas.
Ao quadro negativo, soma-se o desemprego de 11,6 milhões de trabalhadores, que afasta um enorme contingente humano do consumo. Para piorar, a “reforma trabalhista” dos banqueiros empurrou 41,1% da mão-de-obra para informalidade. E, ainda tão grave, mais de 1 milhão de famílias foram expulsas do Bolsa Família. O resultado é queda da demanda interna, em especial das pequenas e médias cidades.
O governo entra 2020, portanto, apostando que a “vontade” do capitão seja cumprida, mas sem qualquer base na realidade. A taxa de juros chegou ao patamar mínimo e não estimulou investimentos privados, nem a recuperação da indústria e do emprego. As reformas trabalhista e previdenciária apenas arrocharam os ganhos dos trabalhadores e aposentados. Os recursos liberados do FGTS acabaram voltando para os cofres do bancos. Os bancos, aliás, registraram lucros históricos em 2019.
O governo ainda ameaça a sociedade com a PEC dos Fundos, para acabar com os fundos da cultura, do pré-Sal, de ciência e tecnologia e de segurança pública, entre outros. Outra frente de ataque é a “emergência fiscal” que prevê medidas como a redução de até 25% dos salários dos servidores públicos, proibição de valorização real do salário mínimo e de expansão do Bolsa Família. Um ataque sem fim à economia popular e aos direitos dos trabalhadores.
Sem investimento público, a economia nacional avançará da desaceleração para a estagnação e dai para o completo caos. A economia mundial, por sua vez, está às vésperas de uma profunda e devastadora recessão. Com o fim do mundo unipolar, o planeta imergiu em uma nova guerra tecnológica, econômica e geopolítica. Alinhar o Brasil ao “American first” de Trump, sem qualquer reciprocidade, é escolher o lado perdedor da disputa. É entregar o destino do país aos “administradores” de Rio das Pedras.
É hora, portanto, de acender o sinal vermelho, organizar as tropas e ativar as “retroescavadeiras” contra a recolonização selvagem. É preciso parar a destruição da infraestrutura nacional, a drenagem de recursos para os bancos e a escravização da mão-de-obra. O Brasil é maior do que um bando de milicianos apoiados por militares sobreviventes dos porões da ditadura, herdeiros de Silvio Frota. O Brasil não tem vocação para ser, e não será, a 52ª colônia dos Estados Unidos.
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