Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Convido o caríssimo leitor e a querida leitora a um raciocínio simples, bem simples.
A Folha traz agora como manchete que Eduardo Cunha, em troca da agilização feita por seu agente Fábio Cleto na liberação de recursos do FGTS, “recebeu R$ 42 milhões de propina da obra do chamado Porto Maravilha, maior intervenção de reurbanização do Rio de Janeiro por causa dos Jogos Olímpicos, que foi tocada pelo consórcio formado por Carioca Engenharia, Odebrecht e OAS.”
Uma obra só e obra “pinto” perto das grandes obras de infraestrutura do país, R$ 42 milhões.
Faz sentido achar que um ex-presidente da República pela suspeita de que tenha sido favorecido – afinal, ele já tinha uma cota do condomínio, comprada de forma comprovadamente regular – com o rebaixamento de preço de um apartamento mixuruca (mixuruca mesmo, porque a área total de 270 m² se fosse em um piso só valeria muito mais, sobretudo para gente de alguma idade) que pode valer, sei lá, algo pouco mais de R$ 2 milhões?
Afinal, não é o que se tem contra Lula, em tese, além do “puxadinho” no sítio que é obra, gastando muito, para 500 mil reais?
Um dos problemas da crise de histeria em que se lançou a imprensa brasileira é a leviandade com que as coisas são ditas.
Ontem, a mesma Folha publicou que a Procuradoria Geral da República estava cobrando R$ 300 milhões de ressarcimentos a Eduardo Cunha.
Não duvido que ele tenha desviado isso ou até mais.
Mas, mesmo admitindo que metade deste valor seja de multas, restam ainda R$ 150 milhões. Quase 50 milhões de dólares, dos quais de apenas 10% deu-se conta. Ou deu-se contas, as suíças.
Ora, é preciso mostrar onde este dinheiro entrou e para onde foi.
Certamente Cunha não os embolsou sozinho, por mais Louis Vuitton e Prada que a madame Cunha tenha comprado.
Boa parte dele foi, ao que tudo indica, irrigar os bolsos e as campanhas do incrível exército que formou na Câmara.
Não se pode chamar de “exemplar” um trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público que se esmera em achar nota fiscal de pedalinho e trata desta montanha de dinheiro como algo teórico.
O nome disso, se não é leniência ou incompetência, é politicagem.
Convido o caríssimo leitor e a querida leitora a um raciocínio simples, bem simples.
A Folha traz agora como manchete que Eduardo Cunha, em troca da agilização feita por seu agente Fábio Cleto na liberação de recursos do FGTS, “recebeu R$ 42 milhões de propina da obra do chamado Porto Maravilha, maior intervenção de reurbanização do Rio de Janeiro por causa dos Jogos Olímpicos, que foi tocada pelo consórcio formado por Carioca Engenharia, Odebrecht e OAS.”
Uma obra só e obra “pinto” perto das grandes obras de infraestrutura do país, R$ 42 milhões.
Faz sentido achar que um ex-presidente da República pela suspeita de que tenha sido favorecido – afinal, ele já tinha uma cota do condomínio, comprada de forma comprovadamente regular – com o rebaixamento de preço de um apartamento mixuruca (mixuruca mesmo, porque a área total de 270 m² se fosse em um piso só valeria muito mais, sobretudo para gente de alguma idade) que pode valer, sei lá, algo pouco mais de R$ 2 milhões?
Afinal, não é o que se tem contra Lula, em tese, além do “puxadinho” no sítio que é obra, gastando muito, para 500 mil reais?
Um dos problemas da crise de histeria em que se lançou a imprensa brasileira é a leviandade com que as coisas são ditas.
Ontem, a mesma Folha publicou que a Procuradoria Geral da República estava cobrando R$ 300 milhões de ressarcimentos a Eduardo Cunha.
Não duvido que ele tenha desviado isso ou até mais.
Mas, mesmo admitindo que metade deste valor seja de multas, restam ainda R$ 150 milhões. Quase 50 milhões de dólares, dos quais de apenas 10% deu-se conta. Ou deu-se contas, as suíças.
Ora, é preciso mostrar onde este dinheiro entrou e para onde foi.
Certamente Cunha não os embolsou sozinho, por mais Louis Vuitton e Prada que a madame Cunha tenha comprado.
Boa parte dele foi, ao que tudo indica, irrigar os bolsos e as campanhas do incrível exército que formou na Câmara.
Não se pode chamar de “exemplar” um trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público que se esmera em achar nota fiscal de pedalinho e trata desta montanha de dinheiro como algo teórico.
O nome disso, se não é leniência ou incompetência, é politicagem.
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