segunda-feira, 26 de agosto de 2019
As queimadas e o antijornalismo da Globo
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Merece figurar em lugar destacado da história dos momentos mais repugnantes da imprensa brasileira, e olha que a concorrência é grande, o malabarismo antijornalístico praticado pela Globo para envolver Lula no noticiário sobre a crise causada pela política ambiental irresponsável do governo Bolsonaro.
A Amazônia arde com 17 mil focos de incêndio. Essa é a notícia mais importante do momento, tanto que ocupa as manchetes de jornais de praticamente todos os países. Contudo, a Globo e o editor do Jornal Nacional, Willian Bonner, resolveram ofuscar esse fato jornalístico de inegável relevância para incluir Lula neste enredo de forma enviesada e com viés nitidamente político, em suas edições dos dias 19 e 23 de agosto.
Merece figurar em lugar destacado da história dos momentos mais repugnantes da imprensa brasileira, e olha que a concorrência é grande, o malabarismo antijornalístico praticado pela Globo para envolver Lula no noticiário sobre a crise causada pela política ambiental irresponsável do governo Bolsonaro.
A Amazônia arde com 17 mil focos de incêndio. Essa é a notícia mais importante do momento, tanto que ocupa as manchetes de jornais de praticamente todos os países. Contudo, a Globo e o editor do Jornal Nacional, Willian Bonner, resolveram ofuscar esse fato jornalístico de inegável relevância para incluir Lula neste enredo de forma enviesada e com viés nitidamente político, em suas edições dos dias 19 e 23 de agosto.
PF indicia Rodrigo Maia. Sem o aval de Moro?
Fausto Macedo, o repórter “Lava Jato” do Estadão, diz que a Polícia Federal apresentou um “relatório conclusivo” no qual aponta o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, como envolvido em “crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, e caixa dois”, em razão da “planilha de propinas da Odebrecht”.
No Congresso, é voz corrente que é uma represália ao “banho maria” em que Maia colocou o pacote anticrime proposto por Sergio Moro e pela aprovação do projeto contra o abuso de autoridade.
É urgente gestar o sindicato do futuro
Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:
As empresas estão mudando a estrutura e a organização do sistema produtivo. A propriedade empresarial vai passando para novos acionistas, que estão ávidos pelo máximo lucro. Para isso, terceirizam riscos e custos. Novas tecnologias para a energia, a comunicação e o transporte criam condições inéditas para uma outra concepção de cadeia produtiva, de logística e de localização. O custo hora de um metalúrgico europeu é 25 vezes maior do que o de um metalúrgico argelino.
As empresas estão mudando a estrutura e a organização do sistema produtivo. A propriedade empresarial vai passando para novos acionistas, que estão ávidos pelo máximo lucro. Para isso, terceirizam riscos e custos. Novas tecnologias para a energia, a comunicação e o transporte criam condições inéditas para uma outra concepção de cadeia produtiva, de logística e de localização. O custo hora de um metalúrgico europeu é 25 vezes maior do que o de um metalúrgico argelino.
Desemprego e a passividade aparente
Por João Guilherme Vargas Netto
Não quero discutir a alienação, a incompreensão e o desleixo do andar de cima (na expressão do meu amigo Elio Gaspari) com o drama vivido por milhões de brasileiros desempregados ou sem trabalho.
Mas busco explicação para a passividade aparente daqueles milhões que sofrem com o desemprego em uma sociedade cada vez mais desorganizada e não se manifestam com atos coletivos expressivos de resistência, de denúncia ou de revolta. Como explicá-la?
Um primeiro elemento de uma explicação ainda parcial é o colchão social sobre o qual a massa de milhões consegue amortecer o desamparo e se virar.
Não quero discutir a alienação, a incompreensão e o desleixo do andar de cima (na expressão do meu amigo Elio Gaspari) com o drama vivido por milhões de brasileiros desempregados ou sem trabalho.
