Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:
A edição desta terça-feira (4) do jornal Folha de S.Paulo traz um editorial em que o diário da grande burguesia paulistana mais uma vez demonstra seu indisfarçável engajamento na campanha presidencial venezuelana ao lado do candidato das forças reacionárias e imperialistas, Henrique Capriles Radonski.
Ninguém pode reprovar que o jornalão da familia Frias assuma seu campo político nas batalhas em curso na América Latina. A sua neutralidade sempre foi uma fachada e a Folha não falha quando trata de expresar nitidamente seu papel como propagandista do neoliberalismo e do conservadorismo.
É uma questão de ideologia e linha política, determinantes das posições que o jornal assume sobre as questões de fundo tanto no quadro nacional como no mundial. Para a luta de ideias isto não deixa de ser bom. Nada como fazer uma luta em campo aberto, com as posições claramente definidas, os contendores frente a frente atuando sem tergiversações.
Mas quando a posição do diário, além do reacionarismo, caracteriza-se também pela mentira, ofende não só os seus adversários mas os leitores em geral.
O editorial desta terça-feira incorre em semelhante prática, quando afirma que “Chávez ameaça”. Isto porque o presidente da República Bolivariana da Venezuela e candidato da pátria à reeleição, Hugo Chávez, alertou para a crise política, econômica e social no país caso o candidato apátrida, Henrique Capriles Radonski, vencesse as eleições de 7 de outubro próximo. Poderíamos acrescentar: a crise se estenderia a toda a região, pois uma vitória da direita na Venezuela abriria caminho a uma maior ingerência do imperialismo estadunidense sobre uma América Latina que tem infligido a essa potência contundentes derrotas políticas.
A Folha viu no alerta do líder bolivariano uma “ameaça mal dissimulada” à democracia e acusa o presidente de “demonizar a oposição”.
Contudo, o que fez o presidente venezuelano, em campanha pela reeleição, foi um apelo à luta, que tem todo o sentido e nada tem a ver com ameaças antidemocráticas.
Ele alertou para a essência entreguista e antipopular das propostas do candidato da direita e para seu comportamento hipócrita, pois em campanha, em público, diz uma coisa, enquanto mantém um programa secreto que fala de acabar com o "nacionalismo" petroleiro e desmontar o sistema de subsídios estatais à construção de habitações e ao incremento dos serviços básicos.
O presidente tem alertado também que o pacote do candidato da oposição seria um conjunto de medidas econômicas pior que a chamada grande viragem de Carlos Andrés Pérez e que gerou grande descontentamento social no país. Um pacote, na opínião do mandatário, que se inscreve no neoliberalismo mais selvagem e tangencia o fascismo, pois só se pode impor através de governos tirânicos altamente repressivos.
A campanha de Chávez tem ainda desmascarado o adversario Henrique Capriles Radonski, como portador de um discurso semelhante ao que fazia Manuel Rosales, o ex-candidato que foi derrotado nas eleições de seis anos atrás e hoje é um fugitivo da justiça.
Em contraposição com tais programas, pacotes e discursos, Chávez apresenta o seu programa patriótico e socialista, para assegurar a soberania nacional, a integração latino-americana, o desenvolvimento nacional e o progresso social.
Quanto às ameaças antidemocráticas, estas provêm do candidato apoiado pela Folha e de toda a sua entourage nacional e internacional, ao atacar o Conselho Nacional Eleitoral, titular legítimo e constitucional do Poder Eleitoral, e fabricar pretextos para não reconhecer os resultados do pleito de 7 de outubro.
Como se vê, a pouco mais de um mês da eleição presidencial na Venezuela, o país e toda a América Latina se encontram em face de uma disjuntiva – a manutenção do rumo progressista aberto pela Revolução Bolivariana ou o retrocesso para o entreguismo e o conservadorismo.
Uma nota final sobre o editorial da Folha. O texto termina fazendo um apelo ao Brasil e demais membros do Mercosul a refutarem “qualquer desvio da normalidade democrática” na Venezuela. A preocupação é vã. Todo o processo eleitoral venezuelano é conduzido por um Poder Eleitoral constitucionalmente independente. O país tem um sólido sistema democrático cada vez mais baseado em mecanismos de participação da população e de exercício do poder popular.
