Por Luana Bonone, diretora de comunicação da ANPG, no sítio da entidade:
A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) organiza uma semana concentrada de campanha pela valorização das bolsas de pesquisa que teve início na segunda (19) e vai até essa sexta-feira (23). O foco é o reajuste das bolsas de mestrado e doutorado, que estão com os valores congelados há mais de 3 anos, embora as pautas por financiamento para educação e ciência e tecnologia também façam parte do debate. Além de ações nas universidades, a entidade promove uma diversificada campanha virtual, com Twittaço da hashtag #reajustedebolsasja marcado para esta quinta-feira (22).
A campanha foi decidida durante o 38º Conselho Nacional de Associações de Pós-Graduandos (Conap), que reuniu APGs de todo o país no mês de agosto em Recife (PE). Uma semana após o Conap, em 31 de agosto, a ANPG participou da Marcha dos Estudantes, que levou mais de 10 mil pessoas às ruas de Brasília, e a presidente da entidade, Elisangela Lizardo, teve a oportunidade de entregar um documento com a pauta do reajuste das bolsas à presidente Dilma Rousseff.
Segundo Elisangela, o contexto do país exige o fortalecimento do seu sistema ciência e tecnologia e também do educacional: “o Brasil vive um momento propício para impulsionar um crescimento que garanta justiça social e aproveite as possibilidades do país de forma sustentável. Temos o desafio de construir dois grandes eventos esportivos mundiais e descobrimos uma riqueza natural imensa, o pré-sal, que deve ser utilizada para o desenvolvimento do país com a participação de todo o seu povo neste processo. Mais do que nunca, a educação e a pesquisa científica devem ser entendidas como instrumentos essenciais para o melhor aproveitamento desta janela histórica de possibilidades e desafios que vive o país". É neste contexto que a ANPG pauta a valorização das bolsas de pesquisa, completa a doutoranda, que defende, ainda, a garantia de 10% do PIB para a Educação e de vinculação de verbas do Pré-Sal para Educação e Ciência e Tecnologia.
Instalação de um contador de dias sem reajuste, mural de apoiadores da campanha, vídeo-depoimentos, passagem em sala com distribuição de panfletos, reuniões de pós-graduandos para discutir o assunto.... no país inteiro o movimento se organiza para divulgar a campanha e ganhar adesão. Até em universidades onde há debate sobre greve, como é o caso da UFAC, a APG se mobiliza e procura realizar atividades em parceria com os servidores.
As primeiras atividades foram uma festa-protesto da APG PUC-Rio, um debate na Unifesp e um ato irreverente organizado pelas APGs da Unicamp, onde foram recolhidas moedinhas cuja destinação é uma doação simbólica ao governo federal para garantir o orçamento necessário para o reajuste. Os materiais da campanha estão afixados nessas e em outras universidades por todo o país.
Pelas ruas e pela rede
Além das ações nas universidades, os pós-graduandos promovem uma campanha virtual por toda a semana, sendo um destaque o Twittaço marcado para esta quinta-feira (22), com a hashtag #reajustedebolsasja. As mensagens divulgam o abaixo-assinado da campanha, as ações nas universidades, além de informações com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a pauta. Um exemplo é a informação de que a inflação acumulada desde o último reajuste é de 17,56%. Outra mensagem ressalta que, segundo o IBGE, profissionais que concluíram graduação ganham, em média, 7,8 salários mínimos (R$ 3.642), enquanto os pós-graduandos são pesquisadores que recebem uma bolsa de R$ 1.200,00 para se dedicar ao mestrado e R$ 1.800 para o doutorado (valores Capes e CNPq).
Para que as metas do Plano Nacional de Pós-Graduação 2005-2010 fossem cumpridas, o valor atual da bolsa de mestrado deveria ser R$ 1.672,16 e a de doutorado R$ 2.479,78. Isso significa um reajuste de quase 40% dos valores atuais, conforme a ANPG pauta no abaixo-assinado da campanha.
Vídeo-depoimento
Outro instrumento que a campanha pretende utilizar é o recurso audiovisual. A proposta é que cada apoiador da campanha – pós-graduando ou não – grave um vídeo curto com o seu depoimento. Pode ser via webcam, câmera do celular, da máquina fotográfica, ou qualquer equipamento que cumpra o papel. A orientação é que o vídeo termine sempre com a frase "Reajuste de Bolsas Já!". Os vídeos devem ser enviados para o e-mail reajustedebolsasja@gmail.com e também para o perfil da ANPG do Twitter e o do Facebook, além de todos os contatos de quem o postou, claro.
A campanha virtual pretende ainda chamar a atenção das autoridades do Poder Executivo. Um texto padrão e os endereços de e-mail de autoridades que devem dar resposta sobre uma política de valorização das bolsas estão disponíveis na página da ANPG.
A campanha de bolsas continuará em outubro. O calendário da ANPG prevê a realização de audiências em Brasília para apresentar o resultado da campanha. APGs e pós-graduandos de todo o país devem participar da entrega do abaixo-assinado e relatório das mobilizações, que têm o objetivo de pressionar o governo pelo reajuste pautado.
