segunda-feira, 3 de agosto de 2020
domingo, 2 de agosto de 2020
DEM, MDB e as movimentações no Congresso
Por André Singer, no site A terra é redonda:
As bancadas do MDB e do DEM, somando 63 deputados, decidiram se afastar do grupo – conhecido como “blocão” – que tem apoiado sistematicamente o governo federal. O afastamento dessas bancadas não inviabiliza a atuação do governo na Câmara dos Deputados, pois ele continua contando com o apoio potencial de cerca de 200 deputados que permanecem na assim chamada “base governista”.
As bancadas do MDB e do DEM, somando 63 deputados, decidiram se afastar do grupo – conhecido como “blocão” – que tem apoiado sistematicamente o governo federal. O afastamento dessas bancadas não inviabiliza a atuação do governo na Câmara dos Deputados, pois ele continua contando com o apoio potencial de cerca de 200 deputados que permanecem na assim chamada “base governista”.
Ricos não pagam quase nada de impostos
Por Jair de Souza
Nenhuma sociedade pode existir dignamente sem a existência de impostos. Todos os serviços públicos dependem de impostos para funcionar. De nossas inúmeras necessidades, todos aspiramos a uma escola pública de qualidade, a um atendimento médico público eficiente, a um transporte público digno e a um sistema de segurança que realmente nos proteja. Mas, como ter acesso a isso sem recursos para bancar os custos? Os ricos só se preocupam com os serviços públicos de repressão policial e com o judiciário, porque são os que lhes servem melhor para conter a rebeldia popular e os protestos dos trabalhadores e dos pobres em geral. Porém, eles não dão a mínima para as necessidades básicas do povo trabalhador.
Nenhuma sociedade pode existir dignamente sem a existência de impostos. Todos os serviços públicos dependem de impostos para funcionar. De nossas inúmeras necessidades, todos aspiramos a uma escola pública de qualidade, a um atendimento médico público eficiente, a um transporte público digno e a um sistema de segurança que realmente nos proteja. Mas, como ter acesso a isso sem recursos para bancar os custos? Os ricos só se preocupam com os serviços públicos de repressão policial e com o judiciário, porque são os que lhes servem melhor para conter a rebeldia popular e os protestos dos trabalhadores e dos pobres em geral. Porém, eles não dão a mínima para as necessidades básicas do povo trabalhador.
Pandemia, crise e periferias
Por Leonardo Fontes, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
“No início da pandemia, aqui foi tudo meio incerto, porque em casa só eu estou trabalhando, em um estágio que paga muito pouco, mãe, padrasto e irmão desempregados, mesmo antes da pandemia. Assim que saiu a notícia de corte nos contratos, entrei em desespero porque até então era a única renda, anunciaram os auxílios e ainda assim foi a saga pra que minha mãe e padrasto conseguissem a liberação, meu padrasto conseguiu na semana passada inclusive. […] Minha avó está com muito medo de morrer sozinha, liga toda madrugada e chora.”
Camila, 22 anos, é moradora do bairro do Jardim Ângela e está no último semestre do curso de licenciatura em Artes em uma universidade particular de São Paulo, beneficiária de uma bolsa do ProUni. Sua fala resume alguns dos problemas que têm sido enfrentados por moradores das periferias de São Paulo e de outras cidades do país diante da pandemia de Covid-19 e da falta de ação por parte das diferentes esferas de governo.
“No início da pandemia, aqui foi tudo meio incerto, porque em casa só eu estou trabalhando, em um estágio que paga muito pouco, mãe, padrasto e irmão desempregados, mesmo antes da pandemia. Assim que saiu a notícia de corte nos contratos, entrei em desespero porque até então era a única renda, anunciaram os auxílios e ainda assim foi a saga pra que minha mãe e padrasto conseguissem a liberação, meu padrasto conseguiu na semana passada inclusive. […] Minha avó está com muito medo de morrer sozinha, liga toda madrugada e chora.”
Camila, 22 anos, é moradora do bairro do Jardim Ângela e está no último semestre do curso de licenciatura em Artes em uma universidade particular de São Paulo, beneficiária de uma bolsa do ProUni. Sua fala resume alguns dos problemas que têm sido enfrentados por moradores das periferias de São Paulo e de outras cidades do país diante da pandemia de Covid-19 e da falta de ação por parte das diferentes esferas de governo.
Pandemia expõe a exclusão digital
Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:
O ensino à distância imposto pela pandemia de Covid-19 escancara a exclusão digital. Não é raro tomarmos conhecimento de professores e professoras pedalando ou caminhando por quilômetros, indo por conta própria, levar atividades a seus estudantes, já que uma boa parcela deles não dispõe de acesso à internet.
O gesto de solidariedade, de comprometimento com a função de educar, sensibiliza. É enaltecido, e assim deve ser. No entanto, a ternura com que observamos essas cenas deve vir acompanhada de indignação e cobrança por políticas públicas que efetivem o acesso à internet como um direito. Até porque foi isso que nos prometeram, mais de 20 anos atrás, com a privatização do Sistema Telebrás.
