Do blog Socialista Morena:
Nunca se confiou tão pouco na imprensa: o Brasil, a Índia e os Estados Unidos são os três países do mundo onde a confiança na mídia mais caiu, de acordo com o estudo global Edelman Trust Barometer 2018, divulgado no último dia 28 de março. Pela primeira vez, a mídia aparece como a instituição menos confiável em relação às outras (governo, empresas e ONGs) em 22 dos 28 países pesquisados. A explicação para a queda são as notícias “distorcidas” e as fake news.
A confiança na mídia nos três países caiu cinco pontos e chegou a 43%. A redução da confiança nas plataformas digitais (mecanismos de busca e redes sociais) está entre as responsáveis pelo cenário e entre os brasileiros também caiu cinco pontos, chegando a 64%. Entre os brasileiros, os números são vergonhosos para os donos de meios de comunicação: nada menos que 67% acreditam que os veículos apoiam uma ideologia em vez de informar. Ou seja, a ideia de que são “imparciais” já não engana quase ninguém.
Quase metade dos entrevistados afirmou não saber em quais empresas de mídia confiar. Para 74% dos brasileiros, jornais, rádios, emissoras de TV e internet estão mais preocupados em atrair uma grande audiência do que em noticiar. Outros 71% acreditam que os meios de comunicação sacrificam a exatidão para darem uma notícia em primeira mão. De forma preocupante, 58% dos brasileiros não sabem diferenciar uma notícia verdadeira de uma mentirosa; 68% não sabem em quais políticos confiar e 48% não sabem em quais companhias ou marcas confiar. E mais: 75% têm medo que as fake news sejam usadas como armas.
O engajamento no consumo de notícias de grandes veículos também foi avaliado. Segundo o documento, 39% estão desengajados e consomem notícias menos de uma vez por semana. Outros 23% consomem cerca de uma ou duas vezes por semana. Já 38% leem notícias uma ou mais vezes por semana e compartilham ou postam esses conteúdos várias vezes por mês.
Quando o assunto é o porta-voz mais confiável, houve um crescimento da fé em especialistas e um declínio na credibilidade entre pares (amigos e familiares) globalmente. No Brasil, a confiança em relação aos jornalistas aumentou 12 pontos e foi para 47%.
A credibilidade da pessoa comum despencou 8 pontos e foi para 70%. No entanto, na opinião dos entrevistados, continua sendo o porta-voz mais confiável. O que se pode concluir disso é que as pessoas priorizam ouvir, ler e compartilhar pontos de vistas semelhantes aos seus. Trocando em miúdos, confiam mais em suas “bolhas” do que em informações que venham de fora.
O Edelman Trust Barometer entrevistou mais de 33 mil pessoas de 28 países entre os dias 28 de outubro e 20 de novembro de 2017.
* Com informações do Portal Imprensa.
Nunca se confiou tão pouco na imprensa: o Brasil, a Índia e os Estados Unidos são os três países do mundo onde a confiança na mídia mais caiu, de acordo com o estudo global Edelman Trust Barometer 2018, divulgado no último dia 28 de março. Pela primeira vez, a mídia aparece como a instituição menos confiável em relação às outras (governo, empresas e ONGs) em 22 dos 28 países pesquisados. A explicação para a queda são as notícias “distorcidas” e as fake news.
A confiança na mídia nos três países caiu cinco pontos e chegou a 43%. A redução da confiança nas plataformas digitais (mecanismos de busca e redes sociais) está entre as responsáveis pelo cenário e entre os brasileiros também caiu cinco pontos, chegando a 64%. Entre os brasileiros, os números são vergonhosos para os donos de meios de comunicação: nada menos que 67% acreditam que os veículos apoiam uma ideologia em vez de informar. Ou seja, a ideia de que são “imparciais” já não engana quase ninguém.
Quase metade dos entrevistados afirmou não saber em quais empresas de mídia confiar. Para 74% dos brasileiros, jornais, rádios, emissoras de TV e internet estão mais preocupados em atrair uma grande audiência do que em noticiar. Outros 71% acreditam que os meios de comunicação sacrificam a exatidão para darem uma notícia em primeira mão. De forma preocupante, 58% dos brasileiros não sabem diferenciar uma notícia verdadeira de uma mentirosa; 68% não sabem em quais políticos confiar e 48% não sabem em quais companhias ou marcas confiar. E mais: 75% têm medo que as fake news sejam usadas como armas.
O engajamento no consumo de notícias de grandes veículos também foi avaliado. Segundo o documento, 39% estão desengajados e consomem notícias menos de uma vez por semana. Outros 23% consomem cerca de uma ou duas vezes por semana. Já 38% leem notícias uma ou mais vezes por semana e compartilham ou postam esses conteúdos várias vezes por mês.
Quando o assunto é o porta-voz mais confiável, houve um crescimento da fé em especialistas e um declínio na credibilidade entre pares (amigos e familiares) globalmente. No Brasil, a confiança em relação aos jornalistas aumentou 12 pontos e foi para 47%.
A credibilidade da pessoa comum despencou 8 pontos e foi para 70%. No entanto, na opinião dos entrevistados, continua sendo o porta-voz mais confiável. O que se pode concluir disso é que as pessoas priorizam ouvir, ler e compartilhar pontos de vistas semelhantes aos seus. Trocando em miúdos, confiam mais em suas “bolhas” do que em informações que venham de fora.
O Edelman Trust Barometer entrevistou mais de 33 mil pessoas de 28 países entre os dias 28 de outubro e 20 de novembro de 2017.
* Com informações do Portal Imprensa.
1 comentários:
A explicação para a queda são as notícias “distorcidas” e as fake new? É muito pior que isto, a mídia não informa mais sem doutrinar. A décadas atrás se dizia que isto era coisa de pais comunista agora é do capitalismo. Sabem que o controle da informação e a base da dominação. Só que o fazem a Aldous Huxley enquanto os países socialistas antigos o faziam georGe Wells
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