sábado, 20 de abril de 2013

Mais uma rendição ao financismo

Por Paulo Kliass, no sítio Carta Maior:

A terceira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizada esse ano acabou por cumprir o ritual que dele esperavam os mais ativos representantes da banca privada. As semanas que antecederam esse peculiar encontro dos integrantes da diretoria do BC foram marcadas por uma sucessão de lances visando a quebrar a resistência do núcleo central do governo. E, no final das contas, esses grupos formadores de opinião do mercado financeiro acabaram sendo vitoriosos. Ao que tudo indica, o “lobby” articulado - principalmente com o apoio dos grandes órgãos de comunicação - conseguiu emplacar mais uma vez a tese do catastrofismo. “Ou o governo endurece com firmeza a política monetária imediatamente, ou abre-se o caminho para o retorno do fantasma incontrolável da inflação elevada”. Bingo! A taxa oficial de juros, a Selic, acabou sendo aumentada em 0,25%, passando ao patamar de 7,5% ao ano.

Quem teme a regulação da mídia?

Por Jonas Valente, na revista Teoria e Debate:

As comunicações brasileiras são marcadas pela alta concentração dos veículos em poucos grupos, pela presença de políticos no controle rádios, TVs e jornais, pela produção verticalizada a partir do eixo Rio-São Paulo, pelos caros e excludentes serviços de acesso à internet, telefonia celular e TV por assinatura e pela subordinação dos órgãos e autoridades aos interesses do empresariado do setor.

A péssima fama dos jornalistas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Onde surgiram os jornais? E por quê? E como nós, jornalistas, ficamos tão malafamados?

Bem.

O crédito da inovação é geralmente concedido aos italianos de Veneza, no século XVI. O governo local decidiu publicar um jornal para manter os cidadãos a par dos acontecimentos. Era conhecido como “gazetta”, o nome de uma moeda barata veneziana. O jornal, mensal, custava uma “gazetta”. Os primeiros jornalistas eram chamados, na Itália, de “menanti”, uma derivação da palavra latina “minantis”, que significa “ameaçadores”.

O projeto contra o monopólio da mídia

Por Leonardo Wexell Severo, no sítio da CUT:

Com a presença de lideranças de 26 entidades de todo o país, a plenária nacional da campanha “Para Expressar a Liberdade: uma nova comunicação para um novo tempo”, realizada nesta sexta-feira (18), na sede do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, deu a largada rumo à coleta de 1,3 milhão assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular de um novo marco regulatório que oxigene o setor.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Este ano teve Dia do Índio

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Fazia séculos que não se via tanto homem branco fugindo de índio. E eles fugiram, diante das câmeras de TV. Fugiram por quê? De medo, de culpa? Do que fugiam os deputados, na terça-feira 16, quando dezenas de cidadãos indígenas indignados invadiram o plenário da Câmara? Acaso os políticos se sentem em falta com as demandas dos povos indígenas? Ou temem que alguma hora o tacape vai se virar em sua direção? Curioso que, se há um lado frágil nesta história, não é o homem branco, muito menos o político engravatado no Congresso Nacional. Mas são eles que, na hora agá, correm. Batem em retirada. Vexaminoso.

O que fazer com a direita?

Por Cadu Amaral, em seu blog:

A direita não toma jeito. Não consegue dialogar com o povo. Pedir para ela fazer isso é como pedir para o escorpião abanar o rabo para alguém. Thatcher morreu no período em que suas teses sobre o Estado estão em ruínas; usa-se imagens de violência militar no Egito como se fossem na Venezuela. Aliás, lá a direita perde a eleição e já começa o clima de golpe. No Brasil, resta apenas a mídia e o discurso pseudomoralista. Invencionices para afagar os egos da classe média e de nossa elite.

Eduardo Campos e a crise do tomate

Por Igor Felippe Santos, no blog Escrevinhador:

O governo Dilma Rousseff cedeu à pressão dos bancos, da mídia e do PSDB e aumentou os juros. O Banco Central elevou em 0,25% a taxa Selic, que chegou a 7,50% ao ano, na última quarta-feira (17).

Em mais uma disputa política, governo se acovardou e optou por atender os interesses do grande capital internacional e da fração da burguesia associada.

Um projeto de lei para a mídia

Por Joanne Mota, no sítio Vermelho:

"Ampliar os mecanismos democráticos e garantir que os meios de comunicação cumpram com o que está previsto na Constituição Federal". É nesse ritmo que as entidades da sociedade civil organizada estão trabalhando para formular uma lei que regulamente a comunicação no Brasil.

Articuladas pela campanha “Para expressar a liberdade”, as organizações discutiram, nesta sexta-feira (19), o texto do Projeto de Lei (PL) de Iniciativa Popular que será debatido com a população e encaminhado ao Congresso Nacional.

Dia do Índio: os donos da terra

Por Thiago Foresti, na revista CartaCapital:

Em janeiro deste ano, um grupo de militares se reuniu no Centro de Operações do Ministério da Defesa, em Brasília, para se debruçar sobre mapas, relatórios e fotografias e traçar a melhor estratégia para a desintrusão da Terra Indígena Marãiwatsédé, no norte de Mato Grosso. A missão não era das mais simples: retirar 200 famílias que se estabeleceram sobre uma Terra Indígena homologada e que não tinham a menor intenção de se retirarem. Entre os homens fardados, uma figura se destaca por sua indumentária civil e alguns adereços indígenas.

