terça-feira, 23 de abril de 2013

Novos partidos e hipocrisia da oposição

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por José Dirceu, em seu blog:

Continua a hipocrisia da oposição, dos novos e antigos oposicionistas, em relação ao projeto que proíbe levar tempo de rádio e TV e dinheiro do fundo partidário para novos partidos. O projeto em avaliação há meses, de autoria do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), foi aprovado em primeiro turno na Câmara na semana passada e continua sua tramitação.

Ele encerra o mercado aberto de mandatos e partidos estabelecido quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em decisão referendada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quebrou a fidelidade partidária e estabeleceu que parlamentar que muda de partido pode levar para o novo o tempo de rádio e TV e a parcela correspondente do fundo partidário.

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, fez declarações a respeito: "(Com o projeto) querem esvaziar uma candidatura de Marina (presidenciável ex-senadora Marina Silva) e esvaziar minha possível candidatura. Ou seja, querem anular a eleição (2014). Quando conseguirem isso, vão partir para cima dos Estados e arrasar as candidaturas adversárias em Minas, São Paulo e Pernambuco".

Resposta vem de uma voz insuspeita

Em meio a equívocos e distorções - o mais aberrante deles, a história de que o projeto proíbe a criação de partidos, quando ela nem trata disso - uma voz insuspeita veio desmascarar os fariseus: o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente nacional de seu partido, lembrou bem que quando da criação do PSD, partido do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab, os que hoje criticam ou se omitiram ou se aproveitaram para disputar deputados do DEM.

A verdade é que a decisão do STF autorizando o parlamentar que muda para um partido nascido da fusão, ou para um novo, levar tempo de rádio e TV e fundo partidário foi um gravíssimo erro. Enterrou a fidelidade partidária que essa mesma Corte garantira, para depois flexibilizar autorizando a mudança por perseguição, autorização do partido de origem, mudança de programa (sic) e ingresso em legenda resultante de fusão ou que seja um novo partido.

Como vemos, o casuísmo não é privilegio apenas dos que agora se opõem ao projeto Edinho Araujo.

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