sexta-feira, 23 de setembro de 2011
"Mensalão" de SP e silêncio da mídia
Do blog Os amigos do presidente Lula:
O deputado estadual paulista Roque Barbiere (PTB), conhecido como Roquinho, concedeu entrevista ao programa "Questão de Opinião", no site do Jornal "Folha da Região" de Araçatuba, e soltou a seguinte bomba:
O deputado estadual paulista Roque Barbiere (PTB), conhecido como Roquinho, concedeu entrevista ao programa "Questão de Opinião", no site do Jornal "Folha da Região" de Araçatuba, e soltou a seguinte bomba:
O custo da derrubada da CPMF
Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:
Em 2000, quando foi aprovada a famosa Emenda 29, o presidente era Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e teoricamente a Saúde tinha como fonte financiadora a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O projeto de emenda previa que o governo federal teria que investir 10% de todo o seu Orçamento em Saúde; os Estados, 12%; e os municípios,15%.
Em 2000, quando foi aprovada a famosa Emenda 29, o presidente era Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e teoricamente a Saúde tinha como fonte financiadora a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O projeto de emenda previa que o governo federal teria que investir 10% de todo o seu Orçamento em Saúde; os Estados, 12%; e os municípios,15%.
Governo quer "competição" na banda larga
Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Competição e massificação x universalização e direito humano. Talvez esse binômio possa sintetizar os debates durante o seminário “Banda Larga como Direito: balanço do PNBL e perspectivas para a universalização do serviço”. Promovido pela campanha Banda Larga um Direito Seu, a atividade contou com representantes do governo, parlamentares e entidades do movimento social para debater o quadro atual da implantação do Plano Nacional de Banda Larga.
Competição e massificação x universalização e direito humano. Talvez esse binômio possa sintetizar os debates durante o seminário “Banda Larga como Direito: balanço do PNBL e perspectivas para a universalização do serviço”. Promovido pela campanha Banda Larga um Direito Seu, a atividade contou com representantes do governo, parlamentares e entidades do movimento social para debater o quadro atual da implantação do Plano Nacional de Banda Larga.
Porta-voz do WikiLeaks em Foz do Iguaçu
Do sítio do I Encontro Mundial de Blogueiros:
O 1º Encontro Mundial de Blogueiros Progressistas já começará em grande estilo, com nomes importantíssimos da blogosfera mundial. A primeira mesa de debate “O papel das novas mídias” começa às 9 horas de sexta-feira (28) de outubro. Contará com a presença de Ignácio Ramonet, Kristinn Hrafnsson e Dênis de Morais, e será mediada pela representante da Agência Pública, Natalia Vianna e pela blogueira gaúcha Tatiane Pires.
O 1º Encontro Mundial de Blogueiros Progressistas já começará em grande estilo, com nomes importantíssimos da blogosfera mundial. A primeira mesa de debate “O papel das novas mídias” começa às 9 horas de sexta-feira (28) de outubro. Contará com a presença de Ignácio Ramonet, Kristinn Hrafnsson e Dênis de Morais, e será mediada pela representante da Agência Pública, Natalia Vianna e pela blogueira gaúcha Tatiane Pires.
Suicídio e sensacionalismo de Datena
Por Mauro Malin, no Observatório da Imprensa:
Nelson de Sá escreve na Folha de S.Paulo (sexta, 23/9): “Datena explora suicídio para ter audiência ou ‘algo mais’”. Descreve a “cobertura” feita pelo apresentador sobre o suicídio de um aluno de 10 anos, depois de ter atirado numa professora em escola municipal de São Caetano:
Nelson de Sá escreve na Folha de S.Paulo (sexta, 23/9): “Datena explora suicídio para ter audiência ou ‘algo mais’”. Descreve a “cobertura” feita pelo apresentador sobre o suicídio de um aluno de 10 anos, depois de ter atirado numa professora em escola municipal de São Caetano:
Quando os banqueiros ouvem Karl Marx
Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:
Na aparência, tudo não passa de um completo nonsense. Aos 61 anos, o economista britânico George Magnus é uma das vozes ouvidas no escalão mais alto do sistema financeiro internacional. Desde 1997, aconselha (primeiro, como economista-chefe; hoje, como consultor senior) o UBS, o maior banco suíço e o segundo maior do mundo na administração de fortunas milionárias (com ativos de cerca de 2,5 trilhões de dólares). Este homem está dizendo a seus insignes clientes que ouçam, para salvar a economia da crise… Karl Marx.
