Neste domingo, o vice-chanceler afegão Jawed Lodin e o conselheiro para Assuntos Legislativos da Embaixada dos EUA, Hans Klemm, assinaram em Kabul um convênio que estabelece que os EUA financiarão 268 milhões de dólares na luta contra o narcotráfico e na melhoria do sistema jurídico do Afeganistão.
De acordo com o documento, os fundos serão destinados ao treinamento da polícia afegã e para financiar a luta contra a produção e o tráfico de drogas.
O diplomata estadunidense disse que Washington dá assistência ao Afeganistão desde 2006 na luta contra o narcotráfico e no aperfeiçoamento do sistema de Justiça. No entanto, o país continua tomando parte da lista estadunidense dos grandes estados produtores de drogas.
O Ministério afegão estima que este ano foi cultivado no país 123 mil hectares de droga.
A luta contra o narcotráfico é dificultada por obstáculos como “a péssima situação de segurança e à ausência de lei”, segundo Klemm, que afirmou que o consumo de drogas no mundo se deve, em particular, às produzidas no Afeganistão.
Segundo dados do informe anual da ONU, os Estados Unidos continuam sendo o maior mercado mundial das drogas.
Como se gasta o dinheiro estadunidense no Afeganistão?
Desde a invasão das tropas estadunidenses do Afeganistão em 2001, os EUA já enviaram ao país bilhões de dólares em ajuda, mas junto com a remessa do dinheiro foram crescendo as denúncias de corrupção.
No final de agosto, a Comissão de Contratos Públicos em Tempo de Guerra revelou que na última década foram enviados para o Afeganistão e Iraque entre 30 e 60 bilhões de dólares do tesouro estadunidense.
Os fundos foram desviados e transferidos para contas do talibã em função do planejamento ineficiente, falta de cooperação entre os departamentos, simples incompetência ou falta de controle, assinala o informe.
* Tradução de Sandra Luiz Alves.
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