Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:
Há anos a oposição a Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo critica a mão de ferro do tucano em relação à Assembleia Legislativa do Estado. Com ampla maioria na Casa, o governador não teve, durante o primeiro mandato, dificuldades para aprovar projetos e, de quebra, também evitou a criação de qualquer CPI que pudesse colocar sua gestão em xeque.
Na Assembleia, o governador só perdeu o controle parcialmente uma única vez, quando saiu do papel a CPI dos Pedágios, este ano. Contornou a situação emplacando um exército de aliados para comandar os trabalhos.
Em plena campanha de reeleição, a equipe de Alckmin deve se preocupar mais com a instalação da CPI do Metrô no Congresso, e a CPI da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado) na Câmara Municipal, lugares onde o tucano não possui tanto favoritismo assim e só pode exercer influência indireta.
A investigação sobre formação de cartel, fraude em licitações e pagamento de propina para favorecer empresas que atuaram em obras do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) deu os primeiros passos essa semana. O senador Eduardo Suplicy (PT), membro mais velho da CPI, marcou para 2 de setembro a escolha do presidente e relator para que o núcleo possa, de fato, iniciar os trabalhos.
A preocupação do governo Alckmin com essa CPI foi alvo de uma coluna da Folha de S. Paulo. Em 5 de junho, o jornal publicou que um subsecretário de Comunicação e um representante da Corregedoria do Estado foram enviados a Brasília para traçar as estratégias que o PSDB deve adotar na CPI. A ordem é reduzir os impactos na campanha de Alckmin. As denúncias do caso Alstom/Siemens, como também é chamado o cartel dos trens paulistas, atravessam as gestões de Mário Covas, José Serra e do atual governador.
Já no caso da CPI da Sabesp, na Câmara Municipal, onde o prefeito Fernando Haddad (PT) tem apoio da maioria, os partidos têm 7 dias, a partir do dia 6 de agosto, para indicar um vereador para compôr o núcleo.
Seguindo tradição da Casa, a presidência fica a cargo de Laércio Benko, do PHS, por ser o autor do pedido de CPI. PT, PSDB, PSD, bloco PR/DEM, PV, PTB, PMDB e Pros também participam com um vereador cada. No caso de alguma legenda obstruir essa etapa, o presidente da Câmara de São Paulo, José Américo, outro petista, fará as nomeações necessárias.
Enquanto as CPIs tomam forma, os adversários de Alckmin exploram os assuntos em suas campanhas. A falta de água na Região Metropolitana de São Paulo resultar numa CPI em São Paulo rende munição extra aos candidatos Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB).
Resta saber qual será o impacto das CPIs nas urnas. Por enquanto, Alckmin lidera isolado as pesquisas de intenção de voto, com indicações de que será reeleito no primeiro turno.
Há anos a oposição a Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo critica a mão de ferro do tucano em relação à Assembleia Legislativa do Estado. Com ampla maioria na Casa, o governador não teve, durante o primeiro mandato, dificuldades para aprovar projetos e, de quebra, também evitou a criação de qualquer CPI que pudesse colocar sua gestão em xeque.
Na Assembleia, o governador só perdeu o controle parcialmente uma única vez, quando saiu do papel a CPI dos Pedágios, este ano. Contornou a situação emplacando um exército de aliados para comandar os trabalhos.
Em plena campanha de reeleição, a equipe de Alckmin deve se preocupar mais com a instalação da CPI do Metrô no Congresso, e a CPI da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado) na Câmara Municipal, lugares onde o tucano não possui tanto favoritismo assim e só pode exercer influência indireta.
A investigação sobre formação de cartel, fraude em licitações e pagamento de propina para favorecer empresas que atuaram em obras do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) deu os primeiros passos essa semana. O senador Eduardo Suplicy (PT), membro mais velho da CPI, marcou para 2 de setembro a escolha do presidente e relator para que o núcleo possa, de fato, iniciar os trabalhos.
A preocupação do governo Alckmin com essa CPI foi alvo de uma coluna da Folha de S. Paulo. Em 5 de junho, o jornal publicou que um subsecretário de Comunicação e um representante da Corregedoria do Estado foram enviados a Brasília para traçar as estratégias que o PSDB deve adotar na CPI. A ordem é reduzir os impactos na campanha de Alckmin. As denúncias do caso Alstom/Siemens, como também é chamado o cartel dos trens paulistas, atravessam as gestões de Mário Covas, José Serra e do atual governador.
Já no caso da CPI da Sabesp, na Câmara Municipal, onde o prefeito Fernando Haddad (PT) tem apoio da maioria, os partidos têm 7 dias, a partir do dia 6 de agosto, para indicar um vereador para compôr o núcleo.
Seguindo tradição da Casa, a presidência fica a cargo de Laércio Benko, do PHS, por ser o autor do pedido de CPI. PT, PSDB, PSD, bloco PR/DEM, PV, PTB, PMDB e Pros também participam com um vereador cada. No caso de alguma legenda obstruir essa etapa, o presidente da Câmara de São Paulo, José Américo, outro petista, fará as nomeações necessárias.
Enquanto as CPIs tomam forma, os adversários de Alckmin exploram os assuntos em suas campanhas. A falta de água na Região Metropolitana de São Paulo resultar numa CPI em São Paulo rende munição extra aos candidatos Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB).
Resta saber qual será o impacto das CPIs nas urnas. Por enquanto, Alckmin lidera isolado as pesquisas de intenção de voto, com indicações de que será reeleito no primeiro turno.
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