O ensino à distância imposto pela pandemia de Covid-19 escancara a exclusão digital. Não é raro tomarmos conhecimento de professores e professoras pedalando ou caminhando por quilômetros, indo por conta própria, levar atividades a seus estudantes, já que uma boa parcela deles não dispõe de acesso à internet.
O gesto de solidariedade, de comprometimento com a função de educar, sensibiliza. É enaltecido, e assim deve ser. No entanto, a ternura com que observamos essas cenas deve vir acompanhada de indignação e cobrança por políticas públicas que efetivem o acesso à internet como um direito. Até porque foi isso que nos prometeram, mais de 20 anos atrás, com a privatização do Sistema Telebrás.
A volta às aulas é desrespeito à sociedade
Por Hermes Silva Leão, no jornal Brasil de Fato:
Na semana em que o número de mortos e contaminados pelo Covid-19 atinge marcas recordes no estado do Paraná o governo Ratinho Jr (PSD) anuncia a retomada das aulas presencias na rede estadual no próximo mês de setembro.
Na manhã de sábado, 1 de agosto, os números consolidados a partir de dados do próprio governo anunciam que 1.899 paranaenses perderam a vida pela pandemia. Nas últimas 24 horas, foram 59 mortes ocorridas em 25 municípios de todas as regiões do estado.
Portanto, o vírus circula em todo o território paranaense. Ainda neste último dia de julho Curitiba registrou 24 mortes, novo recorde diário de vidas perdidas na capital.
Na manhã de sábado, 1 de agosto, os números consolidados a partir de dados do próprio governo anunciam que 1.899 paranaenses perderam a vida pela pandemia. Nas últimas 24 horas, foram 59 mortes ocorridas em 25 municípios de todas as regiões do estado.
Portanto, o vírus circula em todo o território paranaense. Ainda neste último dia de julho Curitiba registrou 24 mortes, novo recorde diário de vidas perdidas na capital.
Corrida pela vacina é corrida pelos bilhões
Por Fernando Brito, em seu blog:
Tão apavorante quanto a onda de mortes – que está atingindo a inacreditável marca de 700 mil -, o mundo vai assistir, logo, logo, outro espetáculo apavorante e desumano: a contaminação, pelo dinheiro, da (ou das) vacina(s), se vierem a ser bem-sucedidas as experiências que estão rendo realizadas por universidades e laboratórios de vários países.
Tão apavorante quanto a onda de mortes – que está atingindo a inacreditável marca de 700 mil -, o mundo vai assistir, logo, logo, outro espetáculo apavorante e desumano: a contaminação, pelo dinheiro, da (ou das) vacina(s), se vierem a ser bem-sucedidas as experiências que estão rendo realizadas por universidades e laboratórios de vários países.
Poder das multinacionais e retorno do Estado
Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:
A organização não governamental Global Justice Now publicou um estudo comparando as cifras de negócios das principais empresas com a receita orçamentária dos países. Segundo essa lista, se a rede norte-americana de supermercados Walmart fosse um Estado, ocuparia o décimo lugar, atrás somente dos EUA, China, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália, Brasil e Canadá. No total, 69 das 100 principais entidades econômicas são empresas. As 25 corporações de maior valor superam o PIB de numerosos países.
A organização não governamental Global Justice Now publicou um estudo comparando as cifras de negócios das principais empresas com a receita orçamentária dos países. Segundo essa lista, se a rede norte-americana de supermercados Walmart fosse um Estado, ocuparia o décimo lugar, atrás somente dos EUA, China, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália, Brasil e Canadá. No total, 69 das 100 principais entidades econômicas são empresas. As 25 corporações de maior valor superam o PIB de numerosos países.
Pandemia e a luta pelo fim do Teto de Gastos
Ilustração do site Direitos Valem Mais |
A coalizão Direitos Valem Mais, que reúne cerca de 230 organizações da sociedade civil, sindicatos e acadêmicos, aponta que os impactos da crise causada pela pandemia tornam urgente a revogação da Emenda Constitucional (EC) 95, que estabelece o chamado Teto de Gastos. As entidades enviaram um alerta público ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que o dispositivo seja declarado inconstitucional.
Bolsonaro repete a tragédia de Donald Trump
Editorial do site Vermelho:
Os números impressionam, mas são reais. A economia dos Estados Unidos retraiu no segundo trimestre no ritmo mais acentuado desde a Grande Depressão, com queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 32,9% em taxa anualizada no trimestre passado. É o mais forte declínio desde que a medição começou a ser feita, em 1947, de acordo com o Departamento do Comércio norte-americano. A taxa na comparação entre os trimestres foi de uma queda de 9,5%.
Os números impressionam, mas são reais. A economia dos Estados Unidos retraiu no segundo trimestre no ritmo mais acentuado desde a Grande Depressão, com queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 32,9% em taxa anualizada no trimestre passado. É o mais forte declínio desde que a medição começou a ser feita, em 1947, de acordo com o Departamento do Comércio norte-americano. A taxa na comparação entre os trimestres foi de uma queda de 9,5%.
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