A edição desta terça-feira (4) do jornal Folha de S.Paulo traz um editorial em que o diário da grande burguesia paulistana mais uma vez demonstra seu indisfarçável engajamento na campanha presidencial venezuelana ao lado do candidato das forças reacionárias e imperialistas, Henrique Capriles Radonski.
Ninguém pode reprovar que o jornalão da familia Frias assuma seu campo político nas batalhas em curso na América Latina. A sua neutralidade sempre foi uma fachada e a Folha não falha quando trata de expresar nitidamente seu papel como propagandista do neoliberalismo e do conservadorismo.
É uma questão de ideologia e linha política, determinantes das posições que o jornal assume sobre as questões de fundo tanto no quadro nacional como no mundial. Para a luta de ideias isto não deixa de ser bom. Nada como fazer uma luta em campo aberto, com as posições claramente definidas, os contendores frente a frente atuando sem tergiversações.
Mas quando a posição do diário, além do reacionarismo, caracteriza-se também pela mentira, ofende não só os seus adversários mas os leitores em geral.
O editorial desta terça-feira incorre em semelhante prática, quando afirma que “Chávez ameaça”. Isto porque o presidente da República Bolivariana da Venezuela e candidato da pátria à reeleição, Hugo Chávez, alertou para a crise política, econômica e social no país caso o candidato apátrida, Henrique Capriles Radonski, vencesse as eleições de 7 de outubro próximo. Poderíamos acrescentar: a crise se estenderia a toda a região, pois uma vitória da direita na Venezuela abriria caminho a uma maior ingerência do imperialismo estadunidense sobre uma América Latina que tem infligido a essa potência contundentes derrotas políticas.
A Folha viu no alerta do líder bolivariano uma “ameaça mal dissimulada” à democracia e acusa o presidente de “demonizar a oposição”.
Contudo, o que fez o presidente venezuelano, em campanha pela reeleição, foi um apelo à luta, que tem todo o sentido e nada tem a ver com ameaças antidemocráticas.
Ele alertou para a essência entreguista e antipopular das propostas do candidato da direita e para seu comportamento hipócrita, pois em campanha, em público, diz uma coisa, enquanto mantém um programa secreto que fala de acabar com o "nacionalismo" petroleiro e desmontar o sistema de subsídios estatais à construção de habitações e ao incremento dos serviços básicos.
O presidente tem alertado também que o pacote do candidato da oposição seria um conjunto de medidas econômicas pior que a chamada grande viragem de Carlos Andrés Pérez e que gerou grande descontentamento social no país. Um pacote, na opínião do mandatário, que se inscreve no neoliberalismo mais selvagem e tangencia o fascismo, pois só se pode impor através de governos tirânicos altamente repressivos.
A campanha de Chávez tem ainda desmascarado o adversario Henrique Capriles Radonski, como portador de um discurso semelhante ao que fazia Manuel Rosales, o ex-candidato que foi derrotado nas eleições de seis anos atrás e hoje é um fugitivo da justiça.
Em contraposição com tais programas, pacotes e discursos, Chávez apresenta o seu programa patriótico e socialista, para assegurar a soberania nacional, a integração latino-americana, o desenvolvimento nacional e o progresso social.
Quanto às ameaças antidemocráticas, estas provêm do candidato apoiado pela Folha e de toda a sua entourage nacional e internacional, ao atacar o Conselho Nacional Eleitoral, titular legítimo e constitucional do Poder Eleitoral, e fabricar pretextos para não reconhecer os resultados do pleito de 7 de outubro.
Como se vê, a pouco mais de um mês da eleição presidencial na Venezuela, o país e toda a América Latina se encontram em face de uma disjuntiva – a manutenção do rumo progressista aberto pela Revolução Bolivariana ou o retrocesso para o entreguismo e o conservadorismo.
Uma nota final sobre o editorial da Folha. O texto termina fazendo um apelo ao Brasil e demais membros do Mercosul a refutarem “qualquer desvio da normalidade democrática” na Venezuela. A preocupação é vã. Todo o processo eleitoral venezuelano é conduzido por um Poder Eleitoral constitucionalmente independente. O país tem um sólido sistema democrático cada vez mais baseado em mecanismos de participação da população e de exercício do poder popular.
1 comentários:
se a folha é a favor, eu sou contra.
Postar um comentário