quinta-feira, 28 de março de 2013

Mídia omite greve de fome em Guantánamo

Por Altamiro Borges

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CIVC) anunciou ontem (27) que antecipará a visita ao campo de concentração de Guantánamo, mantido pelos EUA em território cubano. O motivo é a greve de fome dos prisioneiros, muitos deles sem julgamento, que já dura sete semanas. A delegação será composta por duas pessoas, com um médico entre elas. "Para tentar entender as tensões atuais e a greve de fome em curso, decidimos começar essa visita antes. O CIVC tinha previsto inicialmente visitar os prisioneiros de Guantánamo a partir de 1º de abril”, explicou o porta-voz do órgão, Bijan Farnudi.



A greve de fome é um protesto contra as condições desumanas dos presos, muitos deles vítimas de torturas e humilhações. O movimento teve início em 6 de fevereiro, após uma inspeção dos soldados ianques. Os detentos denunciaram que os carcereiros confiscaram bens pessoais, como fotografias, cartas e exemplares do Corão, fato considerado como uma "profanação religiosa". Segundo o Center for Constitutional Rights, a maior parte dos 130 presos que se encontram no Campo 6 da prisão aderiu à greve de fome.

No início deste ano, a ONU divulgou comunicado criticando os EUA por violarem a legislação internacional dos direitos humanos. Ela ainda condenou o fato de muitos deles não terem sido julgados e serem mantidos presos por tempo indefinido. Antes de iniciar seu primeiro mandato, em 2009, o agora reeleito presidente dos EUA, Barack Obama, havia prometido o fechamento da prisão. Esta promessa também foi esquecida. 

A mídia colonizada, que fez tanto escarcéu com a visita da dissidente cubana Yoani Sánchez, evita tratar do assunto. A prolongada greve de fome está totalmente invisibilizada nos jornalões, revistonas e redes de tevê. O discurso sobre direitos humanos da mídia é pura bravata, que só engana os ingênuos!

2 comentários:

Blog Rogerio Schneider disse...

-Quem se importa com o que acontece em Quantánamo?
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Eventualmente até pode haver inocentes, o que é uma pena.
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Contudo, a totalidade dos radicais islâmicos pregam a destruição dos Estados Unidos, de Israel. O que a mídia omite é que corrente em mesquitas do mundo árabe pregarem que judeus são porcos e descendentes de macacos. Sem falar que cristãos são os infiéis que devem ser mortos.
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Por sinal, esquerdistas jamais falam da perseguição sistemática que cristãos são alvo no mundo árabe, mesmo por que concordam com islâmicos na destruição do cristianismo.
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Os Estados Unidos foram morais ao não fuzilar os seus prisioneiros.
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O que talvez aborreça ao titular do blog é que muitos leitores devem apoiar aos Estados Unods.

Anônimo disse...

Que pena de Israel e dos EUA. Os direitistas insistem em colocá-los como vítimas no mundo. Duas das maiores máquinas de guerra do mundo que vivem agredindo a soberania de outros países. Tática velha essa dos EUA e de Israel taxar todo mundo como terrorista. O maior terrorista é a CIA. E os direitistas acham que todo mundo é alienado da mídia para cair nesse papo furado.