sábado, 10 de fevereiro de 2018

A democracia seletiva de FHC

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Com muito papel à disposição, oferecido pela mídia aliada desde outros carnavais, Fernando Henrique Cardoso costumeiramente tem bombardeado Luiz Inácio Lula da Silva com palavras e acusações vãs.

A intenção do príncipe dos sociólogos é a de desqualificar o metalúrgico como deixa antever, pela undécima vez, na coluna dominical assinada por ele em dois jornais: O Globo e Folha de S.Paulo.

Sem muita certeza, FHC julgou que a pátria amada precisa muito “de líderes como de instituições”.

Leitora conta como deixou de ser coxinha

Por Claudia Hug, no blog Socialista Morena:

Primeiramente quero deixar claro que não possuo nenhum conhecimento profundo sobre orientação política, seja de direita ou esquerda. Meu objetivo é compartilhar minha visão do mundo e a experiência de ter “passado para o outro lado”.

Para contextualizar, vou contar um pouco da minha vida. Sou filha de dois baianos pobres e negros que, com muito sacrifício, criaram a mim e minhas irmãs. Passamos por muitos perrengues, tragédias, mas hoje percebo que também tivemos muitos privilégios e sorte.

Sou enfermeira, especialista em controle de infecção, tenho três filhos, sendo dois do meu primeiro casamento. Nasci, morei e trabalhei em São Paulo até 2014. Sempre tive um pensamento político mais conservador e à direita, provável fruto da falta de conhecimento da minha família e meu.

Mundo já esqueceu lições da crise de 2008

Por Alexandre Rodrigues, no site The Intercept-Brasil:

Quatro trilhões de dólares sumiram das bolsas de valores no mundo todo na última segunda. A queda do Dow Jones foi a pior em seis anos. O índice que reúne as 100 principais empresas da bolsa de Londres não via números tão ruins em dez meses. Mesmo a resiliente Bovespa, que sobe até depois da nota de crédito do Brasil ser rebaixada, caiu 2,5%. Nesta quinta-feira, nova porrada, com quedas expressivas – chamadas de mini-crash – nas principais bolsas do mundo. Em apenas dois pregões, a prática se mostrou muito diferente do que foi dito no frio de Davos, duas semanas atrás, quando a elite financeira mundial proclamou 2018 o ano do otimismo. Os mercados deram um sinal de que não é bem assim.

Paraísos fiscais: Os ricos sem fronteiras

Por Reginaldo Corrêa de Moraes, no Jornal da Unicamp:

O tema dos paraísos fiscais pipocou forte na mídia há perto de dois anos, sobretudo depois da publicação dos Panama Papers, enorme banco de informações reunidas por um consórcio internacional de jornalistas.

Dois desses jornalistas – Bastian Obermayer e Frederik Obermaier – contam parte dessa aventura em um livro [The Panama Papers – breaking the story of how the rich & powerfull hide their money, Oneworld Publicationsd, 2016]. O personagem principal é a firma panamenha Mossack Fonseca, que facilitou as operações de milhares de ricaços e corporações, atividades mais ou menos legais, mais ou menos ilegais, mas todas muito desejosas de sigilo.

Fux e a ilegalidade a jato contra Lula

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Luiz Fux se jogou de corpo e alma na caçada à jato do ex-presidente Lula.

Ele imita os fascistas da Lava Jato - procuradores, policiais federais, Sérgio Moro e os verdugos do tribunal de exceção da Lava Jato [TRF4] - que praticam todo tipo de atropelos e ilegalidades para implodir rapidamente a candidatura do Lula.

Mal assumiu a presidência do TSE, no discurso de posse já saiu garganteando a “nova e célere” jurisprudência que pretende criar no tribunal eleitoral para detonar a candidatura do Lula.

Lula mostra a coragem de fazer História

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Embora o calendário informe que faltam sete meses para a eleição presidencial, enfrentamos um período histórico com tantas incertezas - só sabemos que nada sabemos sobre o que vai acontecer até o fim do Carnaval - que é bom aprender a distinguir um necessário pacto de reconstrução da democracia dos conhecidos cantos de sereia que surgem nessas horas.

