Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Enquanto, em Brasília, o rolo compressor da base aliada do governo federal aprova na Câmara projeto para dificultar a criação de novos partidos, em São Paulo, o PSDB velho de guerra promove novas cenas explícitas de disputa fratricida entre serristas e alckmistas, desta vez pela direção do diretório municipal.
Quando tudo parecia acertado para que um fiel escudeiro de José Serra, o vereador Andrea Matarazzo, fosse eleito presidente do diretório municipal como uma espécie de premio de consolação para o ex-governador, que se sente escanteado e ameaça deixar o partido, três secretários do governador Geraldo Alckmin se juntaram para derrotá-lo e elegeram em seu lugar o ex-deputado Milton Flávio, que é de Botucatu.
O clima esquentou, e até a PM e a Guarda Civil tiveram que ser chamadas, segundo a coluna de Sonia Racy, no "Estadão" desta quinta-feira. Milton Flávio é funcionário de José Anibal, secretário estadual de Energia, antigo desafeto de Serra, e foi eleito com o apoio dos secretários Bruno Covas, de Meio Ambiente, e Júlio Semeghini, do Planejamento.
O acordo para a eleição de Matarazzo havia sido costurado entre o governador e o ex-governador com a benção do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas na hora da votação virou tudo. Sob os gritos de "traidor" e "judas", o vereador teve que deixar rapidamente o local da eleição e ainda tentou falar com Alckmin, mas o governador não atendeu ao telefone.
O pano de fundo da disputa paroquial é a longínqua eleição municipal de 2016, em que todos já se apresentam como pré-candidatos. Se ainda faltava algum bom motivo para Serra abandonar o ninho tucano, e se bandear para o MD (Mobilização Democrática), que seu aliado Roberto Freire criou para abrigá-lo, ao fundir o PPS com o PMN, a toque de caixa, antes da votação na Câmara na noite de quarta-feira, que restringiu a criação de novos partidos, agora não falta mais.
Em comum acordo com Serra, o deputado federal Roberto Freire criou o MD para apoiar a candidatura presidencial do governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB. Depois da nova rasteira que tomou dos tucanos, agora nada impede que José Serra se lance candidato a governador pelo MD justamente contra Alckmin, que tenta nova reeleição e, por tabela, ofereça um palanque forte para Eduardo Campos em São Paulo. O PT, que ainda não escolheu seu candidato a governador, assiste a tudo de camarote.
É só o que falta para agitar ainda mais o balaio de gatos em que se transformou a estrutura partidária no país, com novos e velhos partidos se dividindo, fundindo ou multiplicando, de casuísmo em casuísmo, a cada nova temporada eleitoral.
Estão em jogo os 3 mil segundos diários de propaganda eleitoral na TV e o rateio dos R$ 293 milhões do Fundo Partidário. Quem mais se habilita?
Enquanto, em Brasília, o rolo compressor da base aliada do governo federal aprova na Câmara projeto para dificultar a criação de novos partidos, em São Paulo, o PSDB velho de guerra promove novas cenas explícitas de disputa fratricida entre serristas e alckmistas, desta vez pela direção do diretório municipal.
Quando tudo parecia acertado para que um fiel escudeiro de José Serra, o vereador Andrea Matarazzo, fosse eleito presidente do diretório municipal como uma espécie de premio de consolação para o ex-governador, que se sente escanteado e ameaça deixar o partido, três secretários do governador Geraldo Alckmin se juntaram para derrotá-lo e elegeram em seu lugar o ex-deputado Milton Flávio, que é de Botucatu.
O clima esquentou, e até a PM e a Guarda Civil tiveram que ser chamadas, segundo a coluna de Sonia Racy, no "Estadão" desta quinta-feira. Milton Flávio é funcionário de José Anibal, secretário estadual de Energia, antigo desafeto de Serra, e foi eleito com o apoio dos secretários Bruno Covas, de Meio Ambiente, e Júlio Semeghini, do Planejamento.
O acordo para a eleição de Matarazzo havia sido costurado entre o governador e o ex-governador com a benção do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas na hora da votação virou tudo. Sob os gritos de "traidor" e "judas", o vereador teve que deixar rapidamente o local da eleição e ainda tentou falar com Alckmin, mas o governador não atendeu ao telefone.
O pano de fundo da disputa paroquial é a longínqua eleição municipal de 2016, em que todos já se apresentam como pré-candidatos. Se ainda faltava algum bom motivo para Serra abandonar o ninho tucano, e se bandear para o MD (Mobilização Democrática), que seu aliado Roberto Freire criou para abrigá-lo, ao fundir o PPS com o PMN, a toque de caixa, antes da votação na Câmara na noite de quarta-feira, que restringiu a criação de novos partidos, agora não falta mais.
Em comum acordo com Serra, o deputado federal Roberto Freire criou o MD para apoiar a candidatura presidencial do governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB. Depois da nova rasteira que tomou dos tucanos, agora nada impede que José Serra se lance candidato a governador pelo MD justamente contra Alckmin, que tenta nova reeleição e, por tabela, ofereça um palanque forte para Eduardo Campos em São Paulo. O PT, que ainda não escolheu seu candidato a governador, assiste a tudo de camarote.
É só o que falta para agitar ainda mais o balaio de gatos em que se transformou a estrutura partidária no país, com novos e velhos partidos se dividindo, fundindo ou multiplicando, de casuísmo em casuísmo, a cada nova temporada eleitoral.
Estão em jogo os 3 mil segundos diários de propaganda eleitoral na TV e o rateio dos R$ 293 milhões do Fundo Partidário. Quem mais se habilita?
1 comentários:
PPS+PMN(=)MD-Mobilização Democrática, ou será o partido Maníaco Depressivo, este partido vai nascer de um surto político?!
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