quarta-feira, 5 de maio de 2021
Carta de Mandetta e a resposta de Bolsonaro
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
Não adianta fingir nem disfarçar.
A carta do então ministro Luiz Henrique Mandetta dirigida ao Presidente da República Jair Bolsonaro, com data de 28/3/2020, é uma prova tão contundente que chega a ser espantoso não tenha merecido a máxima atenção até agora.
Naquele momento, quando o número de óbitos chegava a 2000 brasileiras e brasileiros, o ministro da Saúde alertava Bolsonaro para o risco de "colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências à saúde da população".
A mensagem só não precisa ser considerada profética porque os fatos falam por si, com a precisão sustentada pelo conhecimento científico - e ocorreram exatamente como era previsto.
A carta do então ministro Luiz Henrique Mandetta dirigida ao Presidente da República Jair Bolsonaro, com data de 28/3/2020, é uma prova tão contundente que chega a ser espantoso não tenha merecido a máxima atenção até agora.
Naquele momento, quando o número de óbitos chegava a 2000 brasileiras e brasileiros, o ministro da Saúde alertava Bolsonaro para o risco de "colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências à saúde da população".
A mensagem só não precisa ser considerada profética porque os fatos falam por si, com a precisão sustentada pelo conhecimento científico - e ocorreram exatamente como era previsto.
Plano Biden não rompe com o neoliberalismo
Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:
Que o neoliberalismo clássico passa por uma crise, principalmente acentuada pela crise global de 2008, não é muito novidade para ninguém. No entanto, erram aquelas que advogam a existência de uma crise “do” neoliberalismo ao invés de uma crise “no” neoliberalismo. A diferença não é meramente semântica. Quem parte da segunda caracterização consegue melhor compreender que a emergência da nova direita e do neoliberalismo autoritário nada mais é do que uma expressão da própria metamorfose do neoliberalismo, que precisa mudar a forma para manter o conteúdo.
Que o neoliberalismo clássico passa por uma crise, principalmente acentuada pela crise global de 2008, não é muito novidade para ninguém. No entanto, erram aquelas que advogam a existência de uma crise “do” neoliberalismo ao invés de uma crise “no” neoliberalismo. A diferença não é meramente semântica. Quem parte da segunda caracterização consegue melhor compreender que a emergência da nova direita e do neoliberalismo autoritário nada mais é do que uma expressão da própria metamorfose do neoliberalismo, que precisa mudar a forma para manter o conteúdo.
PEC 32: como evitar mais uma contrarreforma
Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:
As primeiras reuniões organizadas pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados (CD) com o propósito de debater a proposta de Reforma Administrativa confirmaram aquilo que os analistas já antecipavam há um bom tempo. Caso não haja uma manifestação organizada da maioria da sociedade e dos especialistas na matéria, a tramitação da PEC 32 deverá obedecer exclusivamente aos interesses do governo e aos compromissos assumidos pelo atual presidente da Casa junto a Bolsonaro.
As primeiras reuniões organizadas pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados (CD) com o propósito de debater a proposta de Reforma Administrativa confirmaram aquilo que os analistas já antecipavam há um bom tempo. Caso não haja uma manifestação organizada da maioria da sociedade e dos especialistas na matéria, a tramitação da PEC 32 deverá obedecer exclusivamente aos interesses do governo e aos compromissos assumidos pelo atual presidente da Casa junto a Bolsonaro.
terça-feira, 4 de maio de 2021
Kajuru revolta as milícias bolsonaristas
Por Altamiro Borges
O atual senador Jorge Kajuru, um franco atirador na política que acaba de trocar de partido – saiu do Cidadania e filiou-se ao Podemos –, irritou as milícias virtuais bolsonaristas nesta semana. Eleito na carona da onda fascistizante no Brasil, da negação da política, o outsider e ex-comentarista esportivo atacou os fanáticos seguidores do “capetão” Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao site Antagonista, que também ajudou a chocar o ovo da serpente no país, Jorge Kajuru debochou dos malucos que foram às ruas em oito capitais para apoiar o presidente-genocida, pedir “intervenção militar com Bolsonaro no poder” e se contrapor às medidas de isolamento social adotadas por governos estaduais no combate à pandemia.
O atual senador Jorge Kajuru, um franco atirador na política que acaba de trocar de partido – saiu do Cidadania e filiou-se ao Podemos –, irritou as milícias virtuais bolsonaristas nesta semana. Eleito na carona da onda fascistizante no Brasil, da negação da política, o outsider e ex-comentarista esportivo atacou os fanáticos seguidores do “capetão” Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao site Antagonista, que também ajudou a chocar o ovo da serpente no país, Jorge Kajuru debochou dos malucos que foram às ruas em oito capitais para apoiar o presidente-genocida, pedir “intervenção militar com Bolsonaro no poder” e se contrapor às medidas de isolamento social adotadas por governos estaduais no combate à pandemia.
