Por Altamiro Borges
Na sexta-feira passada (10), a ainda novata CNN-Brasil – que tenta convencer os telespectadores de que não é uma emissora bolsonarista, chapa-branca – demitiu o jornalista Leandro Narloch, que é conhecido por suas posições reacionárias e pelos artigos postados na revista lavajatista Crusoé.
Segundo noticiou o UOL, “os comentários associando a população homossexual à promiscuidade resultaram em sua demissão... O contrato foi rescindido unilateralmente. A partir de agora, ele está fora de todos os telejornais da emissora. Ainda não há definição sobre substituto para o posto”.
Entre outros preconceitos, ele “restringiu a contaminação por HIV à população homossexual". A reação nas redes sociais foi imediata. “A CNN achou que seria uma boa ideia colocar o Leandro para comentar a liberação de gays para doar sangue pelo STF. Aí ele falou bobagem”, criticou um internauta.
O vitimismo do demitido
Segundo o UOL, “o comentário foi mal avaliado pela direção da CNN, que considerou ter havido homofobia”. A abrupta dispensa indignou o jornalista, que lamentou nas redes: “Não sou nem fui homofóbico”. Contrário ao que ele chama de “vitimismo das minorias”, Leandro Narloch posou de vítima, dizendo-se perseguindo.
Famoso inimigo do “politicamente correto”, ele também criticou o que rotulou de “jornalismo de lição de moral”. Sobrou até para o âncora da TV Globo. “O William Bonner é meio assim... Se eu quiser me tornar uma pessoa melhor eu vou para a igreja, eu vou fazer terapia”. Ele ainda choramingou:
"Me preocupa o clima da sociedade hoje, em que é impossível discordar até mesmo de termos sem causar histeria, sem que o outro lado seja considerado um monstro que precisa ser banido”. Mas ele não ficou só. Recebeu de imediato o apoio de Jair Bolsonaro, que acusou a mídia e a “esquerda radical” de perseguição.
Preconceito em tempos de bolsonarismo
“Sobre o elogio [do capetão], o jornalista disse ter gostado da mensagem, porém pontuou que sempre fez críticas ao presidente. ‘Na CNN eu critiquei muito mais ele do que apoiei... Existe sim essa homogeneidade de esquerda em todas as redações que trabalhei’, afirmou” – segundo outra notinha do site UOL.
A atitude agressiva de Leandro Narloch não é um ato isolado nesses tempos de bolsonarismo, como pontua Tony Goes na Folha. Ele observa que “nas emissoras pró-Bolsonaro, a homofobia está liberada. Preconceito e desinformação têm dado as caras na RedeTV! e na CNN Brasil” – e também no SBT e na Record.
Ele cita como exemplos o escroto Sikêra Junior, do programa "Alerta Nacional", e o demitido Leandro Narloch. “Existe algo em comum entre essas emissoras: são todas simpáticas ao governo Bolsonaro. Esse apoio é explícito e entusiasmado na RedeTV, no SBT e na Record, em que não são raros episódios preconceituosos”.
Ainda segundo o articulista, “a chegada do bolsonarismo ao poder envenenou ainda mais o debate público, que já vinha polarizado há tempos. Parece que franqueou atitudes antes tidas como execráveis. Racismo, machismo, homofobia e apologia à violência passaram a ser defendidos como meras questões de opinião”.
Na sexta-feira passada (10), a ainda novata CNN-Brasil – que tenta convencer os telespectadores de que não é uma emissora bolsonarista, chapa-branca – demitiu o jornalista Leandro Narloch, que é conhecido por suas posições reacionárias e pelos artigos postados na revista lavajatista Crusoé.
Segundo noticiou o UOL, “os comentários associando a população homossexual à promiscuidade resultaram em sua demissão... O contrato foi rescindido unilateralmente. A partir de agora, ele está fora de todos os telejornais da emissora. Ainda não há definição sobre substituto para o posto”.
Entre outros preconceitos, ele “restringiu a contaminação por HIV à população homossexual". A reação nas redes sociais foi imediata. “A CNN achou que seria uma boa ideia colocar o Leandro para comentar a liberação de gays para doar sangue pelo STF. Aí ele falou bobagem”, criticou um internauta.
O vitimismo do demitido
Segundo o UOL, “o comentário foi mal avaliado pela direção da CNN, que considerou ter havido homofobia”. A abrupta dispensa indignou o jornalista, que lamentou nas redes: “Não sou nem fui homofóbico”. Contrário ao que ele chama de “vitimismo das minorias”, Leandro Narloch posou de vítima, dizendo-se perseguindo.
Famoso inimigo do “politicamente correto”, ele também criticou o que rotulou de “jornalismo de lição de moral”. Sobrou até para o âncora da TV Globo. “O William Bonner é meio assim... Se eu quiser me tornar uma pessoa melhor eu vou para a igreja, eu vou fazer terapia”. Ele ainda choramingou:
"Me preocupa o clima da sociedade hoje, em que é impossível discordar até mesmo de termos sem causar histeria, sem que o outro lado seja considerado um monstro que precisa ser banido”. Mas ele não ficou só. Recebeu de imediato o apoio de Jair Bolsonaro, que acusou a mídia e a “esquerda radical” de perseguição.
Preconceito em tempos de bolsonarismo
“Sobre o elogio [do capetão], o jornalista disse ter gostado da mensagem, porém pontuou que sempre fez críticas ao presidente. ‘Na CNN eu critiquei muito mais ele do que apoiei... Existe sim essa homogeneidade de esquerda em todas as redações que trabalhei’, afirmou” – segundo outra notinha do site UOL.
A atitude agressiva de Leandro Narloch não é um ato isolado nesses tempos de bolsonarismo, como pontua Tony Goes na Folha. Ele observa que “nas emissoras pró-Bolsonaro, a homofobia está liberada. Preconceito e desinformação têm dado as caras na RedeTV! e na CNN Brasil” – e também no SBT e na Record.
Ele cita como exemplos o escroto Sikêra Junior, do programa "Alerta Nacional", e o demitido Leandro Narloch. “Existe algo em comum entre essas emissoras: são todas simpáticas ao governo Bolsonaro. Esse apoio é explícito e entusiasmado na RedeTV, no SBT e na Record, em que não são raros episódios preconceituosos”.
Ainda segundo o articulista, “a chegada do bolsonarismo ao poder envenenou ainda mais o debate público, que já vinha polarizado há tempos. Parece que franqueou atitudes antes tidas como execráveis. Racismo, machismo, homofobia e apologia à violência passaram a ser defendidos como meras questões de opinião”.
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