Editorial do site Vermelho:
Quem assistiu, na noite desta segunda-feira (25), ao Roda Viva (TV Cultura) que sabatinou a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, pôde ver um lamentável exemplo de mau jornalismo, com manifestações explícitas de um anticomunismo rasteiro e antiquado, e de uma renitente cultura machista reveladora de enorme atraso civilizatório, que deu para a entrevistada a chance de contestá-lo de forma brilhante, educada e fulminante.
As manifestações iníquas da chamada cultura machista variam num extenso leque de restrições, todas igualmente graves. O sentido é o de reduzir a metade maior da humanidade, formada pelas mulheres, a posições subalternas e de verdadeira menoridade civil, submetidas à metade menor, formada pelos homens. Trata-se de uma crença anacrônica de que a eles devam servir e obedecer.
A chamada cultura machista se manifesta de maneira cruelmente múltipla, que inclui o assassinato puro e simples de mulheres. O Brasil é um dos campeões – um levantamento da OMS (Organização Mundial de Saúde, da ONU) recente o coloca em 5º lugar entre os países que mais cometem feminicídio no mundo, à frente inclusive do México, que ostenta uma 6ª posição nessa lista inglória e convive com a extrema violência da máfia do narcotráfico.
No Brasil, entre 1980 e 2013, foram mortas 106.093 mulheres, um elevado imposto de sangue cobrado pela chamada cultura machista para subordinar as mulheres e mantê-las submissas e obedientes.
É o extremo mortífero do mesmo leque de ações malfazejas que as mantêm em situação de menoridade civil num país como a Arábia Saudita, onde até este domingo (24) eram proibidas inclusive de serem motoristas.
A diferença entre a violência machista em países tão diversos é apenas de grau. Há barbárie semelhante entre matar mulheres insubmissas ou impor proibições de todo tipo que impeçam seu pleno florescimento como pessoas.
A luta contra a opressão da mulher já foi definida como a “luta mais longa” – é a resistência a uma opressão cuja antiguidade pode ser medida em alguns milênios. E que continua sendo um forte obstáculo civilizatório mesmo no início do terceiro milênio. “O grau de civilização de uma sociedade se mede pelo grau de liberdade da mulher”, escreveu Charles Fourier que, na primeira metade do século 19, indicou a grande tarefa civilizatória que, atualmente, continua em pauta. É preciso agir contra a chamada cultura do machismo, e derrotá-la. Em benefício da democracia e da humanidade.
Quem assistiu, na noite desta segunda-feira (25), ao Roda Viva (TV Cultura) que sabatinou a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, pôde ver um lamentável exemplo de mau jornalismo, com manifestações explícitas de um anticomunismo rasteiro e antiquado, e de uma renitente cultura machista reveladora de enorme atraso civilizatório, que deu para a entrevistada a chance de contestá-lo de forma brilhante, educada e fulminante.
As manifestações iníquas da chamada cultura machista variam num extenso leque de restrições, todas igualmente graves. O sentido é o de reduzir a metade maior da humanidade, formada pelas mulheres, a posições subalternas e de verdadeira menoridade civil, submetidas à metade menor, formada pelos homens. Trata-se de uma crença anacrônica de que a eles devam servir e obedecer.
A chamada cultura machista se manifesta de maneira cruelmente múltipla, que inclui o assassinato puro e simples de mulheres. O Brasil é um dos campeões – um levantamento da OMS (Organização Mundial de Saúde, da ONU) recente o coloca em 5º lugar entre os países que mais cometem feminicídio no mundo, à frente inclusive do México, que ostenta uma 6ª posição nessa lista inglória e convive com a extrema violência da máfia do narcotráfico.
No Brasil, entre 1980 e 2013, foram mortas 106.093 mulheres, um elevado imposto de sangue cobrado pela chamada cultura machista para subordinar as mulheres e mantê-las submissas e obedientes.
É o extremo mortífero do mesmo leque de ações malfazejas que as mantêm em situação de menoridade civil num país como a Arábia Saudita, onde até este domingo (24) eram proibidas inclusive de serem motoristas.
A diferença entre a violência machista em países tão diversos é apenas de grau. Há barbárie semelhante entre matar mulheres insubmissas ou impor proibições de todo tipo que impeçam seu pleno florescimento como pessoas.
A luta contra a opressão da mulher já foi definida como a “luta mais longa” – é a resistência a uma opressão cuja antiguidade pode ser medida em alguns milênios. E que continua sendo um forte obstáculo civilizatório mesmo no início do terceiro milênio. “O grau de civilização de uma sociedade se mede pelo grau de liberdade da mulher”, escreveu Charles Fourier que, na primeira metade do século 19, indicou a grande tarefa civilizatória que, atualmente, continua em pauta. É preciso agir contra a chamada cultura do machismo, e derrotá-la. Em benefício da democracia e da humanidade.
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