Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
No último fim de semana, as imprensas de Brasil e Venezuela – ambas de oposição aos governos desses países – empreenderam ataques idênticos aos dois maiores líderes políticos sul-americanos: Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez Frías. As armas usadas foram os cânceres que acometem a ambos.
Matérias veiculadas pelos jornais Folha de São Paulo e El Universal na internet acusaram os dois políticos de estarem adotando comportamentos virtualmente suicidas para obterem lucro político.
No caso de Lula, a matéria sugere que estaria prejudicando a própria saúde ao “impor ritmo político ao seu tratamento contra o câncer”, o que seria uma conduta suicida. Impor ritmo significa submeter a freqüência das sessões de quimioterapia ou de radioterapia à agenda política, o que obviamente é um absurdo.
Já no caso de Chávez, a imprensa vai ainda mais longe. Matéria publicada no fim de semana pelo jornalista venezuelano Nelson Bocaranda afirma que devido ao presidente não ter interrompido suas atividades políticas sua doença se agravou e ele já teria até deixado o país para se tratar em Cuba durante os meses de vida que lhe restam.
Os ataques das imprensas brasileira e venezuelana, porém, diferem na motivação. A primeira está fazendo picuinha por sentir-se esbofeteada pela homenagem que a escola de samba Gaviões da Fiel fez ao ex-presidente; a segunda, tenta convencer o povo a não votar em um candidato moribundo na eleição presidencial deste ano.
O ódio realmente turva a visão e obriga os que por ele são movidos a cometerem erros brutalmente estúpidos. Ou será que o povo não é capaz de refletir que alguém que sacrifica a própria saúde por uma causa é, antes de tudo, um idealista?
Resta a similitude de métodos. O uso pela imprensa sul-americana da doença que acomete Lula e Chávez comprova a existência de uma articulação conservadora transnacional que deveria conduzir à reflexão sobre a localização de seu epicentro caso todos não estivessem carecas de saber onde fica.
No último fim de semana, as imprensas de Brasil e Venezuela – ambas de oposição aos governos desses países – empreenderam ataques idênticos aos dois maiores líderes políticos sul-americanos: Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez Frías. As armas usadas foram os cânceres que acometem a ambos.
Matérias veiculadas pelos jornais Folha de São Paulo e El Universal na internet acusaram os dois políticos de estarem adotando comportamentos virtualmente suicidas para obterem lucro político.
No caso de Lula, a matéria sugere que estaria prejudicando a própria saúde ao “impor ritmo político ao seu tratamento contra o câncer”, o que seria uma conduta suicida. Impor ritmo significa submeter a freqüência das sessões de quimioterapia ou de radioterapia à agenda política, o que obviamente é um absurdo.
Já no caso de Chávez, a imprensa vai ainda mais longe. Matéria publicada no fim de semana pelo jornalista venezuelano Nelson Bocaranda afirma que devido ao presidente não ter interrompido suas atividades políticas sua doença se agravou e ele já teria até deixado o país para se tratar em Cuba durante os meses de vida que lhe restam.
Os ataques das imprensas brasileira e venezuelana, porém, diferem na motivação. A primeira está fazendo picuinha por sentir-se esbofeteada pela homenagem que a escola de samba Gaviões da Fiel fez ao ex-presidente; a segunda, tenta convencer o povo a não votar em um candidato moribundo na eleição presidencial deste ano.
O ódio realmente turva a visão e obriga os que por ele são movidos a cometerem erros brutalmente estúpidos. Ou será que o povo não é capaz de refletir que alguém que sacrifica a própria saúde por uma causa é, antes de tudo, um idealista?
Resta a similitude de métodos. O uso pela imprensa sul-americana da doença que acomete Lula e Chávez comprova a existência de uma articulação conservadora transnacional que deveria conduzir à reflexão sobre a localização de seu epicentro caso todos não estivessem carecas de saber onde fica.
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