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Quando faltam duas semanas para a corrida definitiva de 150 milhões de eleitores às urnas, cabe reconhecer que o mapa eleitoral segue basicamente o mesmo, sem alterações significativas há um ano e dois meses.
Não custa reconhecer o fato fundamental, anterior ao início da própria campanha. Em 2018, através de uma magérrima maioria de 6 votos contra 5, o STF impediu a candidatura de Lula na campanha presidencial daquele ano - decisão estapafúrdia que, por razões que ninguém precisa explicar aqui, abriu caminho para a eleição de Bolsonaro no ano seguinte.
Não é de estranhar que, em 2021, quando a incurável natureza maligna do governo Bolsonaro já se tornara uma evidencia aos olhos da maioria dos brasileiros, os direitos políticos surrupiados de Lula tenham sido devolvidos pelo plenário do STF num ambiente de reparação, acrescentando um claro valor moral a campanha, em 2022.