Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O grave para Michel Temer é que não foi o povão.
Foi a classe média.
A mesma classe média que gritava “Fora Dilma”.
E que grita “Fora Temer”, agora.
E que provavelmente gritaria “fora, qualquer um”.
Não tem nem um mês – só amanhã – que o circo comandado por Eduardo Cunha, com a bênção do austero Ministro Teori Zavascki, que só depois considerou imoral sua permanência no posto, começava o inevitável afastamento de Dilma Rouseff.
As instituições esculhambaram o Brasil.
Estamos, virtualmente e há um ano e meio, sem governo.
Na falta de tribunais, temos panelas.
E uma classe média que viu, afinal, uma “panelinha” de políticos abocanhar o poder sem votos.
Este governo só tem acolhida – e bem hipócrita, aliás – entre os jovens senhores de ternos bem cortados e rostinho escanhoados.
Fora daí, o Brasil a esta zorra total.
Está claro que o governo de usurpação não tem base nem sequer nos seu berço.
É uma piada, uma chacota por isso mesmo é perigoso, porque a força é o substituto da legitimidade para os governos que não a têm.
Se o homem que indevidamente ocupa a presidência quisesse falar a todos, como é de seu dever, falaria e não haveria uma emissora a boicotar suas palavras.
Mas foi prestar vassalagem à TV Globo, mostrando quem manda no país.
Começou a morrer mal parido foi.
Desmilinguiu-se.
Temer é o cadáver mais rápido da história brasileira.
Mas que teimará em anda sobre a Terra alguns dias ou semanas a mais. E perigosíssimo, porque ou ataca ou morre.
O Brasil está sendo levado ao caos e um país deste tamanho e desta força não pode cair numa situação destas.
Não somos um Egito ou um Afeganistão.
Não é possível uma junta militar ou um governo títere aqui.
Mas também não é possível reerguer-nos com instituições comprometidas como as que temos.
Quem ainda confia no Congresso ou no Supremo?
Até a improvável volta de Dilma, a esta altura, não pode nem sequer ser descartada, embora improvável.
Temer, em 72 horas, tornou-se um molambo.
Até que se faça abolir tudo, quase até a Lei Áurea, o “mercado ” vai colocar a faca no pescoço deste governicho de ocasião e exigir “ação”, e Temer vai mandar Meirelles – ou outro, se este demorar – agir sem mordaça.
E está ficando claro que o Brasil vai reagir.
O buraco desta crise é mais embaixo, muito mais embaixo ainda.
O grave para Michel Temer é que não foi o povão.
Foi a classe média.
A mesma classe média que gritava “Fora Dilma”.
E que grita “Fora Temer”, agora.
E que provavelmente gritaria “fora, qualquer um”.
Não tem nem um mês – só amanhã – que o circo comandado por Eduardo Cunha, com a bênção do austero Ministro Teori Zavascki, que só depois considerou imoral sua permanência no posto, começava o inevitável afastamento de Dilma Rouseff.
As instituições esculhambaram o Brasil.
Estamos, virtualmente e há um ano e meio, sem governo.
Na falta de tribunais, temos panelas.
E uma classe média que viu, afinal, uma “panelinha” de políticos abocanhar o poder sem votos.
Este governo só tem acolhida – e bem hipócrita, aliás – entre os jovens senhores de ternos bem cortados e rostinho escanhoados.
Fora daí, o Brasil a esta zorra total.
Está claro que o governo de usurpação não tem base nem sequer nos seu berço.
É uma piada, uma chacota por isso mesmo é perigoso, porque a força é o substituto da legitimidade para os governos que não a têm.
Se o homem que indevidamente ocupa a presidência quisesse falar a todos, como é de seu dever, falaria e não haveria uma emissora a boicotar suas palavras.
Mas foi prestar vassalagem à TV Globo, mostrando quem manda no país.
Começou a morrer mal parido foi.
Desmilinguiu-se.
Temer é o cadáver mais rápido da história brasileira.
Mas que teimará em anda sobre a Terra alguns dias ou semanas a mais. E perigosíssimo, porque ou ataca ou morre.
O Brasil está sendo levado ao caos e um país deste tamanho e desta força não pode cair numa situação destas.
Não somos um Egito ou um Afeganistão.
Não é possível uma junta militar ou um governo títere aqui.
Mas também não é possível reerguer-nos com instituições comprometidas como as que temos.
Quem ainda confia no Congresso ou no Supremo?
Até a improvável volta de Dilma, a esta altura, não pode nem sequer ser descartada, embora improvável.
Temer, em 72 horas, tornou-se um molambo.
Até que se faça abolir tudo, quase até a Lei Áurea, o “mercado ” vai colocar a faca no pescoço deste governicho de ocasião e exigir “ação”, e Temer vai mandar Meirelles – ou outro, se este demorar – agir sem mordaça.
E está ficando claro que o Brasil vai reagir.
O buraco desta crise é mais embaixo, muito mais embaixo ainda.
1 comentários:
Gritaram tanto Fora Dilma, pra em seguida ecoar os mesmos e mais gritos de #ForaTemer.
Em apenas uma semana, voltamos a idade dos homens das cavernas. O que falta acontecer, com esse "governo" golpista? Se sairmos todos com vida, mesmo que paraplegicos, será uma. Vitoria!
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