Por André Vieira, no Observatório do Direito à Comunicação:
O direito à comunicação também estará na pauta dos eventos paralelos à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O II Fórum Mundial de Mídia Livre (FMML) acontece nos dias 16 e 17 de junho na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no bairro da Urca. O encontro se baseia em quatro eixos centrais: direito à comunicação; políticas públicas; apropriação tecnológica e movimentos sociais. O Fórum integra a programação da Cúpula dos Povos, que, de 15 a 23 de junho, vai ocupar a capital fluminense com reuniões, encontros, debates e manifestações, entre outras atividades.
Segundo Bia Barbosa, integrante do Intervozes, a convocação do FMML durante a Cúpula dos Povos servirá para que as mídias livres contribuam para a agenda dos movimentos sociais. "Enviaremos propostas e faremos debates com o objetivo de construir uma agenda de luta junto aos movimentos sociais. A comunicação e a cultura como bens da humanidade e devem estar articuladas na defesa da justiça social e ambiental", afirma Bia. A militante acrescenta ainda que a plenária final do FMML aprovará propostas que serão enviadas às assembleias de convergência da Cúpula.
Na Cúpula dos Povos, as mídias livres contribuirão com propostas e debates para fortalecer a agenda dos bens comuns, onde comunicação e cultura são considerados grandes bens da humanidade, indissociáveis da justiça ambiental e social. O direito e a defesa da comunicação devem ser inseridos nos documentos, agendas e propostas dos povos representados por seus movimentos sociais no Rio de Janeiro.
Na programação, além de painéis específicos sobre os eixos temáticos, acontece um debate sobre “Mulher, Mídia e Bens de Consumo”. A tarde do dia 17/06 será ocupada pelas atividades autogestionadas, que foram apresentadas por ativistas e entidades da sociedade civil. A programação completa do II FMML está disponível no site do evento.
A Rede dos Povos
Invisibilizada pela mídia tradicional, a Cúpula dos Povos inaugurou uma rede de produção de mídia compartilhada, a Rede dos Povos. Reunindo meios de comunicação ligados aos movimentos sociais, a iniciativa busca mobilizar o público para o evento e também criar novos mecanismos para distribuir a comunicação com conteúdo crítico, poucas vezes exibido pela corporações midiáticas.
Segundo Monike Mar, jornalista da TV Cúpula, a Rede dos Povos está aberta à participação de coletivos e indivíduos que queiram divulgar suas produções. "Antes da Cúpula, as produções puderam ser enviadas para nossa plataforma na web e assim formar um acervo para ser exibida durante o evento e no nosso site. Nos dias da Cúpula, quem tiver seu material pronto poderá deixar conosco para serem exibidos".
Outra apropriação da comunicação pelos movimentos sociais é a Rádio Cúpula, construída por diversos coletivos de rádio. Porém nem só de materiais prontos vive essa rede. Durante a Cúpula, o Laboratório de Comunicação Compartilhada também auxiliará produtores que queiram finalizar seus projetos no evento. O portal da Cúpula tem um esapaço específico para o envio de conteúdo e integração entre produtores da Rede dos Povos, para conhecer visite o site http://rede.cupuladospovos.org.br .
Cúpula, um contraponto à Rio+20
A cidade do Rio de Janeiro receberá neste período a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O evento tem esse nome por ocorrer 20 anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92. O evento oficial acontecerá bem distante da Cúpula dos Povos, na Barra da Tijuca – região nobre da cidade - entre os dias 13 e 22 de junho no Riocentro.
Marcelo Durão, integrante da Via Campesina e do Grupo de Articulação da Cúpula, afirma que a Rio+20 prioriza o diálogo entre presidentes e grandes empresas. "Avaliamos que a relação hoje na Rio+20 é entre chefes de Estado e grandes corporações. A sociedade ficou de fora desse debate. O diálogo aberto no último momento na verdade é participante e não participativo", denuncia o militante.
Mas não só de debates oficiais vive uma cidade com conflitos sociais. Do outro lado do Rio de Janeiro, ocorrerá paralelamente a Cúpula dos Povos, que reunirá cerca de 15 mil ativistas de todo o mundo no Aterro do Flamengo e em outras regiões da cidade. Ignorada pelos meios de comunicação tradicionais e amplamente divulgado pela mídia contra-hegemônica, a Cúpula tem entre seus eixos a "denúncia das causas estruturais das crises, das falsas soluções e das novas formas de reprodução do capital".
A programação é constituída por diversos espaços autogestionados e traz ainda um momento prático da interação entre os participantes do evento. A iniciativa conhecida como "Territórios do Futuro" é um espaço onde comunidades apresentaram suas soluções para as crises globais.
A Cúpula conta ainda com as plenárias de convergência de propostas, divididas nos em grandes grupos temáticos: Direito, por Justiça Social e Ambiental; Defesa dos Bens Comuns Contra a Mercantilização; Soberania Alimentar; Energia e Indústrias Extrativas; Trabalho: Por uma Outra Economia e Novos Paradigmas de Sociedade. Veja aqui a programação completa no site oficial .
