quinta-feira, 31 de outubro de 2019
Promotora do caso Marielle precisa ser afastada
Radicalização e o risco de golpe em marcha
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Eu começava a escrever que, por tudo que já aprendemos sobre o bolsonarismo, o caso do porteiro devia adubar a radicalização política de Bolsonaro e seu clã. Tendo dito em depoimento que um dos supostos assassinos de Mariele deu a casa de Bolsonaro como destino, ao visitar o condomínio em que se reuniu com suposto comparsa no dia do crime, foi desmentido pelos registros de chamada e voz da portaria. Bolsonaro deu seu show, atiçando as bases, e a TV Globo ficou vulnerável. Mal comecei a escrever, vejo na tela a última ameaça de perpetração de um golpe, com Eduardo Bolsonaro avisando que se a esquerda radicalizar pode haver um novo AI-5. Repito a pergunta de meu último artigo: quem vai deter Bolsonaro?
"Eduardo Bolsonaro é um doente"
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
“Eduardo Bolsonaro é um doente. Eu não levo a sério. Não pode ser levado a sério. Mal entende de fritar hambúrguer”, diz o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, sobre a fala do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendendo “um novo AI-5” para combater a esquerda. “Mas, realmente, isso não é uma coisa gratuita. É um atentado à democracia. O ideal seria que o procurador-geral da República (Augusto Aras) tomasse providência. Mas, com Aras, que faz tudo o que Bolsonaro manda, é difícil”, acrescenta Aragão.
Onde está Moro diante do “volta AI-5”?
Por Fernando Brito, em seu blog:
É estrondoso o silêncio de Sergio Moro sobre a declaração do filho presidencial de que poderia haver uma volta do AI-5 se houvesse radicalização política no Brasil.
Não se ouviu ou leu uma palavra de Sua Excelência, mesmo depois do pai do filho dizer que não adiantava “sonhar” com a medida autoritária.
Está esperando uma “autorização formal” do presidente para abrir a boca?
A gente sabe que tipo de mascote é tão submisso que fica sentado e quieto até que o mestre autorize-o a se mover.
É estrondoso o silêncio de Sergio Moro sobre a declaração do filho presidencial de que poderia haver uma volta do AI-5 se houvesse radicalização política no Brasil.
Não se ouviu ou leu uma palavra de Sua Excelência, mesmo depois do pai do filho dizer que não adiantava “sonhar” com a medida autoritária.
Está esperando uma “autorização formal” do presidente para abrir a boca?
A gente sabe que tipo de mascote é tão submisso que fica sentado e quieto até que o mestre autorize-o a se mover.
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
Moro virou refém da família Bolsonaro
Por Leandro Fortes
O principal rescaldo do ataque de pânico de Jair Bolsonaro, na madrugada saudita, é que os canhões da República estão sendo voltados, um a um, para a cabeça de um porteiro do condomínio Vivendas da Barra. Trata-se de um curioso habitat onde convivem, em rara harmonia, milicianos assassinos e a família do presidente da República.
Conforme notícia veiculada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o tal porteiro, por ora, anônimo, foi à Polícia Civil do Rio de Janeiro depor no caso do duplo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, e disse o seguinte, em resumo:
Conforme notícia veiculada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o tal porteiro, por ora, anônimo, foi à Polícia Civil do Rio de Janeiro depor no caso do duplo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, e disse o seguinte, em resumo:
Eleições e revoltas enfrentam neoliberalismo
Editorial do site Vermelho:
As reviravoltas que começam a se configurar na vizinhança do Brasil têm causas bem definidas. Essa mescla de vitórias progressistas nas eleições na Bolívia e na Argentina, e a possibilidade de acontecer também no Uruguai, com vigorosas manifestações populares como as do Chile e do Equador resulta de dois fatores básicos e fundamentais.
As reviravoltas que começam a se configurar na vizinhança do Brasil têm causas bem definidas. Essa mescla de vitórias progressistas nas eleições na Bolívia e na Argentina, e a possibilidade de acontecer também no Uruguai, com vigorosas manifestações populares como as do Chile e do Equador resulta de dois fatores básicos e fundamentais.
Como iludir falando verdades
Por Artur Araújo, no site Outras Palavras:
Entre os segundos trimestres de 2018 e 2019 foram criadas 2,4 milhões de vagas de empregos no Brasil.
Fato.
