sábado, 22 de junho de 2019
sexta-feira, 21 de junho de 2019
"Democracia em vertigem", um filmaço!
Por Gilberto Maringoni
Acabo de assistir 'Democracia em vertigem', de Petra Costa, no Netflix. Quando a tela escurece e começam os créditos finais, me pego em estado catatônico na poltrona. A cabeça lateja, enquanto, por alguns minutos, encaro o nada diante do nariz.
Petra mistura crônica pessoal e familiar com as monumentais turbulências nacionais dos últimos anos. É o traço maior de sua narrativa: combinar intimismo - em sua voz quase infantil - com imagens absolutamente bestiais de esperança e tragédia, numa costura que recua e avança, ao longo de quatro décadas. Ela vai das greves de São Bernardo à posse de Bolsonaro, numa toada magnética que nos suga por pouco mais de duas horas.
Acabo de assistir 'Democracia em vertigem', de Petra Costa, no Netflix. Quando a tela escurece e começam os créditos finais, me pego em estado catatônico na poltrona. A cabeça lateja, enquanto, por alguns minutos, encaro o nada diante do nariz.
Petra mistura crônica pessoal e familiar com as monumentais turbulências nacionais dos últimos anos. É o traço maior de sua narrativa: combinar intimismo - em sua voz quase infantil - com imagens absolutamente bestiais de esperança e tragédia, numa costura que recua e avança, ao longo de quatro décadas. Ela vai das greves de São Bernardo à posse de Bolsonaro, numa toada magnética que nos suga por pouco mais de duas horas.
Fim da linha para Moro
Por Leandro Fortes
O melhor que Sérgio Moro deveria fazer, agora, era ir para casa e aproveitar a popularidade (e dinheiro) que ainda tem para contratar bons advogados e montar uma estratégia de defesa, porque o media training deu ruim.
Moro está naquele momento onde a aparência física começa a se assemelhar com o monstro apavorado que não para de crescer dentro dele. Basta ver as imagens do depoimento no Senado: o que se vê, ali, é um homem aflito, afogado em mentiras, perdendo, uma a uma, as saídas que costumava ter.
O melhor que Sérgio Moro deveria fazer, agora, era ir para casa e aproveitar a popularidade (e dinheiro) que ainda tem para contratar bons advogados e montar uma estratégia de defesa, porque o media training deu ruim.
Moro está naquele momento onde a aparência física começa a se assemelhar com o monstro apavorado que não para de crescer dentro dele. Basta ver as imagens do depoimento no Senado: o que se vê, ali, é um homem aflito, afogado em mentiras, perdendo, uma a uma, as saídas que costumava ter.
Desespero do ‘morismo’ não esconde a queda
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O ridículo “Pavão Misterioso”, perfil falso no Twitter que, há dias, tentou envolver o vazamentos das mensagens trocadas entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol (e entre estes e outros integrantes da tal Força Tarefa da Lava Jato), ganhou agora uma versão impressa, na IstoÉ, o único veículo que topou se agarrar sem reservas às incríveis teorias de uma conspiração internacional contra o atual ministro da Justiça.
Dispensa, como o tal Pavão, que se a depene, tão frágil é. O próprio Glenn Greenwald resume no Twitter: “A conspiração insana se contradiz. O desespero é feio.”
Dispensa, como o tal Pavão, que se a depene, tão frágil é. O próprio Glenn Greenwald resume no Twitter: “A conspiração insana se contradiz. O desespero é feio.”
Moro deixa um fio desencapado no Senado
O ministro Sérgio Moro ficou à disposição dos senadores da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) praticamente por nove horas seguidas. Bem ao seu estilo, falou como se fosse um monge tibetano sem alterar a voz. E para não se perder, repetiu bordões ensaiados. Não dando espaço para se passar como alguém em desespero. Esse era o seu grande risco.
Num ambiente menos difícil do que o normal nessas ocasiões, Moro usou a velha tática dos políticos tradicionais, fugir das perguntas incômodas.
E quando acossado, fazia-se de vítima, não respondendo.
O que significa o colapso da "Vaja-Jato"?
Por Jessé Souza, em seu blog:
Glenn Greenwald, com sua coragem, mudou a vida da sociedade brasileira contemporânea. Aquilo que só iríamos descobrir quando nada mais importasse, como na ação americana no golpe de 1964, sabemos agora, quando os patifes e eles são muitos ainda estão em plena ação. Muito ainda está por vir, mas todos já sabemos o principal: a Lava Jato, a joia da coroa do moralismo postiço brasileiro, foi para o brejo. Houve “armação política” de servidores públicos, procuradores e juízes, que, por dever de função, deveriam manter-se imparciais. Em resumo: traíram seu país e sua função enquanto servidores públicos para enganar a justiça e a sociedade. São, portanto, objetivamente, criminosos e corruptos. A verdadeira “organização criminosa” estava no Ministério Público (MP) e no âmago do Poder Judiciário. Simples assim. FHC e outros cretinos da mesma laia vão tentar tapar o sol com a peneira. Mas não vai colar. Perdeu, playboy!
