sábado, 1 de fevereiro de 2014

O beijo do Félix e o preconceito

Por Renato Rovai, em seu blog:

Eu estava achando essa história do beijo gay numa novela da Globo uma grande bobagem. E talvez de fato fosse uma grande bobagem. Mas, quando estava pegando mais uma cerveja na geladeira, dona Clô, que está aqui em casa, gritou: beijou, beijou.

E de repente ouvi gente gritando tanto do bar que fica aqui do lado de casa como dos apartamentos próximos que assistiam a novela nesta vila que chamam de Madalena.

A Globo que tanto relutou acabou colocando no ar uma bicoquinha de dois homens. Uma coisa assim sem nenhuma sensualidade. Quase igual ao beijo que o Émerson Sheik, do Corinthians, deu num amigo dele dia desses. E que um bando de idiotas criticou.

Mas pelo jeito as pessoas trataram como um rito de passagem. Se na vila que chamam de madalena, num dos cantos mais boêmios e descolados de São Paulo, a bicoquinha rendeu gritos. Pelo Brasil afora deve estar proporcionando mil conversas. Mil debates. Mil histórias.

Que seja mais um passo na nossa luta a favor da paz e dos direitos humanos.

A luta LGBT é isso. Nada mais que isso. Não é a favor e nem contra nada. É de direitos humanos.

E o nome da novela é sugestivo: amor à vida. É disso que se trata, no caso da luta LGBT.

Mesmo que a novela tenha sido uma droga, valeu pela bicoquinha.

2 comentários:

GABRIEL BIRKHANN disse...

vida.vida. seja do jeito que for...

Luisa disse...

Com beijo ou sem, aliás, houve um beijo gay no SBT em 2011 entre a Luciana Vendramini e outra atriz, continuo achando a Globo uma bosta e continuando achando que a sua concessão pública deve ser caçada, claro, não pelo beijo, mas pelas falcatruas que comete desde antes 1964 contra o povo e a cultura do país. Afinal, cadê o Darf?