Por José Dirceu, em seu blog:
A maioria dos analistas políticos já registrou e as pesquisas eleitorais confirmam que os dois principais motivos para a degringolada da candidatura tucana de José Serra (PSDB-DEM-PV) a prefeito este ano - e que praticamente inviabilizaram sua passagem para o 2º turno - são a renúncia dele ao posto em 2006, antes de chegar à metade daquele mandato, e o apoio do prefeito paulistano, Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, hoje PSD), cuja administração é desaprovada por 80% dos paulistanos.
Há outras razões inerentes à dinâmica política, mas decorrentes destas duas principais. São elas que fazem com que 2/3 do eleitorado paulistano continuem a desconfiar que José não cumpriria o mandato até o fim caso se elegesse agora (apesar dele jurar, de novo, o contrário), e com que 85% dos eleitores antecipem que querem mudança e não continuidade da gestão na capital.
São estas duas principais razões, também, que explicam, com uma clareza nítida, cristalina, porque José é o campeão de rejeição nesta disputa, com 43% dos eleitores, segundo o Datafolha, e 42% de acordo com o IBOPE, dizendo que não votam nele "de jeito nenhum".
Mídia tergiversa, sai fazendo outras interpretações
Nossa mídia, no entanto, tergiversa na questão, dá voltas e faz mil malabarismos editoriais para não atribuir a José Serra sua própria rejeição. E aí, tome interpretações, de que José está mal nas pesquisas e inviabilizou-se porque o adversário do PRB, ex-deputado Celso Russomanno, "consolidou" sua posição. Esta não é correta. As pesquisas mostram que Russomanno ainda tem 24% de seus votos entre a massa de eleitores petistas que não sabe que o candidato do PT é o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad.
Ou ainda - outra razão que apontam - que o eleitor identifica em Russomanno o anti-Kassab no pleito deste ano, o que também não é absolutamente exato. O eleitor que quer votar contra o atual prefeito este ano ainda desconhece que este candidato está no outro lado do espectro político, que o anti-Kassab é Fernando Haddad. E desconhece porque até o início da propaganda no rádio e TV, há duas semanas, 45% dos eleitores ainda não sabiam que Haddad é o candidato do PT.
Mas, nessa linha editorial e com esse noticiário, a imprensa evita ao máximo (e como pode) mostrar que ao contrário da "consolidação" que teria sido atingida por alguns candidatos, Fernando Haddad pode e vai crescer no eleitorado do PT que tende a migrar de Russomanno para o candidato petista, já que é eleitor tradicional do PT.
Crescer com o apoio de Lula, Dilma e Marta
E vai subir, também, com sua exposição na propaganda na mídia eletrônica e com o apoio dos eleitores que aprovam os presidentes Lula e Dilma Rousseff e a senadora Marta Suplicy (PT-SP), todos empenhados na campanha de Fernando Haddad.
Enquanto isso começa a ocorrer, a mídia segue sua linha editorial escapista. Não expõe, ou pelo menos não dá ênfase, às duas principais razões que levam à alta rejeição a José Serra, e nem às possibilidades de crescimento de Haddad.
É a maneira dela (mídia) de isentar José da rejeição própria acima dos 40% e de manter, ainda que de forma indireta e velada, todo o apoio que sempre deu ao candidato tucano.
A maioria dos analistas políticos já registrou e as pesquisas eleitorais confirmam que os dois principais motivos para a degringolada da candidatura tucana de José Serra (PSDB-DEM-PV) a prefeito este ano - e que praticamente inviabilizaram sua passagem para o 2º turno - são a renúncia dele ao posto em 2006, antes de chegar à metade daquele mandato, e o apoio do prefeito paulistano, Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, hoje PSD), cuja administração é desaprovada por 80% dos paulistanos.
Há outras razões inerentes à dinâmica política, mas decorrentes destas duas principais. São elas que fazem com que 2/3 do eleitorado paulistano continuem a desconfiar que José não cumpriria o mandato até o fim caso se elegesse agora (apesar dele jurar, de novo, o contrário), e com que 85% dos eleitores antecipem que querem mudança e não continuidade da gestão na capital.
São estas duas principais razões, também, que explicam, com uma clareza nítida, cristalina, porque José é o campeão de rejeição nesta disputa, com 43% dos eleitores, segundo o Datafolha, e 42% de acordo com o IBOPE, dizendo que não votam nele "de jeito nenhum".
Mídia tergiversa, sai fazendo outras interpretações
Nossa mídia, no entanto, tergiversa na questão, dá voltas e faz mil malabarismos editoriais para não atribuir a José Serra sua própria rejeição. E aí, tome interpretações, de que José está mal nas pesquisas e inviabilizou-se porque o adversário do PRB, ex-deputado Celso Russomanno, "consolidou" sua posição. Esta não é correta. As pesquisas mostram que Russomanno ainda tem 24% de seus votos entre a massa de eleitores petistas que não sabe que o candidato do PT é o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad.
Ou ainda - outra razão que apontam - que o eleitor identifica em Russomanno o anti-Kassab no pleito deste ano, o que também não é absolutamente exato. O eleitor que quer votar contra o atual prefeito este ano ainda desconhece que este candidato está no outro lado do espectro político, que o anti-Kassab é Fernando Haddad. E desconhece porque até o início da propaganda no rádio e TV, há duas semanas, 45% dos eleitores ainda não sabiam que Haddad é o candidato do PT.
Mas, nessa linha editorial e com esse noticiário, a imprensa evita ao máximo (e como pode) mostrar que ao contrário da "consolidação" que teria sido atingida por alguns candidatos, Fernando Haddad pode e vai crescer no eleitorado do PT que tende a migrar de Russomanno para o candidato petista, já que é eleitor tradicional do PT.
Crescer com o apoio de Lula, Dilma e Marta
E vai subir, também, com sua exposição na propaganda na mídia eletrônica e com o apoio dos eleitores que aprovam os presidentes Lula e Dilma Rousseff e a senadora Marta Suplicy (PT-SP), todos empenhados na campanha de Fernando Haddad.
Enquanto isso começa a ocorrer, a mídia segue sua linha editorial escapista. Não expõe, ou pelo menos não dá ênfase, às duas principais razões que levam à alta rejeição a José Serra, e nem às possibilidades de crescimento de Haddad.
É a maneira dela (mídia) de isentar José da rejeição própria acima dos 40% e de manter, ainda que de forma indireta e velada, todo o apoio que sempre deu ao candidato tucano.
1 comentários:
"Mídia e as razões da rejeição a Serra", Ora, Zé Dirceu, se a gente pensar todos os tucanos que não se submetem ao Serra, estão dando uma ajuda de COVEIRO para enterrar a carreira politica do SSerra.
FHC, Alkmin, Jereissate, Arthur V., Anibal, Alvaro Dias. Eugênio.
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