sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Mercado pressiona por ministro da Fazenda

Fotomontagem do site Delyagin
Por Helena Chagas, no site Brasil-247:


Integrantes daquela entidade denominada mercado estão cansados de saber que Lula não é um irresponsável do ponto de vista fiscal.

Sob qualquer ótica, os atos de um sujeito nos oito anos em que foi presidente da República deveriam pesar mais do que palavras mal-encaixadas como a crítica do petista à "tal estabilidade fiscal" nessa quinta.

Ainda mais depois das "n" vezes em que o presidente eleito disse ter aprendido com D.Lindu a não gastar mais do que ganhava. E do espaço que ele vem dando ao vice, Geraldo Alckmin, e a seus indicados de perfil centrista na transição.

Não é exatamente pelos temores em torno da trajetória da dívida pública, portanto, que as bolsas rugiram, o dólar trovejou e economistas e comentaristas que já andavam loucos para bater no petista soltaram o verbo.

Houve claro exagero nessa reação, e o que está por trás dela é uma espécie de queda-de-braço entre Lula e o mercado.

Lula não venceu para tudo ser igual

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:

É curiosa a reação do “mercado financeiro” às declarações de Lula de que a austeridade fiscal não pode ser obtida à custa de que os brasileiros passem fome.

Afinal de contas, é algo tão óbvio que milhões de pessoas todos os dias o fazem, sacrificando tudo e mais um pouco para dar de comer aos seus filhos e duvido que qualquer um dos bem-educados senhores que administram fortunas, se precisassem, fariam em suas próprias casas.

Tudo, aliás, é investimento quando se trata de cuidar dos seus: a escola cara, o carro luxuoso, o apartamento espaçoso, a roupa de grife…

O que de absurdo disse Lula, para estarem agitados como formigas? Veja só:

Lula e o Brasil fragmentado

Charge: Santiago
Por Roberto Amaral, em seu blog:

A afirmação do presidente Lula de que não existem dois Brasis deve ser lida menos como análise da realidade do que como generoso e republicano projeto de reconstrução nacional ao qual dedicará seu governo, por cujo sucesso todos torcemos, porque desafiará sua conhecida capacidade conciliatória, e porá em xeque muitos dos apoios que contribuíram para a escalada eleitoral.

O fato objetivo é que estamos em face de uma sociedade dilacerada povoando diversos Brasis. A clivagem é política, tanto quanto econômica e ideológica, e a polarização que adjetiva o pleito presidencial é seu retrato presente, talvez o mais agudo, embora não encerre todo o drama. Essa clivagem, porém, não é fenômeno de nossos dias: ela apenas exacerba, pondo-os a nu, os vícios de nossa formação histórica e os crimes de nossa organização político-social, cujos sinais de esgarçamento, de velha data, nos recusamos a reconhecer. Para além dos aspectos mais clamorosos, presentes no Brasil de hoje, sua superação será obra de longo prazo na esteira da construção, coletiva, de um projeto nacional de sociedade democrática caminhando para a superação das desigualdades econômicas e sociais.

A quem interessa minimizar o terror fascista?

Elza Monnerat e a Guerrilha do Araguaia

O relatório da Defesa e a honra militar

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

O “patriota do caminhão” e outros fanáticos

O sindicalismo e a ação democrática

Por João Guilherme Vargas Netto


Como na mitologia grega o herói derrotou o mito ao rasgar-lhe o véu de legitimidade que o encobria. Esta legitimidade conferida a ele pelas urnas de 2018 foi-lhe retirada pela derrota de 2022.

A partir de agora o mito deixa de ser um mito e passa a ser um mico, o mico preto do baralho das crianças que incomoda a quem o tem nas mãos.

Foi o que constatamos com o comportamento de Bolsonaro incapaz de dar o golpe e dúbio em relação ao desvario dos seus apoiadores golpistas.

Para o movimento sindical e suas direções cabe “passar os seus assuntos correntes”, vitorioso em relação ao que seriam os próximos quatro anos com Bolsonaro reeleito.

É urgente revogar o Teto de Gastos!