Um balanço das 'realizações' de Bolsonaro
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Quando um presidente assume, os meios de comunicação tradicionais sempre fazem um balanço dos 100 dias de governo. Mas nós, como somos diferentões, decidimos fazer um balanço dos 171 dias de Bolsonaro no poder, completados em 20 de junho. O número é simbólico da fraude que a extrema direita está promovendo no comando do país, se resumindo à mentira, às fake news, à vingança contra adversários e à mera propaganda ideológica; além disso, durante a campanha, o número do então candidato era 17. Tudo a ver.
Um time ameaçado pelo VAR da democracia
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Quem dera os crimes contra a democracia, a soberania popular e a pátria fossem obra e graça apenas do juiz Moro e seus subordinados da força-tarefa de Curitiba, cujos meandros de sua atuação fraudulenta à frente da Lava Jato vêm sendo revelados ao país pelo site The Intercept.
Quem dera fosse possível fulanizar os responsáveis pela manobra de submundo que culminou com a fraude nas eleições de 2018 e a condenação de um inocente.
Quem dera essas ações em série de sabotagem à democracia, que teve início com o golpe de 2016, pudessem ser creditadas a alguns altos servidores do Estado que traíram suas funções públicas e seus compromissos republicanos.
Quem dera os crimes contra a democracia, a soberania popular e a pátria fossem obra e graça apenas do juiz Moro e seus subordinados da força-tarefa de Curitiba, cujos meandros de sua atuação fraudulenta à frente da Lava Jato vêm sendo revelados ao país pelo site The Intercept.
Quem dera fosse possível fulanizar os responsáveis pela manobra de submundo que culminou com a fraude nas eleições de 2018 e a condenação de um inocente.
Quem dera essas ações em série de sabotagem à democracia, que teve início com o golpe de 2016, pudessem ser creditadas a alguns altos servidores do Estado que traíram suas funções públicas e seus compromissos republicanos.
A defesa de Moro: elogio da mediocridade
Por Flávio Aguiar, no site Carta Maior:
O ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro escolheu o pior caminho para se defender na audiência de ontem na Comissão do Senado que o recebeu: o de se dirigir à idiotice de quem o ouvia, fosse na plateia imediata, presente, fosse na virtual, televisiva ou internauta.
O argumento de Moro, cansativamente repetido ao longo das nove horas de seu depoimento, pode ser resumido assim:
1 - Eu nego a autenticidade das conversas apresentadas.
2 - Elas “podem” ter sido adulteradas.
3 - Não me lembro delas.
4 - Não existem mais os originais.
5 - Eu as deletei de meu celular.
O ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro escolheu o pior caminho para se defender na audiência de ontem na Comissão do Senado que o recebeu: o de se dirigir à idiotice de quem o ouvia, fosse na plateia imediata, presente, fosse na virtual, televisiva ou internauta.
O argumento de Moro, cansativamente repetido ao longo das nove horas de seu depoimento, pode ser resumido assim:
1 - Eu nego a autenticidade das conversas apresentadas.
2 - Elas “podem” ter sido adulteradas.
3 - Não me lembro delas.
4 - Não existem mais os originais.
5 - Eu as deletei de meu celular.
quinta-feira, 20 de junho de 2019
Degolas de Bolsonaro atiçam os extremistas
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
Depois das manifestações de seus partidários extremistas em 26 de maio, atos que mostraram que sua base social e popular não pode ser desprezada, Jair Bolsonaro radicalizou. Por razões ideológicas, cortou cabeças no governo e passou por cima dos militares, vistos como moderados.
Em 4 de junho, o presidente recebeu a embaixadora indicada para Brasília pelo autodeclarado chefe de Estado venezuelano, o deputado direitista Juan Guaidó. A ala militar do governo brasileiro era contra, por ver incentivo a distúrbios políticos por lá e uma provocação a Nicolás Maduro. Bolsonaro não está nem aí. A Venezuela chavista é inimiga e pronto.
Em 4 de junho, o presidente recebeu a embaixadora indicada para Brasília pelo autodeclarado chefe de Estado venezuelano, o deputado direitista Juan Guaidó. A ala militar do governo brasileiro era contra, por ver incentivo a distúrbios políticos por lá e uma provocação a Nicolás Maduro. Bolsonaro não está nem aí. A Venezuela chavista é inimiga e pronto.
Moro e Bolsonaro na guerra pela sobrevivência
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Chamado a dar explicações sobre diálogos comprometedores para a Lava Jato e para o governo Bolsonaro, o ministro Sérgio Moro perdeu a memória e a voz.
Última reserva de credibilidade num condomínio integrado por uma maioria de nulidades e espertalhões empossados há menos de seis meses, o refrão "não me lembro" é expressão gritante da situação em que se encontra Sérgio Moro.
Não pode abrir a boca para contestar o Intercept sem correr o risco de ser apanhado na esquina dos próximos vazamentos.
A gravidade da situação política foi desenhada ao vivo e a cores na tarde de ontem, no Comitê de Constituição e Justiça do Senado.