Plenária aprova projeto sobre a mídia

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Em plenária nacional realizada em São Paulo nesta sexta-feira (19), a campanha Para Expressar a Liberdade apresentou o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pelo marco regulatório da comunicação e discutiu os rumos da luta pela democratização do setor. 26 entidades participaram da atividade no Sindicato dos Engenheiros e debateram o documento, que será o instrumento de pressão do movimento social frente à inércia do governo e do Ministério das Comunicações.

Selic, Dilma e o medo da mídia

Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

A retomada do aumento da taxa de juros (Selic) e o anúncio de que o governo vai autorizar que as concessionárias de rodovias e ferrovias aumentem seus lucros em cerca de 30% acima do estipulado em contrato – inclusive com reajuste dos preços dos pedágios – representam um pesaroso retrocesso nas atuais relações entre Estado e economia e mais uma vitória do conservadorismo em uma aliança governamental dita de centro-esquerda.

A vocação autodestrutiva do PSDB

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por José Dirceu, em seu blog:

A divisão do PSDB na capital paulista, na maior cidade do país, depois de uma derrota histórica para o PT - que elegeu prefeito Fernando Haddad -, só comprova a falta de liderança e a vocação autodestrutiva do tucanato. Pego em flagrante impondo uma derrota humilhante aos serristas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) faz de conta que não é com ele.

A maturidade política dos venezuelanos

Por Caio Teixeira, no blog Crítica da espécie:

As farsas vão caindo na República Bolivariana. Resta em pé a comprovação da maturidade política do povo e de suas sólidas instituições democráticas. A Venezuela é um pais sério com uma Constituição feita por uma constituinte eleita exclusivamente para este fim e que se dissolveu logo após a promulgação, como os demais poderes. De Chávez, presidente com apenas um ano de mandato, ao último parlamentar, todos encerraram seus mandatos oriundos da velha ordem jurídica, para submeter-se ao voto do povo diante da nova ordem. Passar a ideia de que a Venezuela é uma republiqueta sem lei controlada por um ditador, como criminosamente pinta a mídia golpista internacional e seus colunistas amestrados, é um crime contra a verdade, contra a democracia e contra o jornalismo.

Eduardo Campos engolirá Aécio?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A candidatura de Eduardo Campos está se tornando um fato político curiosíssimo. Pra começar, é cercada de névoas ideológicas, partidárias, políticas… Já está ficando claro que Campos caminha para a oposição. Ele mesmo parece não fazer mais questão de ocultar o fato. Seus encontros, públicos e secretos (e depois vazados), tem sido sempre com os elementos mais radicais da oposição ao governo federal: Roberto Freire, José Serra, Jarbas Vasconcelos. No entanto, ainda não se tem certeza de maneira absoluta sobre sua candidatura, como há em relação à Dilma e Aécio.

Síria, Irã e as manipulações da CNN

Por Antônio Mello, em seu blog:

A ex-repórter da CNN Âmbar Lyon revelou que durante seu trabalho para o canal recebeu ordens para enviar notícias falsas e excluir outras que não favoreciam o objetivo do governo dos EUA de criar uma opinião pública favorável a uma agressão ao Irã e à Síria.

Lyon afirmou ainda que os principais meios de comunicação dos Estados Unidos intencionalmente trabalham para criar uma propaganda contra o Irã para angariar o apoio da opinião pública a uma invasão militar.

Achou normal o ato de Gerald Thomas?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Tempos atrás uma jornalista levou, sem autorização, um bebê de uma maternidade para provar que o local não tinha segurança. Justificou-se que aquilo era uma reportagem. Não, não era. Era sequestro. Lembro-me dessa história quando li a justificativa do diretor de teatro Gerald Thomas para a cena que protagonizou enfiando a mão sob o vestido de Nicola Bahls sem permissão. "A mulher não é um objeto. Mas não deveria se apresentar como tal", escreveu em sua defesa. Justificou-se que era um alerta à hipocrisia da sociedade, uma performance intimidatória. Não, não era. Era violência.

O balaio de gatos dos partidos

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Enquanto, em Brasília, o rolo compressor da base aliada do governo federal aprova na Câmara projeto para dificultar a criação de novos partidos, em São Paulo, o PSDB velho de guerra promove novas cenas explícitas de disputa fratricida entre serristas e alckmistas, desta vez pela direção do diretório municipal.

O falso debate sobre a PEC 37

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O debate em torno da PEC 37 ocorre num momento especialmente instrutivo para quem se preocupa com a preservação das instituições democráticas.

A PEC, nós sabemos, pretende garantir exclusividade às forças policiais no trabalho de investigação criminal.

A chance de desmascarar a mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na noite de quarta-feira (17), o Jornal Nacional começou personalizando as três vítimas fatais do suposto ataque terrorista em Boston, nos Estados Unidos. Deu-lhes nome, história e rostos. A reportagem de cerca de seis minutos gastou mais tempo do que levaria para relatar apenas os fatos.

Lá pelo fim do telejornal, em trinta e sete segundos, o âncora Willian Bonner recitou a seguinte nota sobre quase o triplo de mortes que ocorreram no atentado em solo norte-americano:

Fux vai matar no peito?

Editorial do sítio Carta Maior:

“Sr. Presidente, a colocação topográfica dos embargos de declaração no capítulo de recurso torna absolutamente inequívoca a natureza jurídica desse meio de impugnação. De sorte, que a própria lei estabelece que a interrupção dos embargos de declaração interrompe o prazo para a interposição de qualquer recurso, inclusive dos embargos de declaração”. Luiz Fux, junho de 2006

O Supremo Tribunal Federal resolveu duplicar o prazo para os recursos dos réus na AP 470, conhecida como “mensalão”.