Na aparência, tudo não passa de um completo nonsense. Aos 61 anos, o economista britânico George Magnus é uma das vozes ouvidas no escalão mais alto do sistema financeiro internacional. Desde 1997, aconselha (primeiro, como economista-chefe; hoje, como consultor senior) o UBS, o maior banco suíço e o segundo maior do mundo na administração de fortunas milionárias (com ativos de cerca de 2,5 trilhões de dólares). Este homem está dizendo a seus insignes clientes que ouçam, para salvar a economia da crise… Karl Marx.
A marcha da insensatez no RJ
Por Mauricio Dias, na CartaCapital:
No Rio de Janeiro, na tarde de 20 de setembro, houve a segunda rodada de manifestações contra a corrupção no País. A primeira, no dia 7, foi simultânea às solenidades da Independência. Em Brasília, calcularam 25 mil pessoas presentes na marcha pela Esplanada dos Ministérios. O número pode ter sido engordado por aqueles que foram ver o desfile oficial.
No Rio de Janeiro, na tarde de 20 de setembro, houve a segunda rodada de manifestações contra a corrupção no País. A primeira, no dia 7, foi simultânea às solenidades da Independência. Em Brasília, calcularam 25 mil pessoas presentes na marcha pela Esplanada dos Ministérios. O número pode ter sido engordado por aqueles que foram ver o desfile oficial.
Deputado denuncia maracutaias em SP
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:
O veterano deputado Roque Barbiere (PTB), há 29 anos na política e no sexto mandato de deputado estadual, deu entrevista ao programa Questão de Opinião, em um canal de internet, conduzido pelo professor e entrevistador Arthur Leandro Lopes. São 40 minutos de depoimento, concedido em 10 de agosto no sítio do deputado, em Coroados (SP), em meio a cães e gansos. O resumo do que disse o petebista foi publicado no jornal Folha da Região, de Araçatuba, na coluna assinada por Arthur, denunciando maracutaias na Assembleia Legislativa de São Paulo. O tema é manchete da edição desta sexta-feira (23) do jornal O Estado de S. Paulo.
O veterano deputado Roque Barbiere (PTB), há 29 anos na política e no sexto mandato de deputado estadual, deu entrevista ao programa Questão de Opinião, em um canal de internet, conduzido pelo professor e entrevistador Arthur Leandro Lopes. São 40 minutos de depoimento, concedido em 10 de agosto no sítio do deputado, em Coroados (SP), em meio a cães e gansos. O resumo do que disse o petebista foi publicado no jornal Folha da Região, de Araçatuba, na coluna assinada por Arthur, denunciando maracutaias na Assembleia Legislativa de São Paulo. O tema é manchete da edição desta sexta-feira (23) do jornal O Estado de S. Paulo.
Um dia de fúria nas bolsas de valores
Do sítio Vermelho:
Um movimento mundial de aversão a risco levou os mercados financeiros a viverem um dia de fúria, evidenciando o avanço implacável da crise mundial do capitalismo, que parece indiferente e adversa às intervenções dos Estados. As bolsas asiáticas, europeias, americanas e brasileira desabaram junto com as commodities, enquanto o preço do dólar e a procura pelos títulos públicos dos EUA subiu.