Mas busco explicação para a passividade aparente daqueles milhões que sofrem com o desemprego em uma sociedade cada vez mais desorganizada e não se manifestam com atos coletivos expressivos de resistência, de denúncia ou de revolta. Como explicá-la?
Um primeiro elemento de uma explicação ainda parcial é o colchão social sobre o qual a massa de milhões consegue amortecer o desamparo e se virar.
Escolha sua trincheira e vá à luta
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
Já passou a hora da interpretação, do espanto e da denúncia. O governo Bolsonaro e seus satélites em vários estados e municípios já mostraram com sobra a que vieram. Prometeram na campanha e estão cumprindo. O programa neoliberal, de extermínio de direitos, de entrega do patrimônio público, de castração da soberania, de descarte das preocupações ambientais e de submissão aos interesses financeiros e dos Estados Unidos já está traçado e segue com vento pelas costas.
Já passou a hora da interpretação, do espanto e da denúncia. O governo Bolsonaro e seus satélites em vários estados e municípios já mostraram com sobra a que vieram. Prometeram na campanha e estão cumprindo. O programa neoliberal, de extermínio de direitos, de entrega do patrimônio público, de castração da soberania, de descarte das preocupações ambientais e de submissão aos interesses financeiros e dos Estados Unidos já está traçado e segue com vento pelas costas.
Guerras híbridas e a teoria do caos
Por William Nozaki, no site da Fundação Perseu Abramo:
Neste livro, Guerras Híbridas: das Revoluções Coloridas aos Golpes, o analista político russo Andrew Korybko desvenda um novo conceito para explicar as atuais táticas dos EUA para a desestabilização e a derrubada de governos. A guerra híbrida é a combinação de revoluções coloridas e guerras não convencionais como forma de alinhar Estados e sociedades aos interesses da política de segurança e defesa norte-americanas. Partindo do estudo de caso da Síria e da Ucrânia, o autor demonstra um modus operandi que também pode ser facilmente identificado em outros conflitos travados, por exemplo, no Oriente Médio e na América Latina. Nesse sentido, a guerra híbrida é o novo modelo de intervenção político-militar do século XXI.
Neste livro, Guerras Híbridas: das Revoluções Coloridas aos Golpes, o analista político russo Andrew Korybko desvenda um novo conceito para explicar as atuais táticas dos EUA para a desestabilização e a derrubada de governos. A guerra híbrida é a combinação de revoluções coloridas e guerras não convencionais como forma de alinhar Estados e sociedades aos interesses da política de segurança e defesa norte-americanas. Partindo do estudo de caso da Síria e da Ucrânia, o autor demonstra um modus operandi que também pode ser facilmente identificado em outros conflitos travados, por exemplo, no Oriente Médio e na América Latina. Nesse sentido, a guerra híbrida é o novo modelo de intervenção político-militar do século XXI.
República ou uma capatazia dos mercados?
É desconcertante, mas a voz mais estridente da barbárie hoje no mundo fala o idioma português.
Jair Bolsonaro - 'talquei?'
Mas não só ele.
Nem apenas os seus filhos, os amigos deles, os parentes e agregados que os circundam ou os cinturões extremistas que orbitam no seu obscuro entorno institucional e clandestino.
A barbárie também desponta em múltiplas instâncias de poder da sociedade neste momento.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson José Witzel, é uma cruz maltina em ascensão.
Soberania seletiva e desfocada
Por Haroldo Lima, no Blog de Renato:
O general Villas Boas defendeu a “soberania brasileira” em meio a esses criminosos desmatamentos e queimadas na floresta amazônica. Foi bom que o ex-comandante do Exército tenha falado nesse assunto, porque, pelo menos aparentemente, verifica-se que a soberania não é uma bandeira apenas da esquerda brasileira. O general mostrou-se preocupado com ela. Pena que a soberania que defendeu foi seletiva e desfocada.
