Por Altamiro Borges
O jornal Folha de S.Paulo segue com as comemorações do seus 95 anos de existência. A edição deste domingo (28) circulou com 424 páginas - o que deve servir "para embrulhar peixes", como o próprio chefão Octávio Frias de Oliveira, falecido em 2007, gostava de se referir ao destino dos diários no dia seguinte ao da sua impressão. O único motivo de alegria é que "o produto que celebra os 95 anos da Folha bateu recorde de anunciantes", comemorou a ambiciosa famiglia Frias.
O jornal Folha de S.Paulo segue com as comemorações do seus 95 anos de existência. A edição deste domingo (28) circulou com 424 páginas - o que deve servir "para embrulhar peixes", como o próprio chefão Octávio Frias de Oliveira, falecido em 2007, gostava de se referir ao destino dos diários no dia seguinte ao da sua impressão. O único motivo de alegria é que "o produto que celebra os 95 anos da Folha bateu recorde de anunciantes", comemorou a ambiciosa famiglia Frias.
Para o diretor-executivo da Folha, Sérgio Dávila, o volume de páginas "mostra a força do projeto do jornal, que segue os princípios de pluralidade, apartidarismo e crítica". Haja arrogância e cinismo! Como dizia Honoré de Balzac, "quem se jacta muitos dos seus feitos é porque poucos feitos tem para se jactar". Mas nem tudo foi festa na Barão de Limeira. O patrocínio da Odebrecht ao seminário comemorativo do aniversário acabou gerando constrangimentos. Leitores e até a ombudsman do jornal questionaram o apoio financeiro da empreiteira denunciada na midiática Operação Lava-Jato.