A melodia é uma chantagem desafinada, foi exposta por Gilmar Mendes e já pode ser ouvida em várias conversas ao longo da semana.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

A obstrução da democracia é articulada?

Por Celso Napolitano, no site do Diap:

Desde a efetivação de Michel Temer, as forças liberais e fiscalistas conseguiram fazer com que os três poderes assumissem, sem qualquer cerimônia, a agenda do mercado e numa perspectiva muito preocupante para a democracia.

Seria isto uma ação articulada e coordenada ou apenas resultado de guinada à direita ou rumo ao “livre mercado”, que responde ao “humor" presente na sociedade atual? A conferir.

O fato é que os temas ou as vozes que possam criar dificuldades ou interromper a trajetória de desmonte do Estado têm sido eliminados do debate ou da possibilidade de deliberação, numa completa negação do direito de participação das pessoas e das instituições.

A Folha saiu do Facebook. E agora?

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

Nesta briga de titãs, não nos cabe defender um ou outro monopólio. Mas não resta dúvida: Já passou da hora de mais setores da sociedade, em particular da mídia alternativa, repensarem sua presença no Facebook e descortinarem outros mecanismos que recuperem o papel da própria rede mundial de computadores, para enfim reduzir o poder desta corporação que quer fagocitar a internet.

Nesta quinta-feira, 08 de fevereiro, a Folha de S.Paulo anunciou, em chamada de capa, que não vai mais publicar seus conteúdos no Facebook. Os motivos elencados pelo jornal são: a alteração dos algoritmos implementada pela plataforma que “passou a privilegiar conteúdos de interação pessoal, em detrimento dos produzidos por empresas, como as que produzem jornalismo profissional”, e o fato de o Facebook não ter conseguido “resolver satisfatoriamente o problema de identificar o que é conteúdo relativo a jornalismo profissional e o que não é”, o que de acordo com a Folha contribui para a disseminação das “fake news”.

Samba da "comuna que pariu"

"Bolsomico" e o carnaval dos idiotas

Marchinha: "Não vá mexer na Previdência"

Globo mostra que Huck mentiu ao TSE

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

É no mínimo irônico que a emissora de TV que veiculou propaganda eleitoral ilegal para seu apresentador de programa de auditório Luciano Huck integre o grupo empresarial do qual outro braço demonstrou inapelavelmente que tanto o apresentador quanto seu patrão estão mentindo à Justiça eleitoral.

Em 8 de janeiro deste ano, o Partido dos Trabalhadores representou ao TSE contra “prática de abuso dos meios de comunicação e do poder econômico cumulado com propaganda eleitoral antecipada (…) por ocasião do programa de televisão ‘Domingão do Faustao’ que foi ao ar no dia 7.1.2018’”. Naquele programa, Huck fez discurso político durante o programa.

Merval marca data para a prisão de Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ministro ad hoc do Supremo Tribunal Federal , Merval Pereira, em sua coluna de hoje em O Globo, marca a data para a prisão de Lula.

Segundo ele, embora registre que os “magistrados não têm prazo para análise”, os desembargadores do TRF-4 analisarão os embargos de declaração na primeira sessão após o vencimento do prazo de apresentação, dia 28. Julgando no dia 28, bastaria a publicação do acórdão deste novo julgamento e…


Mentiras da mídia começam a cair por terra

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

O herói midiático juiz Sergio Moro recebe auxílio-moradia de mais de 4 mil reais mesmo tendo casa própria em Curitiba. No Rio de Janeiro acontece ainda mais com o juiz Marcelo Bretas que mora no Rio de Janeiro com a mulher em uma casa própria e o casal recebe duplamente o auxílio no valor superior a 8 mil reais.

De quebra ainda aparece a deputada Cristiane Brasil investigada por envolvimento com traficantes de droga em campanha eleitoral de 2010, para não falar que a filha de Roberto Jeferson transgride a lei trabalhista ao não assinar a carteira de trabalho de dois motoristas que trabalhavam para ela. E o nome da parlamentar segue indicada pelo atual governo para ser Ministra do Trabalho.