A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) organiza uma semana concentrada de campanha pela valorização das bolsas de pesquisa que teve início na segunda (19) e vai até essa sexta-feira (23). O foco é o reajuste das bolsas de mestrado e doutorado, que estão com os valores congelados há mais de 3 anos, embora as pautas por financiamento para educação e ciência e tecnologia também façam parte do debate. Além de ações nas universidades, a entidade promove uma diversificada campanha virtual, com Twittaço da hashtag #reajustedebolsasja marcado para esta quinta-feira (22).
A campanha foi decidida durante o 38º Conselho Nacional de Associações de Pós-Graduandos (Conap), que reuniu APGs de todo o país no mês de agosto em Recife (PE). Uma semana após o Conap, em 31 de agosto, a ANPG participou da Marcha dos Estudantes, que levou mais de 10 mil pessoas às ruas de Brasília, e a presidente da entidade, Elisangela Lizardo, teve a oportunidade de entregar um documento com a pauta do reajuste das bolsas à presidente Dilma Rousseff.
Segundo Elisangela, o contexto do país exige o fortalecimento do seu sistema ciência e tecnologia e também do educacional: “o Brasil vive um momento propício para impulsionar um crescimento que garanta justiça social e aproveite as possibilidades do país de forma sustentável. Temos o desafio de construir dois grandes eventos esportivos mundiais e descobrimos uma riqueza natural imensa, o pré-sal, que deve ser utilizada para o desenvolvimento do país com a participação de todo o seu povo neste processo. Mais do que nunca, a educação e a pesquisa científica devem ser entendidas como instrumentos essenciais para o melhor aproveitamento desta janela histórica de possibilidades e desafios que vive o país". É neste contexto que a ANPG pauta a valorização das bolsas de pesquisa, completa a doutoranda, que defende, ainda, a garantia de 10% do PIB para a Educação e de vinculação de verbas do Pré-Sal para Educação e Ciência e Tecnologia.
Instalação de um contador de dias sem reajuste, mural de apoiadores da campanha, vídeo-depoimentos, passagem em sala com distribuição de panfletos, reuniões de pós-graduandos para discutir o assunto.... no país inteiro o movimento se organiza para divulgar a campanha e ganhar adesão. Até em universidades onde há debate sobre greve, como é o caso da UFAC, a APG se mobiliza e procura realizar atividades em parceria com os servidores.
As primeiras atividades foram uma festa-protesto da APG PUC-Rio, um debate na Unifesp e um ato irreverente organizado pelas APGs da Unicamp, onde foram recolhidas moedinhas cuja destinação é uma doação simbólica ao governo federal para garantir o orçamento necessário para o reajuste. Os materiais da campanha estão afixados nessas e em outras universidades por todo o país.
Pelas ruas e pela rede
Além das ações nas universidades, os pós-graduandos promovem uma campanha virtual por toda a semana, sendo um destaque o Twittaço marcado para esta quinta-feira (22), com a hashtag #reajustedebolsasja. As mensagens divulgam o abaixo-assinado da campanha, as ações nas universidades, além de informações com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a pauta. Um exemplo é a informação de que a inflação acumulada desde o último reajuste é de 17,56%. Outra mensagem ressalta que, segundo o IBGE, profissionais que concluíram graduação ganham, em média, 7,8 salários mínimos (R$ 3.642), enquanto os pós-graduandos são pesquisadores que recebem uma bolsa de R$ 1.200,00 para se dedicar ao mestrado e R$ 1.800 para o doutorado (valores Capes e CNPq).
Para que as metas do Plano Nacional de Pós-Graduação 2005-2010 fossem cumpridas, o valor atual da bolsa de mestrado deveria ser R$ 1.672,16 e a de doutorado R$ 2.479,78. Isso significa um reajuste de quase 40% dos valores atuais, conforme a ANPG pauta no abaixo-assinado da campanha.
Vídeo-depoimento
Outro instrumento que a campanha pretende utilizar é o recurso audiovisual. A proposta é que cada apoiador da campanha – pós-graduando ou não – grave um vídeo curto com o seu depoimento. Pode ser via webcam, câmera do celular, da máquina fotográfica, ou qualquer equipamento que cumpra o papel. A orientação é que o vídeo termine sempre com a frase "Reajuste de Bolsas Já!". Os vídeos devem ser enviados para o e-mail reajustedebolsasja@gmail.com e também para o perfil da ANPG do Twitter e o do Facebook, além de todos os contatos de quem o postou, claro.
A campanha virtual pretende ainda chamar a atenção das autoridades do Poder Executivo. Um texto padrão e os endereços de e-mail de autoridades que devem dar resposta sobre uma política de valorização das bolsas estão disponíveis na página da ANPG.
A campanha de bolsas continuará em outubro. O calendário da ANPG prevê a realização de audiências em Brasília para apresentar o resultado da campanha. APGs e pós-graduandos de todo o país devem participar da entrega do abaixo-assinado e relatório das mobilizações, que têm o objetivo de pressionar o governo pelo reajuste pautado.
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