O general Villas Boas defendeu a “soberania brasileira” em meio a esses criminosos desmatamentos e queimadas na floresta amazônica. Foi bom que o ex-comandante do Exército tenha falado nesse assunto, porque, pelo menos aparentemente, verifica-se que a soberania não é uma bandeira apenas da esquerda brasileira. O general mostrou-se preocupado com ela. Pena que a soberania que defendeu foi seletiva e desfocada.
A ameaça histórica e atual que nos aflige procede não da França, nem da Holanda, nem da Irlanda, nem de quem quer que seja, mas dos EUA
domingo, 25 de agosto de 2019
Bolsonaro acua Merval Pereira. Ingrato!
Por Altamiro Borges
O “capetão” Jair Bolsonaro desembestou de vez. Ou se acha o Messias, o ungido por Deus, ou está desesperado. Com mania de perseguição, ele dispara o seu “piriri verborrágico” contra tudo e todos, dia sim e outro também. Ninguém é poupado – do presidente francês Emmanuel Macron ao humilhado “marreco de Maringá”, o miliciano Sergio Moro. O mais recente alvo do seu ódio é o Merval Pereira, o “imortal” da Globo. Uma baita ingratidão contra o jornalista global que tanto lhe ajudou, direta e indiretamente, a chegar à presidência do Brasil.
O “capetão” Jair Bolsonaro desembestou de vez. Ou se acha o Messias, o ungido por Deus, ou está desesperado. Com mania de perseguição, ele dispara o seu “piriri verborrágico” contra tudo e todos, dia sim e outro também. Ninguém é poupado – do presidente francês Emmanuel Macron ao humilhado “marreco de Maringá”, o miliciano Sergio Moro. O mais recente alvo do seu ódio é o Merval Pereira, o “imortal” da Globo. Uma baita ingratidão contra o jornalista global que tanto lhe ajudou, direta e indiretamente, a chegar à presidência do Brasil.
Amazônia ativa impeachment de Bolsonaro
Por Renato Rovai, em seu blog:
A destruição da Amazônia provocada pelas ações do governo Bolsonaro e da nova política, que tem como ministro do Meio Ambiente um dos quadros mais importantes do Partido Novo, o advogado Ricardo Salles, tem todos os ingredientes para levar o Brasil a uma crise sem precedentes.
O grito de Macron pedindo a convocação em caráter de urgência de uma reunião do G7 não é nada mais do que uma ação oportunista de um governante que aprendeu a interpretar os sinais das ruas depois de viver uma crise que quase o derrubou.
A Europa foi tomada ontem por imagens de uma floresta em chamas, de animais queimados, de fumaça cobrindo cidades, de relatos catastróficos, porém realistas, do que ocorre por essas paragens.
A destruição da Amazônia provocada pelas ações do governo Bolsonaro e da nova política, que tem como ministro do Meio Ambiente um dos quadros mais importantes do Partido Novo, o advogado Ricardo Salles, tem todos os ingredientes para levar o Brasil a uma crise sem precedentes.
O grito de Macron pedindo a convocação em caráter de urgência de uma reunião do G7 não é nada mais do que uma ação oportunista de um governante que aprendeu a interpretar os sinais das ruas depois de viver uma crise que quase o derrubou.
A Europa foi tomada ontem por imagens de uma floresta em chamas, de animais queimados, de fumaça cobrindo cidades, de relatos catastróficos, porém realistas, do que ocorre por essas paragens.
