Por Renato Rabelo, em seu blog:
O Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) cumpriu com o previsto desde o dia 18 de dezembro de 2013, anunciando mais uma rodada de retirada dos estímulos monetários à economia americana abalada pela crise de 2007/2008. A compra de bônus mensal caiu de US$ 75 bilhões para US$ 65 bilhões. Segundo o Fed, a gradual retirada dos estímulos corresponde a uma resposta à melhora das condições de crescimento do PIB e geração de empregos nos EUA.
Os impactos no mundo desta política são imensos - inclusive no Brasil - que agora deve sentir o reverso da moeda. Ou seja, se a nossa moeda passou por um processo de grande valorização no período da chamada “guerra cambial”, passará (já está passando) por uma desvalorização que, diga-se de passagem, pode ser boa se for administrada de forma planificada.
Essa orientação da política monetária dos EUA é o sinal verde para ataques especulativos contra moedas de países em desenvolvimento que, por sua vez, respondem – na maioria dos casos – a mais esta chantagem do capital financeiro internacional com o aumento de suas taxas de juros. Têm sido assim com o Brasil, seguido de Turquia, África do Sul e Índia. É pedagógico o atual momento do mundo diante da mudança da política monetária do imperialismo. Este movimento demonstra a força do capital financeiro como classe dominante internacional.
E quando esse sinal verde do Fed se transforma em arma política, ocorre o que está acontecendo na Argentina. A Argentina tem sido vítima diária de ataques especulativos contra sua moeda. Gasolina na fogueira daqueles que sabem muito bem que a destruição de um país passa – necessariamente – pela destruição de sua moeda. Interessante é que lá e cá, o campo conservador utiliza-se da desvalorização da moeda para fins de ganho e de fôlego político. A pauta é sempre a mesma: o fantasma da inflação. O remédio é sempre o mesmo: aumento da taxa de juros. O resultado, também, é sempre o mesmo: manutenção de ganhos por parte da oligarquia financeira.
Já o Brasil deveria aproveitar essa conjuntura para recolocar a taxa de câmbio em seu devido lugar de indutora de exportações e desestimuladora de importações. Mas mesmo isso acontecendo não é suficiente para atestar que um país das dimensões do Brasil não possa ter uma política monetária que dependa do que acontece nos EUA na linha de salvar o capital financeiro em crise As coisas devem ficar claras ao ponto de se buscar uma convergência estratégica em torno de uma política cambial mais administrada e menos exposta às leis da oferta e procura. Porém, o caminho é por demais longo. Precisamos nos livrar da tutela dos círculos financeiros americanos que impedem que nosso país deslanche de verdade.
O Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) cumpriu com o previsto desde o dia 18 de dezembro de 2013, anunciando mais uma rodada de retirada dos estímulos monetários à economia americana abalada pela crise de 2007/2008. A compra de bônus mensal caiu de US$ 75 bilhões para US$ 65 bilhões. Segundo o Fed, a gradual retirada dos estímulos corresponde a uma resposta à melhora das condições de crescimento do PIB e geração de empregos nos EUA.
Os impactos no mundo desta política são imensos - inclusive no Brasil - que agora deve sentir o reverso da moeda. Ou seja, se a nossa moeda passou por um processo de grande valorização no período da chamada “guerra cambial”, passará (já está passando) por uma desvalorização que, diga-se de passagem, pode ser boa se for administrada de forma planificada.
Essa orientação da política monetária dos EUA é o sinal verde para ataques especulativos contra moedas de países em desenvolvimento que, por sua vez, respondem – na maioria dos casos – a mais esta chantagem do capital financeiro internacional com o aumento de suas taxas de juros. Têm sido assim com o Brasil, seguido de Turquia, África do Sul e Índia. É pedagógico o atual momento do mundo diante da mudança da política monetária do imperialismo. Este movimento demonstra a força do capital financeiro como classe dominante internacional.
E quando esse sinal verde do Fed se transforma em arma política, ocorre o que está acontecendo na Argentina. A Argentina tem sido vítima diária de ataques especulativos contra sua moeda. Gasolina na fogueira daqueles que sabem muito bem que a destruição de um país passa – necessariamente – pela destruição de sua moeda. Interessante é que lá e cá, o campo conservador utiliza-se da desvalorização da moeda para fins de ganho e de fôlego político. A pauta é sempre a mesma: o fantasma da inflação. O remédio é sempre o mesmo: aumento da taxa de juros. O resultado, também, é sempre o mesmo: manutenção de ganhos por parte da oligarquia financeira.
Já o Brasil deveria aproveitar essa conjuntura para recolocar a taxa de câmbio em seu devido lugar de indutora de exportações e desestimuladora de importações. Mas mesmo isso acontecendo não é suficiente para atestar que um país das dimensões do Brasil não possa ter uma política monetária que dependa do que acontece nos EUA na linha de salvar o capital financeiro em crise As coisas devem ficar claras ao ponto de se buscar uma convergência estratégica em torno de uma política cambial mais administrada e menos exposta às leis da oferta e procura. Porém, o caminho é por demais longo. Precisamos nos livrar da tutela dos círculos financeiros americanos que impedem que nosso país deslanche de verdade.
1 comentários:
Pura ilusão que qualquer país possa viver num mundo sem sofrer as consequencias boas e ruins do que acontece nos EUA. Disso tudo se tira que não foi o real que se valorizou ante o dolar mas sim o dolar que se desvalorizou sozinho. Agora, com as retiradas dos estímulas, dona Dilma e o senhor Luis Inácio vão sofrer para segurar o dolar. Tiro por mim que em março do ano passado comprei a dois reais, em agosto a dois e dezenove, em dezembro a dois e cinquenta e ontem, 31/01, a dois e sessenta. Pelo visto vou ter que reduzir minhas compras no meu carnaval nos EUA. Registre-se que, ainda assim, vão ser dez dias que ficaram muito mais em conta do que dez dias na cidade maravilhosa....
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