Por Altamiro Borges
A hegemonia do PSDB em São Paulo, mantida há quase duas décadas, corre riscos. Além da incógnita sobre as ações futuras do prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, o ex-demo que foi eleito pelo tucano José Serra e que agora fundou o seu próprio partido, agrava-se a crise entre os próprios caciques do PSDB. E as bicadas entre os tucanos são sangrentas.
No último final de semana, a convenção da legenda confirmou a grave crise. O governador Geraldo Alckmin, que nunca engoliu a traição dos serristas no pleito da prefeitura, mostrou que é bem vingativo. Sem qualquer perdão, ele derrotou e humilhou a bancada de vereadores da legenda e bancou a vitória do seu secretário estadual, Julio Semeghini, para o comando do Diretório Municipal.
Vereadores abandonam a convenção
A bancada não aceitou o rolo-compressor dos aliados de Alckmin para a composição da Executiva e decidiu abandonar o processo de votação, realizado na Câmara Municipal. Os vereadores queriam ficar com a secretaria-geral, cargo logo abaixo da presidência na hierarquia partidária e com alto poder deliberativo, mas não conseguiram. Derrotados, 12 dos 13 vereadores deixaram o local.
Decepcionado, o jornal Estadão lamentou o trágico desfecho. Logo na chamada da matéria, a triste constatação: “Tucanos elegem secretário de Alckmin para comandar diretório paulistano, mas vereadores, que em 2008 apoiaram Kassab, novamente impõem resistência ao grupo do governador; resultado aumenta divisão no campo contrário ao PT”.
A reportagem dá detalhes sobre as sangrentas bicadas. “Menos de seis meses após uma eleição presidencial marcada pela divisão do partido, o PSDB, principal sigla de oposição ao governo federal, deu novas mostras de que não consegue se unir em torno de um projeto... Os tucanos fracassaram na tentativa de eleger uma chapa de consenso para comandar sua instância municipal e, assim, iniciaram divididos a caminhada pela sucessão do prefeito Gilberto Kassab”.
Um processo "auto-destrutivo"
Nos relatos dos derrotados, a prova da tragédia. “Acho que o resultado final foi muito ruim porque os vereadores são a base do partido”, afirmou Floriano Pesaro. José Henrique Reis Lobo, ex-presidente do PSDB paulistano, também criticou o clima de discriminação crescente, “que fatalmente levará à cizânia e, daí, ao enfraquecimento do partido”.
“Fizemos todo o esforço possível para que houvesse uma composição, mas não fomos ouvidos. O resultado dessa atitude intransigente do grupo do outro lado, coordenado por três secretários de governo de Alckmin, é muito ruim, enfraquece o partido. Isso é auto-destrutivo”, choramingou o vereador Gilberto Natalini.
Um recado para Serra e Aécio
Geraldo Alckmin compareceu à convenção e disse que as disputas internas fortalecem o partido. Ele até citou como exemplo o modelo americano, que prevê as primárias para a escolha do candidato – talvez num recado para o ex-governador Serra e o atual senador Aécio Neves, que já se consideram candidatos naturais para a sucessão presidencial em 2014. A briga promete!
A hegemonia do PSDB em São Paulo, mantida há quase duas décadas, corre riscos. Além da incógnita sobre as ações futuras do prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, o ex-demo que foi eleito pelo tucano José Serra e que agora fundou o seu próprio partido, agrava-se a crise entre os próprios caciques do PSDB. E as bicadas entre os tucanos são sangrentas.
No último final de semana, a convenção da legenda confirmou a grave crise. O governador Geraldo Alckmin, que nunca engoliu a traição dos serristas no pleito da prefeitura, mostrou que é bem vingativo. Sem qualquer perdão, ele derrotou e humilhou a bancada de vereadores da legenda e bancou a vitória do seu secretário estadual, Julio Semeghini, para o comando do Diretório Municipal.
Vereadores abandonam a convenção
A bancada não aceitou o rolo-compressor dos aliados de Alckmin para a composição da Executiva e decidiu abandonar o processo de votação, realizado na Câmara Municipal. Os vereadores queriam ficar com a secretaria-geral, cargo logo abaixo da presidência na hierarquia partidária e com alto poder deliberativo, mas não conseguiram. Derrotados, 12 dos 13 vereadores deixaram o local.
Decepcionado, o jornal Estadão lamentou o trágico desfecho. Logo na chamada da matéria, a triste constatação: “Tucanos elegem secretário de Alckmin para comandar diretório paulistano, mas vereadores, que em 2008 apoiaram Kassab, novamente impõem resistência ao grupo do governador; resultado aumenta divisão no campo contrário ao PT”.
A reportagem dá detalhes sobre as sangrentas bicadas. “Menos de seis meses após uma eleição presidencial marcada pela divisão do partido, o PSDB, principal sigla de oposição ao governo federal, deu novas mostras de que não consegue se unir em torno de um projeto... Os tucanos fracassaram na tentativa de eleger uma chapa de consenso para comandar sua instância municipal e, assim, iniciaram divididos a caminhada pela sucessão do prefeito Gilberto Kassab”.
Um processo "auto-destrutivo"
Nos relatos dos derrotados, a prova da tragédia. “Acho que o resultado final foi muito ruim porque os vereadores são a base do partido”, afirmou Floriano Pesaro. José Henrique Reis Lobo, ex-presidente do PSDB paulistano, também criticou o clima de discriminação crescente, “que fatalmente levará à cizânia e, daí, ao enfraquecimento do partido”.
“Fizemos todo o esforço possível para que houvesse uma composição, mas não fomos ouvidos. O resultado dessa atitude intransigente do grupo do outro lado, coordenado por três secretários de governo de Alckmin, é muito ruim, enfraquece o partido. Isso é auto-destrutivo”, choramingou o vereador Gilberto Natalini.
Um recado para Serra e Aécio
Geraldo Alckmin compareceu à convenção e disse que as disputas internas fortalecem o partido. Ele até citou como exemplo o modelo americano, que prevê as primárias para a escolha do candidato – talvez num recado para o ex-governador Serra e o atual senador Aécio Neves, que já se consideram candidatos naturais para a sucessão presidencial em 2014. A briga promete!
3 comentários:
Cara, você conhece ave mais predadora do que tucno?
O desgraçado come ovos de outras aves!!!!!!!!!!!!
Quem comeu os ovos de quem? kkkkk Desse jeito, bye bye Cerra.
Um partido feito de individualidade e ausência de um projeto político.
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