Um movimento mundial de aversão a risco levou os mercados financeiros a viverem um dia de fúria, evidenciando o avanço implacável da crise mundial do capitalismo, que parece indiferente e adversa às intervenções dos Estados. As bolsas asiáticas, europeias, americanas e brasileira desabaram junto com as commodities, enquanto o preço do dólar e a procura pelos títulos públicos dos EUA subiu.
Afinal, o que quer a imprensa?
Por Mair Pena Neto, no sítio Direto da Redação:
A maioria dos grandes meios de comunicação da América Latina está em conflito aberto com os presidentes eleitos de muitos países, trazendo à tona o debate sobre deveres, limites e responsabilidades da informação. Em nome de uma suposta liberdade de imprensa, os meios rejeitam qualquer tipo de regulamentação, sempre acusada de censura, e afirmam que já existem os canais de controle da sociedade sobre possíveis erros ou excessos cometidos pelos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão.
A maioria dos grandes meios de comunicação da América Latina está em conflito aberto com os presidentes eleitos de muitos países, trazendo à tona o debate sobre deveres, limites e responsabilidades da informação. Em nome de uma suposta liberdade de imprensa, os meios rejeitam qualquer tipo de regulamentação, sempre acusada de censura, e afirmam que já existem os canais de controle da sociedade sobre possíveis erros ou excessos cometidos pelos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão.
Jovens jornalistas: criados com os lobos
Por Luis Nassif, em seu blog:
Tinha menos de dois anos de formado o jovem repórter que tentou invadir o apartamento de José Dirceu no Hotel Nahoum. Pelo que soube em Brasília, voltou para a casa da mãe.
Não sei a idade do repórter da Folha que iludiu a confiança do tio, no caso Battisti. Mas foi exposto de forma fatal pelo próprio tio, em um artigo demolidor. E inspirou um artigo da ombudsman do jornal, no qual afirmava que era ingenuidade confiar em jornalistas. Tornou-se exemplo de como não se deve confiar em jornalistas. Dificilmente conseguirá fontes dispostas a lhe passar informações relevantes.
Tinha menos de dois anos de formado o jovem repórter que tentou invadir o apartamento de José Dirceu no Hotel Nahoum. Pelo que soube em Brasília, voltou para a casa da mãe.
Não sei a idade do repórter da Folha que iludiu a confiança do tio, no caso Battisti. Mas foi exposto de forma fatal pelo próprio tio, em um artigo demolidor. E inspirou um artigo da ombudsman do jornal, no qual afirmava que era ingenuidade confiar em jornalistas. Tornou-se exemplo de como não se deve confiar em jornalistas. Dificilmente conseguirá fontes dispostas a lhe passar informações relevantes.
Execução só é crime para os “outros”?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Nas últimas 24 horas, foram excutadas três pessoas, por sentença judicial.
Uma no Irã: um jovem de 17 anos condenado por homicídio. Outra na China: um paquistanês condenado por tráfico de drogas.
Ambos os países merecem, por conta destas execuções, condenações internacionais por atentarem contra os direitos humanos.
A terceira pessoa foi executada nos Estados Unidos.
Nas últimas 24 horas, foram excutadas três pessoas, por sentença judicial.
Uma no Irã: um jovem de 17 anos condenado por homicídio. Outra na China: um paquistanês condenado por tráfico de drogas.
Ambos os países merecem, por conta destas execuções, condenações internacionais por atentarem contra os direitos humanos.
A terceira pessoa foi executada nos Estados Unidos.
Mudanças na TV Globo são para valer?
Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:
Tenho dito que existe um movimento interno no jornalismo da TV Globo para resgatar sua credibilidade. Primeiro, porque sem que as pessoas confiem no noticiário o negócio deixa de prosperar. Segundo, porque a derrota na campanha eleitoral de 2010 teve um gosto amargo para a emissora do Jardim Botânico. A "bolinha de papel" foi o ápice de um processo de radicalização interna (que começou em 2003), e que virou um dos casos mais escandalosos da história da televisão brasileira, caso que só encontra paralelo com a tentativa de fraude nas eleições ao governo do Rio, em 1982, e com a manipulação do debate na Campanha Eleitoral de 1989. Portanto, é natural que alguma intervenção fosse feita.
