Predomina nos jornalões o recado que o PL passa aos amigos da grande imprensa sobre o desejo de Michelle Bolsonaro de ser candidata ao Senado por Brasília em 2026.
Michelle não gostaria de disputar agora vaga de Sergio Moro no Paraná, se o lavajatista for cassado pela Justiça Eleitoral. Em 2026, serão duas vagas em disputa e a extrema direita acha que Brasília seria molezinha para Michelle, como foi para Damares no ano passado.
Mas tentar montar agora o cenário de 2026 é como planejar o que Bolsonaro fará quando sair da cadeia, porque da cadeia ele não pode escapar.
Não há como uma figura no meio de um vendaval planejar candidatura para daqui a três anos. Michelle está exposta e pode ser arrastada junto com o marido.
Não há falsa normalidade que suporte esse planejamento. A vida dos Bolsonaros é anormal, por mais que se esforcem para fingir o contrário.
Bolsonaro não para de atacar o TSE e interfere na escolha dos preferidos a prefeito nas capitais. Carluxo dá entrevistas que nunca concedia. Michele faz discursos em cultos evangélicos, como líder das mulheres do PL.
Parece normal, mas não é normal. Eles não estão em situação normal. Eles fingem desenvoltura, mas estão acossados.
O que a família tem mesmo hoje são R$ 17 milhões no banco, mas isso pode significar apenas que dispõem de dinheiro para pagar bons advogados.
Mas daqui a pouco podem ter tanto poder quanto Eduardo Cunha, Michel Temer, João Doria e Garotinho e Rosinha.
Bolsonaro pode virar uma lenda da extrema direita, com base social nesses 20% a 25% que acreditam no que precisam acreditar, e nada mais além disso.
Ah, mas a direita terá de inventar um substituto. A direita inventa, como inventou todos os que passaram pelo poder ou estiveram perto dele nos últimos anos, incluindo o próprio Bolsonaro, Romeu Zema, Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior, Eduardo leite.
Bolsonaro foi uma invenção improvável e está aí, caindo aos pedaços, mas resistindo. O fascismo sempre inventa alguma coisa, como em menos de dois anos inventaram Javier Milei na Argentina.
Por isso Michelle deve tentar pegar o cavalo encilhado no Paraná, mas sem a ilusão lhe garante suporte político e imunidade para escapar de processos na Justiça.
Essa tese já teve algum valor, mas está abalada. Políticos envolvidos em desmandos, que obtiveram mandatos, ficaram ainda mais expostos ao cerco do sistema de Justiça.
Se tivesse ficado poderoso, Deltan Dallagnol, o principal ajudante de Sergio Moro no lavajatismo, não teria ficado sem mandato quatro meses e meio depois de assumir como deputado federal.
Se mandato fosse garantia de proteção e imunidade, Sergio Moro também não estaria a caminho da cassação pelo TRE do Paraná. Se escapar em Curitiba, não escapa em Brasília.
A outra questão, talvez a mais relevante, é esta: Michelle aguentaria uma campanha eleitoral, com o seu jeito simplório de ser, o histórico de confusões ao lado do marido e mais as investigações sobre as joias, pagamento de despesas por Mauro Cid e a ressurreição do caso das rachadinhas?
É público que parte do PL acredita que a ex-primeira-dama teria de ser permanente tutelada, para não cometer barbeiragens.
Uma coisa é Michelle dizer o que pensa com o lastro de poder do marido, como fazia até o ano passado. Outra é achar que pode dizer tudo, inclusive criar a marca Mijoias, com o marido sendo cercado, sem apoio de militares e milicianos.
Com Bolsonaro avariado, Michelle pode virar um fardo para os veteranos da direita que virou extrema direita. Um fardo com força eleitoral, mas um fardo.
Michelle não gostaria de disputar agora vaga de Sergio Moro no Paraná, se o lavajatista for cassado pela Justiça Eleitoral. Em 2026, serão duas vagas em disputa e a extrema direita acha que Brasília seria molezinha para Michelle, como foi para Damares no ano passado.
Mas tentar montar agora o cenário de 2026 é como planejar o que Bolsonaro fará quando sair da cadeia, porque da cadeia ele não pode escapar.
Não há como uma figura no meio de um vendaval planejar candidatura para daqui a três anos. Michelle está exposta e pode ser arrastada junto com o marido.
Não há falsa normalidade que suporte esse planejamento. A vida dos Bolsonaros é anormal, por mais que se esforcem para fingir o contrário.
Bolsonaro não para de atacar o TSE e interfere na escolha dos preferidos a prefeito nas capitais. Carluxo dá entrevistas que nunca concedia. Michele faz discursos em cultos evangélicos, como líder das mulheres do PL.
Parece normal, mas não é normal. Eles não estão em situação normal. Eles fingem desenvoltura, mas estão acossados.
O que a família tem mesmo hoje são R$ 17 milhões no banco, mas isso pode significar apenas que dispõem de dinheiro para pagar bons advogados.
Mas daqui a pouco podem ter tanto poder quanto Eduardo Cunha, Michel Temer, João Doria e Garotinho e Rosinha.
Bolsonaro pode virar uma lenda da extrema direita, com base social nesses 20% a 25% que acreditam no que precisam acreditar, e nada mais além disso.
Ah, mas a direita terá de inventar um substituto. A direita inventa, como inventou todos os que passaram pelo poder ou estiveram perto dele nos últimos anos, incluindo o próprio Bolsonaro, Romeu Zema, Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior, Eduardo leite.
Bolsonaro foi uma invenção improvável e está aí, caindo aos pedaços, mas resistindo. O fascismo sempre inventa alguma coisa, como em menos de dois anos inventaram Javier Milei na Argentina.
Por isso Michelle deve tentar pegar o cavalo encilhado no Paraná, mas sem a ilusão lhe garante suporte político e imunidade para escapar de processos na Justiça.
Essa tese já teve algum valor, mas está abalada. Políticos envolvidos em desmandos, que obtiveram mandatos, ficaram ainda mais expostos ao cerco do sistema de Justiça.
Se tivesse ficado poderoso, Deltan Dallagnol, o principal ajudante de Sergio Moro no lavajatismo, não teria ficado sem mandato quatro meses e meio depois de assumir como deputado federal.
Se mandato fosse garantia de proteção e imunidade, Sergio Moro também não estaria a caminho da cassação pelo TRE do Paraná. Se escapar em Curitiba, não escapa em Brasília.
A outra questão, talvez a mais relevante, é esta: Michelle aguentaria uma campanha eleitoral, com o seu jeito simplório de ser, o histórico de confusões ao lado do marido e mais as investigações sobre as joias, pagamento de despesas por Mauro Cid e a ressurreição do caso das rachadinhas?
É público que parte do PL acredita que a ex-primeira-dama teria de ser permanente tutelada, para não cometer barbeiragens.
Uma coisa é Michelle dizer o que pensa com o lastro de poder do marido, como fazia até o ano passado. Outra é achar que pode dizer tudo, inclusive criar a marca Mijoias, com o marido sendo cercado, sem apoio de militares e milicianos.
Com Bolsonaro avariado, Michelle pode virar um fardo para os veteranos da direita que virou extrema direita. Um fardo com força eleitoral, mas um fardo.
0 comentários:
Postar um comentário