Em crise, Grupo Globo muda sua alta cúpula
Por Altamiro Borges
Na quarta-feira passada (28), o Grupo Globo surpreendeu o mundo empresarial e midiático ao promover abrupta mudança na sua alta cúpula. Roberto Irineu Marinho, que ocupava a presidência do Conselho de Administração do império global desde o falecimento de Roberto Marinho, em agosto de 2003, foi substituído no cargo pelo irmão João Roberto Marinho.
Com a troca, aprovada por unanimidade, o herdeiro mais velho passa a ocupar a vice-presidência do conselho, do qual ainda faz parte José Roberto Marinho (também como vice-presidente), o caçula do clã. Paulo Marinho, Roberto Marinho Neto, Alberto Pecegueiro e Jorge Nóbrega são os outros integrantes da direção da empresa.
Na quarta-feira passada (28), o Grupo Globo surpreendeu o mundo empresarial e midiático ao promover abrupta mudança na sua alta cúpula. Roberto Irineu Marinho, que ocupava a presidência do Conselho de Administração do império global desde o falecimento de Roberto Marinho, em agosto de 2003, foi substituído no cargo pelo irmão João Roberto Marinho.
Com a troca, aprovada por unanimidade, o herdeiro mais velho passa a ocupar a vice-presidência do conselho, do qual ainda faz parte José Roberto Marinho (também como vice-presidente), o caçula do clã. Paulo Marinho, Roberto Marinho Neto, Alberto Pecegueiro e Jorge Nóbrega são os outros integrantes da direção da empresa.
O olavete Filipe Martins vai depor na CPI?
Por Altamiro Borges
Os fanáticos seguidores do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho estão preocupados com as investigações que se iniciam na já chamada CPI do Genocídio. Segundo a revista Época, vários olavetes "estão na mira da CPI da Covid". "Um deles é Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais de Jair Bolsonaro".
Segundo a notinha, "o número de admiradores de Olavo de Carvalho na mira da CPI aumenta a cada dia. Filipe Martins engrossou a lista. Já estavam visados Ernesto Araújo, Fábio Wajngarten e o médico Hélio Angotti Neto, nomeado em junho como secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde".
Os fanáticos seguidores do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho estão preocupados com as investigações que se iniciam na já chamada CPI do Genocídio. Segundo a revista Época, vários olavetes "estão na mira da CPI da Covid". "Um deles é Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais de Jair Bolsonaro".
Segundo a notinha, "o número de admiradores de Olavo de Carvalho na mira da CPI aumenta a cada dia. Filipe Martins engrossou a lista. Já estavam visados Ernesto Araújo, Fábio Wajngarten e o médico Hélio Angotti Neto, nomeado em junho como secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde".
Bolsonaristas defendem cloroquina na CPI
Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:
Durante oitiva do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, primeiro a depor na CPI da Covid, que iniciou os trabalhos nesta terça-feira (4), o parlamentar bolsonarista Luiz Carlos Heinze (PP-RS) aproveitou o espaço para defender remédios sem eficácia contra a covid-19, como a cloroquina. A comissão investiga irresponsabilidades cometidas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro ante a pandemia. Enquanto são expostas ações do Planalto que resultaram em mais de 400 mil mortes, senadores de sua base tentam defender o presidente de diferentes formas.
A cremação de Paulo Guedes
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não fosse a inapetência de Jair Bolsonaro para governar, a esta altura Paulo Guedes seria o ex-ministro da Economia e não apenas o ex-superministro que se tornou.
A sucessão de absurdos que vem dizendo nos últimos dias – aliás, só assim consegue alguma manchete em jornais, porque medidas econômicas não consegue adotar – são, certamente, guinchos de desespero.
Guedes perdeu a proteção do “ruim com ele, pior sem ele” que vinha sendo a razão maior de sua permanência no cargo.
A sucessão de absurdos que vem dizendo nos últimos dias – aliás, só assim consegue alguma manchete em jornais, porque medidas econômicas não consegue adotar – são, certamente, guinchos de desespero.
Guedes perdeu a proteção do “ruim com ele, pior sem ele” que vinha sendo a razão maior de sua permanência no cargo.
A luta humanista pela quebra de patentes
Editorial do site Vermelho:
A quebra de patentes das vacinas e medicamentos contra a Covid-19 é essencialmente um debate sobre os destinos da humanidade. Em primeiro lugar, ele tem sentido de urgência, sobretudo em países como o Brasil, vitimado por um verdadeiro caos sanitário decorrente da balbúrdia instalada pelo governo Bolsonaro. Em segundo lugar, porque as conquistas científicas devem servir, antes de tudo, para o progresso social, a melhoria de condições de vida em geral.
A quebra de patentes das vacinas e medicamentos contra a Covid-19 é essencialmente um debate sobre os destinos da humanidade. Em primeiro lugar, ele tem sentido de urgência, sobretudo em países como o Brasil, vitimado por um verdadeiro caos sanitário decorrente da balbúrdia instalada pelo governo Bolsonaro. Em segundo lugar, porque as conquistas científicas devem servir, antes de tudo, para o progresso social, a melhoria de condições de vida em geral.
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