Tenho dito que existe um movimento interno no jornalismo da TV Globo para resgatar sua credibilidade. Primeiro, porque sem que as pessoas confiem no noticiário o negócio deixa de prosperar. Segundo, porque a derrota na campanha eleitoral de 2010 teve um gosto amargo para a emissora do Jardim Botânico. A "bolinha de papel" foi o ápice de um processo de radicalização interna (que começou em 2003), e que virou um dos casos mais escandalosos da história da televisão brasileira, caso que só encontra paralelo com a tentativa de fraude nas eleições ao governo do Rio, em 1982, e com a manipulação do debate na Campanha Eleitoral de 1989. Portanto, é natural que alguma intervenção fosse feita.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
A neblina é densa no horizonte de Serra
Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:
Candidato derrotado do PSDB à Presidência da República no ano passado, José Serra hoje é um tucano sem poleiro. Desgastado internamente por decisões de campanha e pela segunda derrota para o PT na disputa presidencial, fracassou ao tentar retomar áreas de influência no PSDB nacional. Os cardeais do partido - Serra excluído do concílio - preferiram manter no comando nacional o inexpressivo Sérgio Guerra a arriscar abrir espaço de poder para o ex-governador, um político que levou ao limite, nas eleições passadas, sua vocação desagregadora.
O ex-governador não tem mais espaço nacional no PSDB. E o seu "Plano B", o PSD do prefeito Gilberto Kassab, alçou voos próprios que não credenciam seu criador a ir além da capital paulista no apoio a Serra. Integrantes do novo partido consideram que o prefeito pode cumprir seus compromissos passados com o ex-governador se ele decidir disputar as eleições para prefeito. Para aí. A vocação governista com que nasce o PSD não aconselhariam a apoiar Serra contra o governador Geraldo Alckmin, numa disputa pelo governo do Estado, ou ir na direção contrária a da presidenta Dilma Rousseff, na disputa pela reeleição.
No PSDB paulista, Serra perdeu terreno na capital, onde tinha mais influência que Alckmin, e não expandiu seus domínios para o interior, reduto alckmista. A avaliação no núcleo tucano paulistano é que o PSDB não pode recusar a Serra a legenda para a prefeitura, se ele quiser, mas nem o partido gostaria que isso acontecesse, dado o alto grau de rejeição ao seu nome acusado por pesquisa do instituto DataFolha há duas semanas, nem o próprio ex-governador parece disposto a correr o risco de uma derrota municipal num momento em que está particularmente fraco. Isso inviabilizaria por completo qualquer tentativa futura de retomar uma carreira política nacional.
A estratégia de fazer o PSDB paulistano engolir um dos poucos serristas que restaram, o senador Aloysio Nunes, como candidato à prefeitura, caiu pela total falta de interesse do próprio senador. O espaço está aberto para a disputa entre dois nomes da órbita de influência de Alckmin, seus secretários José Anibal e Bruno Covas, na disputa pela legenda do partido à prefeitura.
Os destinos de Serra e do PSD dificilmente se encontrarão no âmbito nacional porque, afirma um dos seus articuladores, "o partido nasce com uma grande vocação governista". Em São Paulo, para cumprir a sua vocação, tem que ser Dilma Rousseff - não existe possibilidade de acordo com o governador tucano, com quem Kassab disputou a prefeitura, com o apoio de Serra, em 2008. O único caminho para acordo seriam ambos se unirem em torno de uma candidatura Serra, o que é altamente improvável. Sem essa alternativa, o PSD deve caminhar em faixa própria lançando um candidato.