De Gaulle, Lula e a resistência

Foto: Ricardo Stuckert
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Em 1940, quando o marechal francês Philippe Petain, chefe do governo colaboracionista de Vichy, assinou um vergonhoso armistício com as forças nazistas, o general Charles de Gaulle se encontrava em Londres, de onde, em 18 de junho, fez seu célebre discurso aos franceses pela BBC, conclamando seus concidadãos à resistência: “A chama da resistência não deve se apagar nem se apagará”, disse o estadista.

Depois de fundar na capital inglesa a República França Livre, uma espécie de governo no exílio, que empreendeu várias ações políticas e militares contra o Eixo, De Gaulle usou as ondas do rádio com frequência para falar com a população francesa do outro lado do Canal da Mancha e organizar a resistência. Encurtando a história, depois da libertação francesa, De Gaulle foi primeiro ministro e presidente por longos períodos e entrou para a história como herói nacional.

Um problema mental da nação

Por Rubens Casara, no blog Viomundo:

Os discursos de ódio, a dificuldade de interpretar um texto, o desaparecimento das metáforas, a incompreensão das ironias, a divulgação de notícias falsas (ou manipuladas) e o desrespeito à Constituição são fenômenos que podem ser explicados a partir de uma única causa: o empobrecimento subjetivo.

Empobrecimento que se dá na linguagem. Alguns chegam a falar na “arte de reduzir cabeças”, outros no encolhimento das mentes.

Dias piores a caminho...

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

As recentes declarações do ministro Luiz Fux levam qualquer brasileiro com pelo menos dois neurônios e uma dose mínima de realismo a concordar com o vaticínio sombrio do ex-ministro Roberto Amaral em seu artigo “O Poder do Judiciário e os dias piores que virão” (CartaCapital). Dias piores parecem estar mesmo a caminho. Na esfera jurídica, com o aprofundamento da grave hipertrofia do Judiciário, que cada vez mais legisla e interpreta as situações como quer, ao sabor das conveniências políticas, dispensando-se de apontar a base legal e constitucional de suas decisões. E com isso, como diz o jurista Lenio Streck, o Direito vai se transfigurando em mera teoria política do poder, lastreada na moral vigente. Neste momento, este Direito distorcido tem como tarefa eliminar Lula da disputa política.

10 protestos em forma de marchas e sambas


Com o cenário político turbulento, marchinhas e até sambas-enredo se politizaram no carnaval deste ano. Com críticas às reformas de Temer e a figuras políticas, como os prefeitos Marcelo Crivella (Rio de Janeiro) e João Doria (São Paulo), a folia também se mostra um espaço de luta.

Os blocos de rua cada vez mais se firmam como palcos de manifestações. O Comuna Que Pariu, no Rio de Janeiro, protesta contra a reforma trabalhista e da Previdência. Ainda na capital fluminense, o Simpatia É Quase Amor, que desfilou na semana passada, ironizou a gestão de Marcelo Crivella. Já em São Paulo, Doria é criticado na marchinha intitulada Prefake, do Bloco do Fuá.

A farsa jurídica e os moralistas imorais

Por João Quartim de Moraes, no site Vermelho:

Não somente entre os defensores das causas sociais e do desenvolvimento nacional autônomo, militantes da democracia, da causa do povo e do socialismo, mas também entre os brasileiros honrados, para os quais a coisa pública não se confunde com a “cosa nostra”, é fundada e forte a convicção de que o processo de Lula configura uma escandalosa farsa judiciária.

FHC rifa Alckmin e infla Huck

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Já pensaram numa eleição com Bolsonaro e Huck no segundo turno, uma disputa entre a extrema-direita e a direita, agora chamada de “centro-liberal-reformista”?

Pelas últimas movimentações no tabuleiro da campanha eleitoral, isso já não é tão improvável.

Aos poucos, o cenário vai afunilado para poucos nomes competitivos, embora a cada dia apareçam novos candidatos, como o inacreditável Fernando Collor, ele mesmo.

Vejam as jogadas em curso neste momento: