Por Altamiro Borges
Na quinta-feira (28), Augusto Aras, o bajulador-geral da República, anunciou a abertura de uma "apuração preliminar" sobre os crimes de Jair Bolsonaro descritos no relatório final da CPI do Genocídio. Tudo indica que a iniciativa é só para prestar contas ao Senado e iludir os mais ingênuos. Não é a primeira vez que o chefão da PGR encena apurações deste tipo, sempre inócuas.
Como informou o site Metrópoles, “a Procuradoria-Geral da República cumpriu o que prometeu aos senadores que compõem o G7 da CPI da Covid: usou de ‘agilidade’ para iniciar a apreciação do relatório que resultou dos trabalhos da comissão. Um dia após receber o documento, a PGR abriu apuração preliminar, por meio da chamada notícia de fato, para analisar as acusações feitas contra 13 pessoas com foro privilegiado, entre elas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)”.
Após seis meses de trabalho, a CPI aprovou – por sete votos a quatro – o pedido de indiciamento de 78 pessoas e duas empresas. O relatório final tem 1.289 páginas. O “capetão” é responsabilizado por ter cometido nove crimes. “Ao receber o documento, o procurador-geral, Augusto Aras, teria dito aos parlamentares que daria a ‘agilidade necessária à apreciação dos fatos que possam ser puníveis seja civil, penal ou administrativamente’”. Mas ninguém acreditou muito na conversa do bajulador de Jair Bolsonaro!
L'Express: "O procurador que protege Bolsonaro"
A fama de protetor do fascista nativo já chegou inclusive à mídia internacional. Nesta sexta-feira (29), a revista semanal francesa L'Express traçou um perfil de Augusto Aras como “o procurador que protege Jair Bolsonaro”. Conforme explicou, “ele é a única pessoa que pode incriminar Bolsonaro, mas paradoxalmente é seu principal escudo de defesa, mesmo tendo o dever de fiscalizar as ações do presidente”.
A L'Express relata como Augusto Aras assumiu a Procuradoria-Geral da República (PGR), registrando que o presidente desprezou a regra instituída pelo ex-presidente Lula desde 2003 – que permitia ao Ministério Público Federal apresentar uma lista tríplice com nomes indicados pelos pares. A revista também lembra que “a ambição política do procurador de 63 anos é ser nomeado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal”. Como se observa, a imagem de Augusto Aras no exterior não é da melhores!
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