Por Altamiro Borges
No sábado passado (11), o ministro Gilmar Mendes pôs o dedo na ferida ao criticar, em uma live, a ocupação militar do Ministério da Saúde em plena pandemia do coronavírus. "Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio".
De imediato, os generais rancorosos reagiram. Em nota, o Ministério da Defesa repudiou “veementemente” a crítica do ministro do STF: "Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e, sobretudo, leviana... Na atual pandemia, as Forças Armadas estão completamente empenhadas em preservar vidas".
A resposta “veemente”, porém, mostra que os generais estão mesmo com medo da deterioração da imagem da instituição. Os milicos hoje ocupam vários cargos no laranjal de Bolsonaro. Estão totalmente "associados" ao presidente genocida. Para piorar, um general da ativa ocupa interinamente o Ministério da Saúde.
Milicos extrapolam missão institucional
Diante da reação colérica dos generais, o ministro Gilmar Mendes até publicou uma nota afirmando que não pretendeu ofender a honra das Forças Armadas. Mas, manhoso, ele propôs uma "interpretação cautelosa" do momento atual, em que milicos são nomeados em lugar de técnicos da saúde pelo laranjal de Bolsonaro.
Após citar o aumento do número de casos e mortes pela Covid, o magistrado do STF diz que "substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas". Gilmar Mendes cutucou a ferida e doeu muito!
Até segunda-feira (13), o Brasil registrava 1,8 milhão de casos confirmados da doença e 73 mil mortos. O país já é considerado o epicentro da pandemia no mundo, sendo alvo de crítica em todos os fóruns internacionais. Após dois ministros defenestrados, o general Eduardo Pazuello está no cargo há mais de dois meses.
Imagem da instituição está afundando
Como registra a jornalista Helena Chagas, em matéria postada no site Brasil-247, o ministro Gilmar Mendes "não pediu desculpas por ter dito que os militares vão se associar ao genocídio... Apenas esclareceu não ter atingido a honra das Forças Armadas... E pronto. Mais não deverá fazer"
Já os "ultra-suscetíveis militares", prossegue, "vão ter que engolir a sua mágoa e, possivelmente, guardar na gaveta a representação que queriam fazer contra o ministro do STF na Procuradoria-Geral da República”. Na prática, os generais sabem que a imagem da instituição está afundando com a presença no laranjal.
"Em alguns dias, poderão até convencer o presidente da República a substituir o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, ou convencer Pazuello a ir para a reserva – e assim tirar essa pedra do sapato. Essa é, na verdade, a razão pela irritação do ministro da Defesa: Gilmar Mendes botou o dedo numa ferida ao tratar do desgaste da imagem dos militares no governo, pois esse é o temor mais profundo de boa parte dos oficiais da ativa", conclui Helena Chagas.
No sábado passado (11), o ministro Gilmar Mendes pôs o dedo na ferida ao criticar, em uma live, a ocupação militar do Ministério da Saúde em plena pandemia do coronavírus. "Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio".
De imediato, os generais rancorosos reagiram. Em nota, o Ministério da Defesa repudiou “veementemente” a crítica do ministro do STF: "Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e, sobretudo, leviana... Na atual pandemia, as Forças Armadas estão completamente empenhadas em preservar vidas".
A resposta “veemente”, porém, mostra que os generais estão mesmo com medo da deterioração da imagem da instituição. Os milicos hoje ocupam vários cargos no laranjal de Bolsonaro. Estão totalmente "associados" ao presidente genocida. Para piorar, um general da ativa ocupa interinamente o Ministério da Saúde.
Milicos extrapolam missão institucional
Diante da reação colérica dos generais, o ministro Gilmar Mendes até publicou uma nota afirmando que não pretendeu ofender a honra das Forças Armadas. Mas, manhoso, ele propôs uma "interpretação cautelosa" do momento atual, em que milicos são nomeados em lugar de técnicos da saúde pelo laranjal de Bolsonaro.
Após citar o aumento do número de casos e mortes pela Covid, o magistrado do STF diz que "substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas". Gilmar Mendes cutucou a ferida e doeu muito!
Até segunda-feira (13), o Brasil registrava 1,8 milhão de casos confirmados da doença e 73 mil mortos. O país já é considerado o epicentro da pandemia no mundo, sendo alvo de crítica em todos os fóruns internacionais. Após dois ministros defenestrados, o general Eduardo Pazuello está no cargo há mais de dois meses.
Imagem da instituição está afundando
Como registra a jornalista Helena Chagas, em matéria postada no site Brasil-247, o ministro Gilmar Mendes "não pediu desculpas por ter dito que os militares vão se associar ao genocídio... Apenas esclareceu não ter atingido a honra das Forças Armadas... E pronto. Mais não deverá fazer"
Já os "ultra-suscetíveis militares", prossegue, "vão ter que engolir a sua mágoa e, possivelmente, guardar na gaveta a representação que queriam fazer contra o ministro do STF na Procuradoria-Geral da República”. Na prática, os generais sabem que a imagem da instituição está afundando com a presença no laranjal.
"Em alguns dias, poderão até convencer o presidente da República a substituir o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, ou convencer Pazuello a ir para a reserva – e assim tirar essa pedra do sapato. Essa é, na verdade, a razão pela irritação do ministro da Defesa: Gilmar Mendes botou o dedo numa ferida ao tratar do desgaste da imagem dos militares no governo, pois esse é o temor mais profundo de boa parte dos oficiais da ativa", conclui Helena Chagas.
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