No resto do país, o partido já exerce sua vocação governista de maneira plena. Nos redutos dos governadores de partidos da base de apoio de Dilma, o PSD, na grande maioria, conseguiu unir, de forma conveniente, dois governismos, o estadual e o federal. O governador Jaques Wagner (PT) ajudou a formação do partido na Bahia; Marcelo Déda (PT), em Sergipe; Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco e Cid Gomes (PSB) no Ceará. No Rio, o partido foi montado com a ajuda de um governador e um prefeito governistas no plano federal, Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Paes (PMDB). No Maranhão, foi constituído na órbita de influência da governadora Roseana Sarney (PMDB). No Piauí, está ligado ao governador Wilson Martins (PSB); na Paraíba, ao governador Ricardo Coutinho (PSB).
No Rio Grande do Norte, que tem a única governadora do DEM, Rosalba Ciarlini, e no Pará, com o tucano Simão Jatene, ambos de oposição ao governo federal, o PSD nasce apoiando o governo do Estado e o governo federal, ao mesmo tempo. Em Santa Catarina, o próprio governador, Raimundo Colombo, aderiu ao novo partido. Segundo um dos organizadores da nova legenda, o PSD apenas sera oposição estadual, de fato, no Acre e no Amapá.
Os interesses nacionais do PSD, portanto, não credenciam Kassab a se comprometer com Serra além das fronteiras da capital paulista. Os interesses nacionais do PSDB não convergem para Serra. Este é o horizonte do adversário de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais do ano passado.
Candidato derrotado do PSDB à Presidência da República no ano passado, José Serra hoje é um tucano sem poleiro. Desgastado internamente por decisões de campanha e pela segunda derrota para o PT na disputa presidencial, fracassou ao tentar retomar áreas de influência no PSDB nacional. Os cardeais do partido - Serra excluído do concílio - preferiram manter no comando nacional o inexpressivo Sérgio Guerra a arriscar abrir espaço de poder para o ex-governador, um político que levou ao limite, nas eleições passadas, sua vocação desagregadora.
O ex-governador não tem mais espaço nacional no PSDB. E o seu "Plano B", o PSD do prefeito Gilberto Kassab, alçou voos próprios que não credenciam seu criador a ir além da capital paulista no apoio a Serra. Integrantes do novo partido consideram que o prefeito pode cumprir seus compromissos passados com o ex-governador se ele decidir disputar as eleições para prefeito. Para aí. A vocação governista com que nasce o PSD não aconselhariam a apoiar Serra contra o governador Geraldo Alckmin, numa disputa pelo governo do Estado, ou ir na direção contrária a da presidenta Dilma Rousseff, na disputa pela reeleição.
No PSDB paulista, Serra perdeu terreno na capital, onde tinha mais influência que Alckmin, e não expandiu seus domínios para o interior, reduto alckmista. A avaliação no núcleo tucano paulistano é que o PSDB não pode recusar a Serra a legenda para a prefeitura, se ele quiser, mas nem o partido gostaria que isso acontecesse, dado o alto grau de rejeição ao seu nome acusado por pesquisa do instituto DataFolha há duas semanas, nem o próprio ex-governador parece disposto a correr o risco de uma derrota municipal num momento em que está particularmente fraco. Isso inviabilizaria por completo qualquer tentativa futura de retomar uma carreira política nacional.
A estratégia de fazer o PSDB paulistano engolir um dos poucos serristas que restaram, o senador Aloysio Nunes, como candidato à prefeitura, caiu pela total falta de interesse do próprio senador. O espaço está aberto para a disputa entre dois nomes da órbita de influência de Alckmin, seus secretários José Anibal e Bruno Covas, na disputa pela legenda do partido à prefeitura.