Chamado a dar explicações sobre diálogos comprometedores para a Lava Jato e para o governo Bolsonaro, o ministro Sérgio Moro perdeu a memória e a voz.
Última reserva de credibilidade num condomínio integrado por uma maioria de nulidades e espertalhões empossados há menos de seis meses, o refrão "não me lembro" é expressão gritante da situação em que se encontra Sérgio Moro.
Não pode abrir a boca para contestar o Intercept sem correr o risco de ser apanhado na esquina dos próximos vazamentos.
Pesquisa científica: informação e falácias
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Faz dias, O Globo, em nota editorial (“Equívoco”, 16/5/2019), apontou-me, uma vez mais, como defensor da fabricação, pelo Brasil, da bomba atômica, artefato expressamente proibido pela Constituição Federal (Art. 21, XXIII), pioneirismo no qual, aliás, não tivemos seguidores. Esta falsa acusação foi renovada na edição de domingo último (9/6 p.11), em uma coluna de potins. Talvez seja a oportunidade de esclarecer os leitores deste jornal.
Advirto novamente: não propus nem defendo a fabricação de tal artefato.
Faz dias, O Globo, em nota editorial (“Equívoco”, 16/5/2019), apontou-me, uma vez mais, como defensor da fabricação, pelo Brasil, da bomba atômica, artefato expressamente proibido pela Constituição Federal (Art. 21, XXIII), pioneirismo no qual, aliás, não tivemos seguidores. Esta falsa acusação foi renovada na edição de domingo último (9/6 p.11), em uma coluna de potins. Talvez seja a oportunidade de esclarecer os leitores deste jornal.
Advirto novamente: não propus nem defendo a fabricação de tal artefato.
A promiscuidade entre juiz e membros do MP
Por Lenio Luiz Streck, no site Consultor Jurídico:
Resumo: uma coisa ficou marcada e institucionalizada na audiência no Senado desta quarta-feira (19/6) — a de que é normal a promiscuidade entre juiz e membro do MP. "Isso é normal." Será?
Benjamin Franklin dizia: "A cada minuto, a cada hora, a cada dia, estamos na encruzilhada, fazendo escolhas. Escolhemos os pensamentos que nos permitimos ter, as paixões que nos permitimos sentir, as ações que nos permitimos fazer. Cada escolha é feita no contexto do sistema de valores que elegemos. Elegendo esse sistema, estamos também fazendo a escolha mais importante de nossas vidas".
Benjamin Franklin dizia: "A cada minuto, a cada hora, a cada dia, estamos na encruzilhada, fazendo escolhas. Escolhemos os pensamentos que nos permitimos ter, as paixões que nos permitimos sentir, as ações que nos permitimos fazer. Cada escolha é feita no contexto do sistema de valores que elegemos. Elegendo esse sistema, estamos também fazendo a escolha mais importante de nossas vidas".
Procuradores estão destruindo as provas
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O teatro do absurdo do regime de exceção alcançou o apogeu.
Procuradores da república e juízes envolvidos em denúncias aterradoras, como práticas ilícitas e associação mafiosa, continuam nos respectivos cargos públicos e, para espanto geral, livres de qualquer investigação.
Agora chegamos a um ponto em que esses procuradores, assomados por um sentimento de proteção das instituições e de impunidade, se dão ao luxo de comunicar, por meio de nota oficial da repartição pública da qual deveriam ter sido afastados há pelo menos 10 dias, que estão destruindo provas que os incriminam.
O teatro do absurdo do regime de exceção alcançou o apogeu.
Procuradores da república e juízes envolvidos em denúncias aterradoras, como práticas ilícitas e associação mafiosa, continuam nos respectivos cargos públicos e, para espanto geral, livres de qualquer investigação.
Agora chegamos a um ponto em que esses procuradores, assomados por um sentimento de proteção das instituições e de impunidade, se dão ao luxo de comunicar, por meio de nota oficial da repartição pública da qual deveriam ter sido afastados há pelo menos 10 dias, que estão destruindo provas que os incriminam.
A empáfia de Moro no Senado
Editorial do site Vermelho:
Diante da balbúrdia que se instalou no Ministério da Justiça e Segurança Pública com as denúncias contra o ministro Sérgio Moro, nada mais natural, para esclarecer tudo, do que uma confrontação das versões com os fatos. Não foi o que aconteceu na audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (19). Moro prometeu dar “esclarecimentos”, mas o que se viu foi um desfile de exibicionismo senatorial dos governistas, que sopraram fogo nas práticas abusivas da Operação Lava Jato servindo-se do proverbial proselitismo do ex-juiz.
Diante da balbúrdia que se instalou no Ministério da Justiça e Segurança Pública com as denúncias contra o ministro Sérgio Moro, nada mais natural, para esclarecer tudo, do que uma confrontação das versões com os fatos. Não foi o que aconteceu na audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (19). Moro prometeu dar “esclarecimentos”, mas o que se viu foi um desfile de exibicionismo senatorial dos governistas, que sopraram fogo nas práticas abusivas da Operação Lava Jato servindo-se do proverbial proselitismo do ex-juiz.
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