Por Altamiro Borges
Numa sessão histórica do Senado Federal, o ex-demo Demóstenes Torres teve seu mandato cassado hoje por 56 votos a favor, 19 contra e cinco abstenções. O placar foi arrasador e enterra de vez o falso moralista e um dos políticos mais direitistas do período recente, que se projetou graças ao apoio da mídia "privada". É a segunda vez na história que o Senado cassa um mandato parlamentar - o primeiro punido foi outro famoso conservador, o senador Luiz Estevão, também muito chegado aos veículos de comunicação.
"O senhor feriu de morte a dignidade do mandato", disse o senador Pedro Taques (PDT-MT), que relatou o processo na Comissão de Constituição e Justiça. "Quem lhe condena é o seu passado", afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), que relatou o processo no Conselho de Ética. Demóstenes Torres, o assassino de reputações, o paladino da ética e o líder da oposição de direita, não teve como justificar as suas íntimas e milionárias ligações com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira.
Tendo enviado ao inferno o ex-demo, cabe agora à CPMI do Cachoeira aprofundar as investigações sobre as relações do ex-demo com outros setores empresariais e midiáticos. Demóstenes Torres só se projetou na política graças ao apoio da mídia demotucana. A revista Veja chegou a chamá-lo de "mosqueteiro da ética" e produziu várias capas a partir desta fonte criminosa. O que ela ganhou nesta relação promíscua? Quais foram seus objetivos comerciais e políticos? Demóstenes já vai tarde! Mas e os outros cupinchas?
2 comentários:
Gostaria de saber os nomes dos 19 safados e dos 5 covardes... apareçam, seus calhordas!
O Brasil precisa discutir sobre o papel e responsabilidade da Imprensa Brasileira. A revista Veja com sua insistência de atacar, ferir, destruir seus inimigos, tendo idéias fixas em erguer, limpar, proteger amigos e o mais grave, lutar pela manutenção da posição de “revista mais vendida”, a revista jogou no lixo a credibilidade da imprensa brasileira. A imprensa desceu ao mais baixo nível. Não falo de publicações mentirosas ou omissão de verdades apenas, digo das pessoas e grupos que a revista se envolveu para atingir os seus objetivos. Os mais vis dos homens e grupos. Açodados em desviar o que era de todos. Uma harpia que caça a presa insegura. O grupo que a Veja se juntou não tinha nenhuma percepção do que seja justo, valendo-se apenas da enganação, do governar pra si, do dividir para poucos o que era de todos, o que era da nação. Acobertada pela lei da liberdade de imprensa, a revista utiliza os textos dos seus colunistas com o propósito de agredir, difamar seus desafetos ou enaltecer seus compinchas, parceiros ou sócios. Mesmo agindo claramente no submundo, enojando a todos que buscam na imprensa refúgio para suas muitas dúvidas sobre diversos fatos do dia dia, outros organismos de comunicação e informação se omitem sobre a grave desfaçatez da Veja ou a protege endossando seus pensamentos nefastos. A imprensa brasileira está trilhando um caminho perigoso, o qual poderá chegar a manchar até mesmo a democracia do país. A imprensa e a democracia são muito próximas, chegando até a serem confundidas. Até onde, portanto seremos levados por uma imprensa que perdeu sua credibilidade. Não há mais no que acreditar nas páginas de jornal, revistas ou nos âncoras dos nossos telejornais ou radio jornais. O que estamos vivenciando na imprensa brasileira nos dias atuais faria corar o Machado de Assis. Tem muita gente que precisa repensar sobre sua influência na formação do pensamento, da nação e do mundo.
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