Por Joaquín Piñero, no jornal Brasil de Fato:
O sangue continua a jorrar nas ruas das principais cidades do Chile. Dezenas de mortos, milhares de feridos e centenas de pessoas presas, outras tantas torturadas e desaparecidas e a maioria dessas vítimas são de jovens trabalhadores e estudantes. Esse é o terrível saldo até agora contabilizado por organizações de direitos humanos que apontam as forças de segurança do governo de Sebastián Piñera como responsáveis por essa atrocidade.
Muitos se espantam com esse acontecimento num país que é o “queridinho” da grande mídia empresarial, citado como o grande exemplo a ser seguido pelos demais países da região. Aqui no Brasil o próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que esteve no Chile aprimorando suas teses liberais oriundo da Universidade de Chicago, se somando ao grupo que ficou conhecido como “Chicago boys”, são os principais propagandistas do modelo chileno e estão aplicando na prática aqui as políticas de privatizações e reformas que são os motivos dessa onda de mobilização popular.
O Chile foi o primeiro laboratório para a aplicação das ideias neoliberais na América Latina. Esse feito, celebrado por economistas liberais e políticos de direita e extrema direita, só foi possível devido ao sangrento golpe de estado comandado pelo general Augusto Pinochet e aplicado contra o presidente Salvador Allende em setembro de 1973. Esse modelo, resumidamente se concretizava com uma forte propaganda da chamada liberdade econômica, mas que ao mesmo tempo escondia a repressão das liberdades civis e sociais, perseguição política, tortura, morte e desaparecimentos.
Passados os anos de chumbo da ditadura de Pinochet, no período da chamada “concertación” pouco se avançou nas principais demandas sociais do povo, justamente porque a base da conciliação de classe era não romper com o modelo herdado da ditadura. Portanto, o que se vê agora nas ruas é o resultado dessas demandas represadas e que por enquanto ainda não se sabe onde desembocará. O Chile está numa encruzilhada histórica, na berlinda está o modelo neoliberal e as consequências de suas políticas não só para o Chile como para os países da região.
Muitos se espantam com esse acontecimento num país que é o “queridinho” da grande mídia empresarial, citado como o grande exemplo a ser seguido pelos demais países da região. Aqui no Brasil o próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que esteve no Chile aprimorando suas teses liberais oriundo da Universidade de Chicago, se somando ao grupo que ficou conhecido como “Chicago boys”, são os principais propagandistas do modelo chileno e estão aplicando na prática aqui as políticas de privatizações e reformas que são os motivos dessa onda de mobilização popular.
O Chile foi o primeiro laboratório para a aplicação das ideias neoliberais na América Latina. Esse feito, celebrado por economistas liberais e políticos de direita e extrema direita, só foi possível devido ao sangrento golpe de estado comandado pelo general Augusto Pinochet e aplicado contra o presidente Salvador Allende em setembro de 1973. Esse modelo, resumidamente se concretizava com uma forte propaganda da chamada liberdade econômica, mas que ao mesmo tempo escondia a repressão das liberdades civis e sociais, perseguição política, tortura, morte e desaparecimentos.
Passados os anos de chumbo da ditadura de Pinochet, no período da chamada “concertación” pouco se avançou nas principais demandas sociais do povo, justamente porque a base da conciliação de classe era não romper com o modelo herdado da ditadura. Portanto, o que se vê agora nas ruas é o resultado dessas demandas represadas e que por enquanto ainda não se sabe onde desembocará. O Chile está numa encruzilhada histórica, na berlinda está o modelo neoliberal e as consequências de suas políticas não só para o Chile como para os países da região.
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