Dos empregados nessas vagas, 37,2% trabalham menos do que gostariam e do que precisam para sobreviver com um mínimo de dignidade (os denominados “subocupados”).
Outro fato.
Entre os segundos trimestres de 2018 e 2019 foram criadas 2,4 milhões de vagas de empregos no Brasil.
Fato.
Dos empregados nessas vagas, 37,2% trabalham menos do que gostariam e do que precisam para sobreviver com um mínimo de dignidade (os denominados “subocupados”).
Outro fato.
Os 23 minutos que abalaram a República
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Eu vi, ninguém me contou.
Desta vez, não era fake news, nem vídeo postado pelo 02.
Era o próprio, falando numa live assustadora, direto de Riad, já alta madrugada na Arábia Saudita.
Às 10 da noite daqui, alertado pela minha sobrinha Renata Kotscho Velloso, fui direto ao Face do capitão para ver com meus próprios olhos.
Renatinha, que mora nos Estados Unidos, não perde uma live do capitão às quintas-feiras, mas agora era uma edição extra, como aqueles plantões da Globo.
Desta vez, não era fake news, nem vídeo postado pelo 02.
Era o próprio, falando numa live assustadora, direto de Riad, já alta madrugada na Arábia Saudita.
Às 10 da noite daqui, alertado pela minha sobrinha Renata Kotscho Velloso, fui direto ao Face do capitão para ver com meus próprios olhos.
Renatinha, que mora nos Estados Unidos, não perde uma live do capitão às quintas-feiras, mas agora era uma edição extra, como aqueles plantões da Globo.
O Chile e sua encruzilhada histórica
Por Joaquín Piñero, no jornal Brasil de Fato:
O sangue continua a jorrar nas ruas das principais cidades do Chile. Dezenas de mortos, milhares de feridos e centenas de pessoas presas, outras tantas torturadas e desaparecidas e a maioria dessas vítimas são de jovens trabalhadores e estudantes. Esse é o terrível saldo até agora contabilizado por organizações de direitos humanos que apontam as forças de segurança do governo de Sebastián Piñera como responsáveis por essa atrocidade.
Não à censura do governo Bolsonaro!
Por Benedita da Silva, na revista Teoria e Debate:
O golpe de Estado de 2016 trouxe de volta a censura, ainda que de forma velada. Mas o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff representou a antessala da ascensão à presidência da República do neofascista Bolsonaro e com ele da censura finalmente assumida.
A diferença principal entre um liberal e um fascista é que o primeiro restringe os direitos do povo de forma velada, nas entrelinhas da política, enquanto o segundo o faz abertamente, como política de Estado.
Como ocorre em qualquer lei, na Constituição ainda é mais explícita a influência direta dos conflitos políticos e sociais, a chamada correlação de forças. Por trás de cada direito democrático e popular da Constituição vemos o dedo da mobilização popular.
O golpe de Estado de 2016 trouxe de volta a censura, ainda que de forma velada. Mas o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff representou a antessala da ascensão à presidência da República do neofascista Bolsonaro e com ele da censura finalmente assumida.
A diferença principal entre um liberal e um fascista é que o primeiro restringe os direitos do povo de forma velada, nas entrelinhas da política, enquanto o segundo o faz abertamente, como política de Estado.
Como ocorre em qualquer lei, na Constituição ainda é mais explícita a influência direta dos conflitos políticos e sociais, a chamada correlação de forças. Por trás de cada direito democrático e popular da Constituição vemos o dedo da mobilização popular.
Visão crítica das políticas de austeridade
Por André Luis Campedelli, no site Brasil Debate:
Com coordenação de Antônio Correa de Lacerda, será lançado no dia 4 de dezembro o livro “O mito da austeridade”, pela Editora Contracorrente. Com textos do próprio coordenador, de Ladislau Dowbor, André Paiva Ramos, Mariana Ribeiro Jansen Ferreira e também de minha autoria, a obra busca debater os malefícios que a política econômica praticada nos últimos anos no Brasil gera para a sociedade como um todo.
Com coordenação de Antônio Correa de Lacerda, será lançado no dia 4 de dezembro o livro “O mito da austeridade”, pela Editora Contracorrente. Com textos do próprio coordenador, de Ladislau Dowbor, André Paiva Ramos, Mariana Ribeiro Jansen Ferreira e também de minha autoria, a obra busca debater os malefícios que a política econômica praticada nos últimos anos no Brasil gera para a sociedade como um todo.
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