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


Mal terminou o segundo turno das eleições presidenciais e os grandes meios de comunicação já anunciam o fim da lua-de-mel, meio relâmpago e a contragosto, que ensaiaram com Lula. Bastou que os resultados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmassem a derrota de Jair Bolsonaro para que tivesse início o bombardeio da imprensa tradicional contra qualquer possibilidade de flexibilização nas regras da política fiscal e mesmo de implementação de medidas anunciadas ao longo da campanha visando a solução de problemas emergenciais e também de médio e longo prazos. Clamam pela manutenção da austeridade contra o povo e contra o Brasil.

A estatura de estadista de Lula

As pegadinhas em grupos bolsonaristas

Defesa não aponta fraude nas urnas

Onde está Michelle Bolsonaro?

Como derrotar a República das Milícias?

General vira alvo de Bolsonaro

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Lula se reúne com Lira e Pacheco em Brasília

Bolsonaro: “Nunca más!”

Charge: Gilmar
Por Cristina Serra, em seu blog:


Foi Arthur Lira, jagunço de Bolsonaro na Câmara, quem deu a senha. Ao reconhecer a eleição de Lula, disse que não aceita “revanchismo ou perseguições, seja de que lado for” e que “agora, é olhar adiante”. Traduzindo, vamos passar uma borracha em todos os crimes cometidos por Bolsonaro e a gente (o centrão) não inferniza o governo Lula como Eduardo Cunha fez com Dilma.

Nada mais brasileiro na política, no pior sentido: o acordão, o conchavo, os panos quentes que livram a cara da bandidagem de terno e gravata. Bolsonaro deixará o governo arrastando a mais extensa “capivara” de que se tem notícia no Brasil democrático. De delitos eleitorais a crimes contra a democracia e a saúde pública, como charlatanismo e epidemia com resultado de morte.

A coerência absoluta de Augusto Heleno

Charge: Nani
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Poucas afirmações peremptórias são tão válidas como a que assegura que ninguém, absolutamente ninguém próximo ou que rodeia Jair Messias vale coisa alguma.

Isso incluiu, claro, além da família, todo mundo que ele espalhou pelo seu governo.

Entre os militares que o rodeiam há de tudo um pouco. Houve os que acharam que poderiam controlar seus ímpetos mais primários e foram sumariamente descartados, e há os que continuam ao seu lado e ao seu lado ficarão até o fim.

E entre esses fiéis vassalos, um sempre teve destaque, o general empijamado Augusto Heleno.

Não se trata de um conservador.

Área militar vira quintal de baderneiros no RS

Charge: Duke
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Há oito dias, desde o dia 1º de novembro, falanges fascistas que atentam contra a democracia obstruem vários trechos de ruas do centro histórico de Porto Alegre onde estão localizados o Comando Militar Sul do Exército Brasileiro, a Capitania Fluvial da Marinha do Brasil e, ainda, o Quartel do Comando Geral da Brigada Militar.

Além dos comandos policiais e militares, naquela área também está sediado o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, órgão auxiliar da Assembléia Legislativa.

Quem passeia por aquela microrregião da cidade, convertida em quintal de fascistas inconformados, se depara com patriotas fervorosas orando em voz alta no portão da Igreja Nossa Senhora das Dores, situada cerca de 30 metros distante do Comando Militar Sul, em linha diagonal.

Lula começa o "governo ônibus"

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:

À primeira vista, nada há de extraordinário do que um governo que se instala tenha magnetismo capaz de atrair muita gente e, por este ângulo, não surpreende o potencial de adesão que Lula está despertando na fauna política brasileira.

Nem em que um governo que, ungido pelo voto popular, está tão longe de ter maioria parlamentar própria, aceite que é deste magnetismo que pode tirar condições políticas para se o comando do país e sobreviver ao campo minado que, nos últimos anos, passou a ser o exercício da Presidência.

O que há de diferente é que isso é a única defesa possível contra a ação de um núcleo extremista que, ainda que vencido eleitoralmente, está longe de ser desfeito politicamente e que não dará nem mesmo a trégua inicial com que governos contam ao se instituírem.