Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
A candidatura de Eduardo Campos está se tornando um fato político curiosíssimo. Pra começar, é cercada de névoas ideológicas, partidárias, políticas… Já está ficando claro que Campos caminha para a oposição. Ele mesmo parece não fazer mais questão de ocultar o fato. Seus encontros, públicos e secretos (e depois vazados), tem sido sempre com os elementos mais radicais da oposição ao governo federal: Roberto Freire, José Serra, Jarbas Vasconcelos. No entanto, ainda não se tem certeza de maneira absoluta sobre sua candidatura, como há em relação à Dilma e Aécio.
Pelo andar da carruagem, Campos é candidato, e será de oposição. Seus discursos e movimentações se dirigem em marcha acelerada na direção de uma ruptura, com reflexos, certamente, de longo prazo para a carreira do governador de Pernambuco.
A partir do momento em que Eduardo Campos marca posição como candidato de oposição e faz um discurso afinado com o vocabulário conservador, fica uma dúvida: com isso, ele tirará mais votos de Dilma, presidente bem avaliada, ou mais de Aécio Neves, que não tem o recall de Serra?
Provavelmente, tirará votos de ambos, o que causaria maior dano ao PSDB, porque é a oposição quem precisa ampliar seu patrimônio eleitoral, não o governo.
Hoje o Globo publicou matéria, no espaço mais nobre da seção de política, intitulada:
PPS esquece ideologia do Partidão e se alia cada vez mais à centro-direita
A matéria tem o significado de um ataque político à Roberto Freire, presidente do MD, legenda que surgiu ontem da fusão de PPS com PMN, porque Freire vem procurando, desde a campanha presidencial de 2010, a vender uma tese esdrúxula, quase esquizofrênica, de que, ele sim, representa a “esquerda” brasileira. A tese é ruim, porque Freire não tem apoio de nenhuma corrente da esquerda não-partidária: não tem apoio em movimentos sociais, em sindicatos, universidade ou intelectualidade.
Freire vem tentando, esse tempo todo, dar um golpe conceitual, e foi apoiado pela mídia em 2010 até então. Há poucas semanas, Freire organizou um evento que reuniria a “esquerda democrática” nacional, novamente exercitando uma ousada alquimia semântica, visto que os convidados e participantes eram quase todos representantes do que o resto do Brasil entende por “direita”.
Como não acredito que O Globo dê ponto sem nó, o ataque platinado visa castigar Freire por sua decisão prematura de abandonar a aliança com o PSDB em prol de Eduardo Campos, um candidato certamente interessante, mas sem condições reais de enfrentar Dilma Rousseff em 2014, por falta de tempo de TV, e falta de palanques na maior parte do Brasil.
Por falar em palanque, outra mexida nos tabuleiro político promete emoções: a possibilidade de Serra sair do PSDB e entrar neste novo partido, PMN, para disputar o governo de São Paulo em 2014. A medida visaria dar palanque à Eduardo Campos. Em todos estes movimentos, todavia, pode-se antever o revoar de muitas penas, pois uma candidatura Serra em São Paulo dividiria o voto conservador, facilitando a vida do PT. Sem contar que o apoio de Serra, se pode dar palanque a Campos no maior colégio eleitoral do país, também risca lhe tirar muitos votos Brasil a fora, em função da rejeição recorde de José Serra.
A candidatura de Eduardo Campos está se tornando um fato político curiosíssimo. Pra começar, é cercada de névoas ideológicas, partidárias, políticas… Já está ficando claro que Campos caminha para a oposição. Ele mesmo parece não fazer mais questão de ocultar o fato. Seus encontros, públicos e secretos (e depois vazados), tem sido sempre com os elementos mais radicais da oposição ao governo federal: Roberto Freire, José Serra, Jarbas Vasconcelos. No entanto, ainda não se tem certeza de maneira absoluta sobre sua candidatura, como há em relação à Dilma e Aécio.
Pelo andar da carruagem, Campos é candidato, e será de oposição. Seus discursos e movimentações se dirigem em marcha acelerada na direção de uma ruptura, com reflexos, certamente, de longo prazo para a carreira do governador de Pernambuco.
A partir do momento em que Eduardo Campos marca posição como candidato de oposição e faz um discurso afinado com o vocabulário conservador, fica uma dúvida: com isso, ele tirará mais votos de Dilma, presidente bem avaliada, ou mais de Aécio Neves, que não tem o recall de Serra?
Provavelmente, tirará votos de ambos, o que causaria maior dano ao PSDB, porque é a oposição quem precisa ampliar seu patrimônio eleitoral, não o governo.
Hoje o Globo publicou matéria, no espaço mais nobre da seção de política, intitulada:
PPS esquece ideologia do Partidão e se alia cada vez mais à centro-direita
A matéria tem o significado de um ataque político à Roberto Freire, presidente do MD, legenda que surgiu ontem da fusão de PPS com PMN, porque Freire vem procurando, desde a campanha presidencial de 2010, a vender uma tese esdrúxula, quase esquizofrênica, de que, ele sim, representa a “esquerda” brasileira. A tese é ruim, porque Freire não tem apoio de nenhuma corrente da esquerda não-partidária: não tem apoio em movimentos sociais, em sindicatos, universidade ou intelectualidade.
Freire vem tentando, esse tempo todo, dar um golpe conceitual, e foi apoiado pela mídia em 2010 até então. Há poucas semanas, Freire organizou um evento que reuniria a “esquerda democrática” nacional, novamente exercitando uma ousada alquimia semântica, visto que os convidados e participantes eram quase todos representantes do que o resto do Brasil entende por “direita”.
Como não acredito que O Globo dê ponto sem nó, o ataque platinado visa castigar Freire por sua decisão prematura de abandonar a aliança com o PSDB em prol de Eduardo Campos, um candidato certamente interessante, mas sem condições reais de enfrentar Dilma Rousseff em 2014, por falta de tempo de TV, e falta de palanques na maior parte do Brasil.
Por falar em palanque, outra mexida nos tabuleiro político promete emoções: a possibilidade de Serra sair do PSDB e entrar neste novo partido, PMN, para disputar o governo de São Paulo em 2014. A medida visaria dar palanque à Eduardo Campos. Em todos estes movimentos, todavia, pode-se antever o revoar de muitas penas, pois uma candidatura Serra em São Paulo dividiria o voto conservador, facilitando a vida do PT. Sem contar que o apoio de Serra, se pode dar palanque a Campos no maior colégio eleitoral do país, também risca lhe tirar muitos votos Brasil a fora, em função da rejeição recorde de José Serra.
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