Por Altamiro Borges
Segundo a matéria, com o sugestivo título “O casal arquivador”, Roberto Gurgel e sua esposa, a subprocuradora Cláudia Sampaio, “engavetaram nos últimos quatro anos processos contra pelo menos 30 políticos”. O caso mais grave envolve Demóstenes Torres, o ex-demo que se elegeu senador graças à conivência do casal. As denúncias contra ele foram entregues a Gurgel em 2009, como denunciou nesta semana à CPI o delegado Raul Alexandre Marques, que chefiou a Operação Vegas da Polícia Federal.
A reportagem também constatou que Roberto Gurgel está cada vez mais isolado na Procuradoria Geral. Vários membros do órgão questionam os poderes excessivos do casal. “A divisão de responsabilidades sobre os casos há anos já mostrava que o cenário chegaria ao ponto que se encontra hoje. É quase insustentável”, desabafou um experiente subprocurador à revista. Será que agora Roberto Gurgel, o “santo intocável”, será convocado para se explicar na CPI do Cachoeira?
A revista IstoÉ desta semana traz uma reportagem que pode implodir
a blindagem orquestrada por jornalões, ministros do STF e líderes demotucanos para
proteger Roberto Gurgel. Se bobear, o procurador-geral vai ganhar o apelido de
arquivador-geral da República. De quebra, como qualquer cidadão que não está
acima da lei, ele poderá ser chamado para depor da CPI do Cachoeira.
Segundo a matéria, com o sugestivo título “O casal arquivador”, Roberto Gurgel e sua esposa, a subprocuradora Cláudia Sampaio, “engavetaram nos últimos quatro anos processos contra pelo menos 30 políticos”. O caso mais grave envolve Demóstenes Torres, o ex-demo que se elegeu senador graças à conivência do casal. As denúncias contra ele foram entregues a Gurgel em 2009, como denunciou nesta semana à CPI o delegado Raul Alexandre Marques, que chefiou a Operação Vegas da Polícia Federal.
Omissão suspeita e danosa
“A omissão teve importantes consequências políticas. Adiou
em três anos a denúncia contra Demóstenes, que voltaria a figurar nas
investigações da Operação Monte Carlo, sucessora da Vegas... Mais do que jogar
luz sobre a negligência do procurador-geral e seus desdobramentos, a revelação
do delegado expôs a existência de um esquema de poder na cúpula da Procuradoria,
que tem como uma de suas prerrogativas denunciar a corrupção”, descrevem os repórteres
Claudio Dantas Sequeira e Izabelle Torres.
Sabe-se agora que para arquivar esta e outras denúncias o
procurador-geral contou com a fidelidade de Cláudia Sampaio, “com quem passou a
dividir não só o mesmo teto, mas os principais segredos da República”. Levantamento
dos atos da subprocuradora revela que ela beneficiou inúmeras autoridades. “Só
no Congresso, mais de 30 políticos, entre deputados e senadores, tiveram
inquéritos, ações penais, denúncias e procedimentos investigativos sumariamente
arquivados nos últimos quatro anos”.
Isolamento e explicações na CPI
A reportagem também constatou que Roberto Gurgel está cada vez mais isolado na Procuradoria Geral. Vários membros do órgão questionam os poderes excessivos do casal. “A divisão de responsabilidades sobre os casos há anos já mostrava que o cenário chegaria ao ponto que se encontra hoje. É quase insustentável”, desabafou um experiente subprocurador à revista. Será que agora Roberto Gurgel, o “santo intocável”, será convocado para se explicar na CPI do Cachoeira?
2 comentários:
O MIRO.
O gurger usou a máxima do ricupero.
O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde.
O gurger é o escondedor geral de república.....
Importante as observações na reportagem da Carta Capital, que detona com esse lero-lero de Gurgel:
“É preciso listar três evidências que desmontam o raciocínio de Gurgel, que teme ser acusado de prevaricação:
1) Não foi Gurgel, mas Antônio de Souza, procurador-geral à época, quem apresentou a denúncia contra os réus do mensalão. Primeiro ponto para mostrar que a personificação não cabe neste caso;
2) A denúncia foi acolhida pelo STF, onde o processo agora tramita. Não há nenhum risco à continuidade da ação penal e a seu julgamento;
3) Caso se veja impedido de fazer a sustentação oral pelo Ministério Público no julgamento do mensalão, há vários subprocuradores capazes de conduzi-la de forma brilhante. Portanto, Gurgel tenta se confundir com a instituição de maneira tosca e ciente do apoio de parte da mídia, interessada em misturar os casos. O processo do mensalão não corre risco algum se o procurador-geral tiver de explicar sua inépcia na apuração do escândalo Cachoeira. Além do mais, quem apontou a falta de iniciativa do procurador-geral em investigar Demóstenes foi um policial federal, não um político.”
Não entendi a razão de Dilma tê-lo reconduzido ao cargo. Se alguém souber , por favor me explique.
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