Os destinos de Serra e do PSD dificilmente se encontrarão no âmbito nacional porque, afirma um dos seus articuladores, "o partido nasce com uma grande vocação governista". Em São Paulo, para cumprir a sua vocação, tem que ser Dilma Rousseff - não existe possibilidade de acordo com o governador tucano, com quem Kassab disputou a prefeitura, com o apoio de Serra, em 2008. O único caminho para acordo seriam ambos se unirem em torno de uma candidatura Serra, o que é altamente improvável. Sem essa alternativa, o PSD deve caminhar em faixa própria lançando um candidato.
No resto do país, o partido já exerce sua vocação governista de maneira plena. Nos redutos dos governadores de partidos da base de apoio de Dilma, o PSD, na grande maioria, conseguiu unir, de forma conveniente, dois governismos, o estadual e o federal. O governador Jaques Wagner (PT) ajudou a formação do partido na Bahia; Marcelo Déda (PT), em Sergipe; Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco e Cid Gomes (PSB) no Ceará. No Rio, o partido foi montado com a ajuda de um governador e um prefeito governistas no plano federal, Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Paes (PMDB). No Maranhão, foi constituído na órbita de influência da governadora Roseana Sarney (PMDB). No Piauí, está ligado ao governador Wilson Martins (PSB); na Paraíba, ao governador Ricardo Coutinho (PSB).
No Rio Grande do Norte, que tem a única governadora do DEM, Rosalba Ciarlini, e no Pará, com o tucano Simão Jatene, ambos de oposição ao governo federal, o PSD nasce apoiando o governo do Estado e o governo federal, ao mesmo tempo. Em Santa Catarina, o próprio governador, Raimundo Colombo, aderiu ao novo partido. Segundo um dos organizadores da nova legenda, o PSD apenas sera oposição estadual, de fato, no Acre e no Amapá.
Os interesses nacionais do PSD, portanto, não credenciam Kassab a se comprometer com Serra além das fronteiras da capital paulista. Os interesses nacionais do PSDB não convergem para Serra. Este é o horizonte do adversário de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais do ano passado.
UBS e a máfia rentista da Europa
Por Altamiro Borges
Na semana passada, o maior banco da Suíça, o UBS, anunciou um rombo de US$ 2 bilhões – cerca de R$ 3,5 bilhões. De imediato, o funcionário Kweku Adoboli, lotado no escritório de Londres, foi preso, acusado de ter feito operações financeiras fraudulentas. O banco tenta limpar a sua imagem. Joga toda a culpa no detido e garante que os seus clientes não sofrerão qualquer prejuízo.
Mas a sujeira é visível. Evidencia o caos em que se transformou o sistema financeiro mundial, totalmente desregulamentado pelos sucessivos governos neoliberais, e responsável pelo brutal agravamento da crise capitalista. Adoboli trabalhava com as complexas operações de derivativos – uma malandragem dos banqueiros e rentistas para especular com papéis futuros.
Na semana passada, o maior banco da Suíça, o UBS, anunciou um rombo de US$ 2 bilhões – cerca de R$ 3,5 bilhões. De imediato, o funcionário Kweku Adoboli, lotado no escritório de Londres, foi preso, acusado de ter feito operações financeiras fraudulentas. O banco tenta limpar a sua imagem. Joga toda a culpa no detido e garante que os seus clientes não sofrerão qualquer prejuízo.
Mas a sujeira é visível. Evidencia o caos em que se transformou o sistema financeiro mundial, totalmente desregulamentado pelos sucessivos governos neoliberais, e responsável pelo brutal agravamento da crise capitalista. Adoboli trabalhava com as complexas operações de derivativos – uma malandragem dos banqueiros e rentistas para especular com papéis futuros.
O oportunismo de Yoani Sánchez
Por Iroel Sánchez, no blog La Pupila Insomne:
A multipremiada blogueira Yoani Sánchez acrescentou novas pérolas ao ciberbestiário, conforme o apresentado em sua antológica entrevista ao historiador francês Salim Lamrani [*].