O direito à comunicação também estará na pauta dos eventos paralelos à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O II Fórum Mundial de Mídia Livre (FMML) acontece nos dias 16 e 17 de junho na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no bairro da Urca. O encontro se baseia em quatro eixos centrais: direito à comunicação; políticas públicas; apropriação tecnológica e movimentos sociais. O Fórum integra a programação da Cúpula dos Povos, que, de 15 a 23 de junho, vai ocupar a capital fluminense com reuniões, encontros, debates e manifestações, entre outras atividades.
Segundo Bia Barbosa, integrante do Intervozes, a convocação do FMML durante a Cúpula dos Povos servirá para que as mídias livres contribuam para a agenda dos movimentos sociais. "Enviaremos propostas e faremos debates com o objetivo de construir uma agenda de luta junto aos movimentos sociais. A comunicação e a cultura como bens da humanidade e devem estar articuladas na defesa da justiça social e ambiental", afirma Bia. A militante acrescenta ainda que a plenária final do FMML aprovará propostas que serão enviadas às assembleias de convergência da Cúpula.
Na Cúpula dos Povos, as mídias livres contribuirão com propostas e debates para fortalecer a agenda dos bens comuns, onde comunicação e cultura são considerados grandes bens da humanidade, indissociáveis da justiça ambiental e social. O direito e a defesa da comunicação devem ser inseridos nos documentos, agendas e propostas dos povos representados por seus movimentos sociais no Rio de Janeiro.
Na programação, além de painéis específicos sobre os eixos temáticos, acontece um debate sobre “Mulher, Mídia e Bens de Consumo”. A tarde do dia 17/06 será ocupada pelas atividades autogestionadas, que foram apresentadas por ativistas e entidades da sociedade civil. A programação completa do II FMML está disponível no site do evento.
A Rede dos Povos
Invisibilizada pela mídia tradicional, a Cúpula dos Povos inaugurou uma rede de produção de mídia compartilhada, a Rede dos Povos. Reunindo meios de comunicação ligados aos movimentos sociais, a iniciativa busca mobilizar o público para o evento e também criar novos mecanismos para distribuir a comunicação com conteúdo crítico, poucas vezes exibido pela corporações midiáticas.
Segundo Monike Mar, jornalista da TV Cúpula, a Rede dos Povos está aberta à participação de coletivos e indivíduos que queiram divulgar suas produções. "Antes da Cúpula, as produções puderam ser enviadas para nossa plataforma na web e assim formar um acervo para ser exibida durante o evento e no nosso site. Nos dias da Cúpula, quem tiver seu material pronto poderá deixar conosco para serem exibidos".
Outra apropriação da comunicação pelos movimentos sociais é a Rádio Cúpula, construída por diversos coletivos de rádio. Porém nem só de materiais prontos vive essa rede. Durante a Cúpula, o Laboratório de Comunicação Compartilhada também auxiliará produtores que queiram finalizar seus projetos no evento. O portal da Cúpula tem um esapaço específico para o envio de conteúdo e integração entre produtores da Rede dos Povos, para conhecer visite o site http://rede.cupuladospovos.org.br .
Cúpula, um contraponto à Rio+20
A cidade do Rio de Janeiro receberá neste período a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O evento tem esse nome por ocorrer 20 anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92. O evento oficial acontecerá bem distante da Cúpula dos Povos, na Barra da Tijuca – região nobre da cidade - entre os dias 13 e 22 de junho no Riocentro.
Marcelo Durão, integrante da Via Campesina e do Grupo de Articulação da Cúpula, afirma que a Rio+20 prioriza o diálogo entre presidentes e grandes empresas. "Avaliamos que a relação hoje na Rio+20 é entre chefes de Estado e grandes corporações. A sociedade ficou de fora desse debate. O diálogo aberto no último momento na verdade é participante e não participativo", denuncia o militante.
Mas não só de debates oficiais vive uma cidade com conflitos sociais. Do outro lado do Rio de Janeiro, ocorrerá paralelamente a Cúpula dos Povos, que reunirá cerca de 15 mil ativistas de todo o mundo no Aterro do Flamengo e em outras regiões da cidade. Ignorada pelos meios de comunicação tradicionais e amplamente divulgado pela mídia contra-hegemônica, a Cúpula tem entre seus eixos a "denúncia das causas estruturais das crises, das falsas soluções e das novas formas de reprodução do capital".
A programação é constituída por diversos espaços autogestionados e traz ainda um momento prático da interação entre os participantes do evento. A iniciativa conhecida como "Territórios do Futuro" é um espaço onde comunidades apresentaram suas soluções para as crises globais.
A Cúpula conta ainda com as plenárias de convergência de propostas, divididas nos em grandes grupos temáticos: Direito, por Justiça Social e Ambiental; Defesa dos Bens Comuns Contra a Mercantilização; Soberania Alimentar; Energia e Indústrias Extrativas; Trabalho: Por uma Outra Economia e Novos Paradigmas de Sociedade. Veja aqui a programação completa no site oficial .
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