Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Leio o revelador texto de meu irmão Kiko sobre o fenômeno Russomano. Converso com ele e fazemos uma aposta sobre qual vai ser o novo prefeito de São Paulo.
Não sabia, embora desconfiasse, que a situação de Serra era tão precária dentro do próprio PSDB. Me pergunto: se era tamanha a rejeição a ele entre os próprios tucanos, por que o escolheram? Ninguém imaginava que os paulistanos lembrariam que Serra os largou no meio do caminho quando foi prefeito?
Serra dificilmente escapará da derrota no primeiro turno. Russomano está firme na ponta, e Haddad já encostou, como era previsível. É algo parecido com o que aconteceu, no plano nacional, com Dilma: saiu de baixo nas pesquisas e, com o horário eleitoral, foi crescendo.
Sobrarão, provavelmente, Russomano e Haddad.
É quando a vida tende a ficar mais difícil para Russomano. A presença de Serra, até aqui, o beneficia. Parte do eleitorado que seria tucano rejeita Serra e opta por ele. Sem surpresas: é um rosto relativamente novo, e tem familiaridade com televisão, um atributo precioso na política contemporânea.
Depois é que virão as dificuldades. O PT é um partido articulado e organizado, ao contrário do caricato PRB de Russomano. Haddad é, como ele, uma cara fresca. (O PT acertou ao escolhê-lo em vez de Marta, que cairia na categoria da velha turma botocada de sempre.)
Os eleitores que ficarem com Serra no primeiro turno tenderão a votar depois em Haddad, e não em Russomano, excetuada a minoria mais retrógrada que abomina o PT – e que tem no blogueiro Reinaldo Azevedo seu porta-voz mais estrepitoso. Tirada essa parcela arquiconservadora, o tucano típico apoia, hoje, iniciativas sociais destinadas a reduzir a miséria. Mais ainda, gostaria de ver o partido agarrar com vigor a bandeira da justiça social. Para este eleitor, a escolha entre Russomano e Haddad será simples.
Por isso, Haddad tende a ganhar, com uma certa folga.
Foi essa a aposta que fiz com meu mano. Ele acha que o apoio dos evangélicos levará Russomano — que ele e eu olhamos com justificada má vontade, dada sua biografia de demagogo – à prefeitura. Penso que igreja nenhuma é capaz de levar alguém a virar prefeito de uma cidade como São Paulo.
Veremos qual de nós vencerá. Qualquer que seja o desfecho, e estou tão convicto de meu raciocínio que disse a Kiko que escolhesse o que apostaríamos, um Nogueira vencerá.
Não sabia, embora desconfiasse, que a situação de Serra era tão precária dentro do próprio PSDB. Me pergunto: se era tamanha a rejeição a ele entre os próprios tucanos, por que o escolheram? Ninguém imaginava que os paulistanos lembrariam que Serra os largou no meio do caminho quando foi prefeito?
Serra dificilmente escapará da derrota no primeiro turno. Russomano está firme na ponta, e Haddad já encostou, como era previsível. É algo parecido com o que aconteceu, no plano nacional, com Dilma: saiu de baixo nas pesquisas e, com o horário eleitoral, foi crescendo.
Sobrarão, provavelmente, Russomano e Haddad.
É quando a vida tende a ficar mais difícil para Russomano. A presença de Serra, até aqui, o beneficia. Parte do eleitorado que seria tucano rejeita Serra e opta por ele. Sem surpresas: é um rosto relativamente novo, e tem familiaridade com televisão, um atributo precioso na política contemporânea.
Depois é que virão as dificuldades. O PT é um partido articulado e organizado, ao contrário do caricato PRB de Russomano. Haddad é, como ele, uma cara fresca. (O PT acertou ao escolhê-lo em vez de Marta, que cairia na categoria da velha turma botocada de sempre.)
Os eleitores que ficarem com Serra no primeiro turno tenderão a votar depois em Haddad, e não em Russomano, excetuada a minoria mais retrógrada que abomina o PT – e que tem no blogueiro Reinaldo Azevedo seu porta-voz mais estrepitoso. Tirada essa parcela arquiconservadora, o tucano típico apoia, hoje, iniciativas sociais destinadas a reduzir a miséria. Mais ainda, gostaria de ver o partido agarrar com vigor a bandeira da justiça social. Para este eleitor, a escolha entre Russomano e Haddad será simples.
Por isso, Haddad tende a ganhar, com uma certa folga.
Foi essa a aposta que fiz com meu mano. Ele acha que o apoio dos evangélicos levará Russomano — que ele e eu olhamos com justificada má vontade, dada sua biografia de demagogo – à prefeitura. Penso que igreja nenhuma é capaz de levar alguém a virar prefeito de uma cidade como São Paulo.
Veremos qual de nós vencerá. Qualquer que seja o desfecho, e estou tão convicto de meu raciocínio que disse a Kiko que escolhesse o que apostaríamos, um Nogueira vencerá.
4 comentários:
Quero muito que o Haddad ganhe, porque acredito nas suas propostas. Entretanto, a analise deste texto é tao primaria e fantasiosa que custa crer ter sido escrita pelo Paulo. Acreditar que tucanos apoiem Haddad por quererem mais justiça social? Quem sabe qdo as galinhas tiverem dentes....
Discordo do RICK. Acho que há Tucanos e tucanos. Com em todos os setores da vida, há os bons e os ruins. Quero crer que a maioria dos tucanos não o é por venalidade e más-intenções mas por ingenuidade e fé no PiG. NO entanto, a cada dia que passa o PiG fica mais desacreditado... Eu mesmo conheço muitos tucanos que estão cosntrangidos com a proteção espúria do PiG às esbórnias da TUCANAGEM. E corre caudalosa e subterrâneamente, mas em silêncio, o sentimento de que, como o BRASIL, Sâo Paulo só renascerá das cinzas do PSDB, com o PT no governo. DESPERTA SÃO PAULO -= HADDAD PREFEITO!!
“O BRASIL PARA TODOS não passa na glOBo – O que passa na gloBo é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
Marta e Erundina, duas oportunistas . Sentiram o crescimento vertiginoso do Haddad e entraram na campanha.O 13 deve ganhar o pleito e essas duas ainda exigirão os melhores cargos na administração . Essa tal burguesia .
É claro que o eleitor de Serra, do primeiro turno, não vai votar em Haddad no segundo turno. Que análise é essa?! dá pra explicar de onde tirou isso?!
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