Charge: Alfredo Martirena/Rebelión |
O presidente Donald Trump deu marcha a ré em tudo o que vinha sendo feito pelo seu antecessor, Barack Obama, nas relações dos Estados Unidos com Cuba. Já era pouco, embora com clareza, num bom caminho.
Era um processo em marcha lenta, mas é inegável que bons avanços haviam sido realizados pra encurtar as distâncias diplomáticas entre os dois países, que geograficamente estão praticamente colados.
A posição de Trump sobre o assunto já era por demais conhecida, mas ele deixou pra fazer o anúncio oficial no reduto anticubano de Maiami, um foco de contrarrevolucionários fugidos da Ilha desde a época da gloriosa tomada do poder pelo povo, em 1959.
Os ancestrais desse público eram gente da pior espécie, muitos dos quais mafiosos, contraventores de todo tipo. Faziam dos centros urbanos e praias remotas cubanas, até a década de 1950, verdadeiros antros de tráfico de drogas, prostituição, jogatina e paraíso fiscal. Um amplo bordel.
Amizade
Como se sabe, em dezembro de 2014, Obama e o presidente cubano, Raul Castro, assinaram acordo em que restabelecem as relações diplomáticas entre os dois países. O fato histórico ganhou ainda maior realce pela intermediação do Papa Francisco.
No ano seguinte, Castro e Obama puseram em prática algumas ações. A principal delas foi a de criação de embaixadas e troca de embaixadores entre os dois países. E, em 2016, Obama fez visita de três dias a Cuba, demonstrando de uma vez por todas a intensão de reafirmar uma política de amizade.
No entanto, parte do antigo boicote econômico dos EUA prosseguiu em vigência, pois é assunto que depende de decisão do Legislativo e Obama não contava com maioria no Congresso. Diz respeito às liberdades de ir e vir, de gastar e investir, limitando as a transações econômicas.
Quanto ao turismo, porém, que é importante pra Cuba, as restrições existentes há muitos anos não faziam mais sentido. Grande parte dos turistas que visitam a Ilha permanentemente é de estadunidenses, que justificam suas viagens às autoridades de seu país dizendo que estão indo ao Panamá.
Direita, volver!
Em seu recente pronunciamento em Miami, no entanto, Trump voltou atrás em tudo. Anunciou, inclusive, que iria chamar de volta o embaixador de seu país e fechar a embaixada em Havana, símbolos maiores na linguagem diplomática.
Com a maior desfaçatez, ou cara de pau, ele disse que pode repensar o caso, desde que Cuba “promova eleições democráticas” e “liberte seus presos políticos”. As eleições de que ele fala devem ser iguais às que o puseram no poder, no tapetão, quando deu um tombo em Hillary Clinton.
Ademais, de fato, em território cubano ainda há presos políticos enjaulados sem julgamento. Só que estão na base dos EUA em Guantânamo, onde quase duas centenas de negros, muçulmanos e outros desgraçados amargam maus-tratos e humilhações, sem a menor chance de defesa. Isso, apesar de um outro tanto ter sido libertado no tempo de Obama.
Era um processo em marcha lenta, mas é inegável que bons avanços haviam sido realizados pra encurtar as distâncias diplomáticas entre os dois países, que geograficamente estão praticamente colados.
A posição de Trump sobre o assunto já era por demais conhecida, mas ele deixou pra fazer o anúncio oficial no reduto anticubano de Maiami, um foco de contrarrevolucionários fugidos da Ilha desde a época da gloriosa tomada do poder pelo povo, em 1959.
Os ancestrais desse público eram gente da pior espécie, muitos dos quais mafiosos, contraventores de todo tipo. Faziam dos centros urbanos e praias remotas cubanas, até a década de 1950, verdadeiros antros de tráfico de drogas, prostituição, jogatina e paraíso fiscal. Um amplo bordel.
Amizade
Como se sabe, em dezembro de 2014, Obama e o presidente cubano, Raul Castro, assinaram acordo em que restabelecem as relações diplomáticas entre os dois países. O fato histórico ganhou ainda maior realce pela intermediação do Papa Francisco.
No ano seguinte, Castro e Obama puseram em prática algumas ações. A principal delas foi a de criação de embaixadas e troca de embaixadores entre os dois países. E, em 2016, Obama fez visita de três dias a Cuba, demonstrando de uma vez por todas a intensão de reafirmar uma política de amizade.
No entanto, parte do antigo boicote econômico dos EUA prosseguiu em vigência, pois é assunto que depende de decisão do Legislativo e Obama não contava com maioria no Congresso. Diz respeito às liberdades de ir e vir, de gastar e investir, limitando as a transações econômicas.
Quanto ao turismo, porém, que é importante pra Cuba, as restrições existentes há muitos anos não faziam mais sentido. Grande parte dos turistas que visitam a Ilha permanentemente é de estadunidenses, que justificam suas viagens às autoridades de seu país dizendo que estão indo ao Panamá.
Direita, volver!
Em seu recente pronunciamento em Miami, no entanto, Trump voltou atrás em tudo. Anunciou, inclusive, que iria chamar de volta o embaixador de seu país e fechar a embaixada em Havana, símbolos maiores na linguagem diplomática.
Com a maior desfaçatez, ou cara de pau, ele disse que pode repensar o caso, desde que Cuba “promova eleições democráticas” e “liberte seus presos políticos”. As eleições de que ele fala devem ser iguais às que o puseram no poder, no tapetão, quando deu um tombo em Hillary Clinton.
Ademais, de fato, em território cubano ainda há presos políticos enjaulados sem julgamento. Só que estão na base dos EUA em Guantânamo, onde quase duas centenas de negros, muçulmanos e outros desgraçados amargam maus-tratos e humilhações, sem a menor chance de defesa. Isso, apesar de um outro tanto ter sido libertado no tempo de Obama.
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