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Somente depois de 10 dias desde a primeira denúncia, em que não confirmava nem desmentia ter usado o aeroporto do titio, em Cláudio (MG), o candidato do PSDB-DEM ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), admitiu que usou o local para pousar em um avião de sua família (do padrasto, o banqueiro Gilberto Aloysio Faria) umas “três ou quatro vezes” nos últimos anos, mesmo sem o espaço ser homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
“Eu já utilizei (o local) várias vezes antes dessa pista ser asfaltada nos últimos 30 anos, desde a minha juventude. Ele era usado por empresários, fazendeiros, pessoas da região. Depois da conclusão da obra (pelo governo dele em 2010), quando não era mais governador do Estado, pousei ali algumas poucas vezes em avião da minha família”, afirmou. O Aeroporto deputado Oswaldo Tolentino (a denominação homenageia outro tio do candidato) é administrado por familiares de Aécio e seu tio-avô e dono da fazenda, Múcio Guimarães Tolentino, guarda as chaves do portão.
Moradores de Cláudio dizem o contrário: que ele usou sempre, e muito mais vezes do que as “3 ou 4″ que admitiu nesta 4ª feira. O candidato tucano garantiu que os pousos e decolagens ocorreram quando ele não era mais governador do Estado – depois de 2010. Admitiu ter cometido o “equívoco” de utilizar uma pista não homologada pela ANAC, mas justificou que não tinha conhecimento de que o aeroporto não tem autorização legal para operar. “Eu admito uma culpa: eu devia ter buscado mais informações sobre isso.”
Respaldo da mídia faz Aécio agir dessa forma
O candidato negou, mais uma vez, ter escolhido o local do aeroporto com o objetivo de beneficiar seus familiares. O senador, sua mãe e suas irmãs também são donos da Fazenda da Mata, a 6 km do aeroporto da propriedade de Múcio Tolentino. O tucano nega ter utilizado avião oficial no local.
Sabendo que conta com o apoio aberto ou dissimulado da mídia, Aécio vai aos poucos seguindo o roteiro que essa mesma mídia lhe indica: vai absorvendo as críticas dos editoriais e/ou dos articulistas e assume com desfaçatez que usou e abusou do aeroporto que construiu em terras da família para uso dela e dele.
Temos aí um caso típico de patrimonialismo e uso indevido do dinheiro público praticado por ele, de favorecimento à sua família e a si próprio. Tudo feito dentro da lei, mas contra a lei e a Constituição, onde se lê claramente que o agente público deve se pautar por princípios como a impessoalidade e a moralidade.
E ainda por cima, publica um artigo na Folha de S.Paulo “A verdade sobre o aeroporto” para afirmar que a construção da obra foi legal e sua decisão ética. Um espanto! O artigo está publicado hoje, mas em campanha neste início de semana, o senador afirmou que o fim da reeleição – que os tucanos introduziram no país comprando votos para a aprovação da medida no Congresso Nacional – é a única forma de se acabar no Brasil com a mistura entre público e privado, feita por algumas autoridades.
1 comentários:
Podemos encontrar 3 "estudos" na internet que comprovam a pouca importância que Cláudio tem no planejamento do Proaero. A obra não foi transparente!! Que o Aécio mostre os estudos que tanto fala!
Postei sobre isso no meu Blog... Não podemos deixar esse assunto morrer!
http://www.nessaterradigigantes.blogspot.com.br/2014/08/aeroporto-de-claudio-no-minimo-um-erro.html
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