Em diálogo com o jornal porto-riquenho El Nuevo Dia, a senhora Sánchez investe contra o povo cubano, a quem atribui o comportamento daqueles que, como ela, só pensam com o bolso:
A multipremiada blogueira Yoani Sánchez acrescentou novas pérolas ao ciberbestiário, conforme o apresentado em sua antológica entrevista ao historiador francês Salim Lamrani [*].
Em diálogo com o jornal porto-riquenho El Nuevo Dia, a senhora Sánchez investe contra o povo cubano, a quem atribui o comportamento daqueles que, como ela, só pensam com o bolso:
Pós-graduandos fazem tuitaço
Por Luana Bonone, diretora de comunicação da ANPG, no sítio da entidade:
A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) organiza uma semana concentrada de campanha pela valorização das bolsas de pesquisa que teve início na segunda (19) e vai até essa sexta-feira (23). O foco é o reajuste das bolsas de mestrado e doutorado, que estão com os valores congelados há mais de 3 anos, embora as pautas por financiamento para educação e ciência e tecnologia também façam parte do debate. Além de ações nas universidades, a entidade promove uma diversificada campanha virtual, com Twittaço da hashtag #reajustedebolsasja marcado para esta quinta-feira (22).
A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) organiza uma semana concentrada de campanha pela valorização das bolsas de pesquisa que teve início na segunda (19) e vai até essa sexta-feira (23). O foco é o reajuste das bolsas de mestrado e doutorado, que estão com os valores congelados há mais de 3 anos, embora as pautas por financiamento para educação e ciência e tecnologia também façam parte do debate. Além de ações nas universidades, a entidade promove uma diversificada campanha virtual, com Twittaço da hashtag #reajustedebolsasja marcado para esta quinta-feira (22).
Esclarecimento dos blogueiros de MG
Enviada por Michael Rosa:
Em face da exploração política de um lamentável fato que ocorreu com um dos participantes do Encontros dos Blogueiros Progressistas, a Comissão de organização do BlogProgMG ("Bloguemus") esclarece:
A) O ativista de redes sociais, de nome Nartagman, participou, como indivíduo, dos debates do encontro estadual mineiro de blogueiros progressistas. Evento que teve mais de 150 inscritos.
Em face da exploração política de um lamentável fato que ocorreu com um dos participantes do Encontros dos Blogueiros Progressistas, a Comissão de organização do BlogProgMG ("Bloguemus") esclarece:
A) O ativista de redes sociais, de nome Nartagman, participou, como indivíduo, dos debates do encontro estadual mineiro de blogueiros progressistas. Evento que teve mais de 150 inscritos.
Paulo Freire e as verdades escondidas
Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:
Trinta anos após sua primeira edição, o que justificaria a republicação de Comunicação e Cultura: as idéias de Paulo Freire, um livro que explora o pensamento e a prática do educador brasileiro no período anterior à dissolução do chamado socialismo real; anterior às eleições que levaram ao poder vários governos populares na América Latina, na contramão da nossa tradição histórica; anterior à revolução digital que dá origem às imensas transformações tecnológicas nas comunicações? O que a prática e a reflexão posteriores de Freire – produtivo até sua morte em 1997 – acrescentaram sobre comunicação e cultura? O que pensam os pesquisadores, sobretudo os brasileiros, a respeito da contribuição de Freire para os estudos de comunicação?
Trinta anos após sua primeira edição, o que justificaria a republicação de Comunicação e Cultura: as idéias de Paulo Freire, um livro que explora o pensamento e a prática do educador brasileiro no período anterior à dissolução do chamado socialismo real; anterior às eleições que levaram ao poder vários governos populares na América Latina, na contramão da nossa tradição histórica; anterior à revolução digital que dá origem às imensas transformações tecnológicas nas comunicações? O que a prática e a reflexão posteriores de Freire – produtivo até sua morte em 1997 – acrescentaram sobre comunicação e cultura? O que pensam os pesquisadores, sobretudo os brasileiros, a respeito da contribuição de Freire para os estudos de comunicação?
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