Liberalismo arcaico e autoritarismo tosco
Por Roberto Amaral, em seu blog:
É preciso repetir sempre: ninguém pode se dizer enganado pelo capitão, que de tudo pode ser acusado, menos de estelionato eleitoral. O que seria sua presença no Planalto foi antecipado pela folha corrida de mau militar (qualificação que deve ao general Ernesto Geisel) e pela gritante mediocridade de seus 30 anos de vida parlamentar. Eleito, empossado, reiterou seus compromissos com o atraso em reunião com representantes da ultradireita dos EUA, quando anunciou o projeto de desconstrução do país. É esta sua faina, e dela já colhe frutos, com o colapso da economia, a desmontagem do Estado nacional desenvolvimentista, o achincalhe da política externa e a derruição da educação pública – esses, apenas os pontos mais destacáveis de sua razia contra os interesses nacionais, que abrange ainda ciência, tecnologia e inovação, a cultura de um modo geral, o meio ambiente e, pari passu, a montagem de um Estado autoritário presidido de forma autocrática e personalista. Trata-se de governo cuja sustentação depende da continuidade da “Pauta Guedes”, de que depende a continuidade do apoio do “mercado”, mais especificamente dos rentistas da Avenida Paulista que se reúnem em torno da FIESP, outrora uma casa de industriais, hoje habitada por suicidas a médio prazo.
É preciso repetir sempre: ninguém pode se dizer enganado pelo capitão, que de tudo pode ser acusado, menos de estelionato eleitoral. O que seria sua presença no Planalto foi antecipado pela folha corrida de mau militar (qualificação que deve ao general Ernesto Geisel) e pela gritante mediocridade de seus 30 anos de vida parlamentar. Eleito, empossado, reiterou seus compromissos com o atraso em reunião com representantes da ultradireita dos EUA, quando anunciou o projeto de desconstrução do país. É esta sua faina, e dela já colhe frutos, com o colapso da economia, a desmontagem do Estado nacional desenvolvimentista, o achincalhe da política externa e a derruição da educação pública – esses, apenas os pontos mais destacáveis de sua razia contra os interesses nacionais, que abrange ainda ciência, tecnologia e inovação, a cultura de um modo geral, o meio ambiente e, pari passu, a montagem de um Estado autoritário presidido de forma autocrática e personalista. Trata-se de governo cuja sustentação depende da continuidade da “Pauta Guedes”, de que depende a continuidade do apoio do “mercado”, mais especificamente dos rentistas da Avenida Paulista que se reúnem em torno da FIESP, outrora uma casa de industriais, hoje habitada por suicidas a médio prazo.
Foi o Bolsonaro que tocou fogo na floresta?
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Ao contrário das fake news que Bolsonaro e suas milícias digitais divulgaram durante a semana, não foram as ONGs internacionais, a imprensa mundial nem os comunistas da União Européia que tocaram fogo na floresta.
Trata-se, como veremos abaixo, de uma política de governo.
Bolsonaro já disse que “antes de construir um novo Brasil, precisamos destruir tudo isso que está aí”. Está apenas cumprindo a promessa.
Durante a campanha eleitoral e desde seu primeiro dia de governo, o ex-capitão declarou guerra à Amazônia e liberou os “agrotrogloditas”, na perfeita definição de Elio Gaspari, a mandar brasa.
A turma protegida pela Lava-Jato
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:
A Lava-Jato foi muito bem sucedida em vender a imagem de imparcial e implacável contra a corrupção. Os procuradores e o ex-juiz Sergio Moro se empenharam para manter a opinião pública acreditando nisso, como ficou claro pelas publicações da Vaza Jato. Hoje, sabemos que a operação não era nem tão imparcial, nem tão implacável contra a corrupção assim. Alguns políticos e setores econômicos contaram com a leniência dos procuradores.
sábado, 24 de agosto de 2019
Aécio derrota Doria e bagunça ninho tucano
Novato no ninho tucano, João Doria já se achava o dono do PSDB. Em curto espaço de tempo, ele traiu o seu padrinho político Geraldo Alckmin, costurando a chapa informal BolsoDoria; ousado, o ex-prefake abandonou a capital paulista e elegeu-se governador em um pleito apertado; e, ambicioso, ele ainda tomou de assalto a direção estadual da sigla. “João Dólar” parecia imbatível, mas ficou impotente nesta semana. Em um gesto surpreendente, a executiva nacional do PSDB rejeitou sua articulação para expulsar o mineiro Aécio Neves.
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