Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
Num dos cenários propostos pelo Datafolha, em que concorrem os três tucanos, Sérgio Moro aparece à frente de Serra, e Bolsonaro tem mais votos que Alckmin.
Temer e Caiado – que recebem generosos holofotes da mídia, para berrar pela derrubada de Dilma – adquirem na pesquisa sua verdadeira estatura: são anões políticos, que aparecem com algo entre 1% e 2%, embolados com Luciana Genro.
Algumas conclusões:
- O PSDB, que já perdera as ruas para a direita de Bolsonaro/Moro no dia 13 de março, agora perde também as urnas;
- Marina pode, sim, surfar na onda da anti-política (mas é surpreendente que, poupada ao longo dos últimos meses, apareça atrás de Lula em vários cenários);
- Lula é o único líder popular com lastro para se manter na luta, mesmo enfrentando a máquina midiática da família Marinho e a perseguição jurídica de Moro/Gilmar/Janot.
Para completar o cenário trágico para a oposição: o apoio ao impeachment caiu de 68% para 61% neste último mês. Ou seja, a reação nas universidades, nas ruas, nas escolas e nas redes sociais deu resultado: o povo começa a perceber que há um golpe em curso.
Reparem que 61% de apoio é pouco, quando se sabe que o impeachment necessita de 2/3 dos votos no Congresso para prosperar. O apoio na sociedade está abaixo disso.
E mais: 58% dos entrevistados pelo Datafolha são favoráveis também à derrubada de Temer (número quase idêntico ao dos que pedem impeachment de Dilma). Ou seja: o jogo empatou. Temer não é alternativa a Dilma – clique aqui para saber mais.
Isso tudo tem importância na definição dos votos de parlamentares ainda indecisos ao longo desta semana. Agora, eles devem avaliar: vale a pena derrubar Dilma, num golpe que manchará a democracia, para colocar no lugar um anão político da estatura de Temer? O vice decorativo não tem votos e é tão rejeitado quanto Dilma (apesar de todo apoio que lhe presta a mídia).
De outro lado, surge a figura de Lula. É impressionante que Lula cresça no meio dessa tempestade. Para Aécio/Temer/FHC/Cunha/Skaf/Globo deve ser assustador ver que não mataram o inimigo. Ao contrário: a ação desastrada da direita mobilizou movimentos sociais e colocou o bloco lulista de novo na rua.
O petista mostra, com essa reação, que tem lastro para se transformar em expectativa de poder futuro. E isso é vital na política.
Quem pode ser poder, com apoio do povo? Temer? Ou Lula? FHC ou Lula?
Claro que os parlamentares indecisos serão constrangidos a votar contra Dilma. A máquina midiática e as falanges fascistas do MBL e outros seguirão atuando. Diante disso, parece claro que dificilmente o governo contará com mais de 140 ou 150 votos (se tanto) em plenário, para votar “Não” ao impeachment.
Mas podem acreditar: essa pesquisa DataFolha facilita a decisão de um número grande de parlamentares de centro-direita que darão apoio ao governo de forma indireta, faltando à sessão do dia 17 de abril – o que significará a derrota do impeachment.
Minha aposta hoje é de que a oposição consiga 300 a 320 votos. E o governo, cerca de 140/150. O quadro se completaria com 50/60 abstenções e/ou ausências.
O cenário indicado pelo DataFolha deve levar Moro/Cunha/Globo e parte da direita que embarcou no golpe a adotarem ações ainda mais tresloucadas nos próximos dias.
Vamos à lista de maldades e loucuras golpistas ainda por vir:
- Sindicalistas com quem falei nos últimos dias esperam, para segunda ou terça, uma ação espetaculosa de Moro contra centrais sindicais, tentando intimidar aqueles que articulam a resistência ao golpe de Cunha;
- O plenário do STF pode endossar esta semana o veto de Gilmar/Janot a Lula no ministério (o que será inócuo, já que o ex-presidente seguirá articulando os votos contra o impeachment); mas a decisão jogaria Lula de volta a Curitiba e em tese abriria caminho para uma ação do juiz das camisas negras, na véspera da votação;
- Revistas semanais devem antecipar suas edições para quarta ou quinta, fornecendo material para que a Globo faça barulho em seus telejornais;
- A Globo vai quebrar sua programação e transmitir a sessão do golpe comandado por Cunha no dia 17.
É o que alguns tucanos chamam de “a tempestade final”.
A essa altura, PSDB/Globo/Moro/Temer estão numa trilha sem volta.
Só o golpe salva essa gente.
No voto, terão que enfrentar um Lula que volta a crescer. Ou terão que se acertar com Marina.
Serra/Aécio/Temer: essa turma está morta no voto popular.
E minha aposta é de que o golpe será derrotado no dia 17. Por margem estreita.
Será preciso ter sangue frio e capacidade de resistência para aguentar a tempestade passar.
Dia 18 teremos um país ainda dividido, mas com uma direita definitivamente nas mãos dos Kataguris, Bolsonaros e Moros. O golpe de Cunha pode ser o canto do cisne para tucanos e peemedebistas.
O Brasil terá que decidir entre uma centro-esquerda renovada, ainda sob comando de Lula/Dilma, e uma nova direita alucinada. O PSDB vai cuidar de merendas e trens em São Paulo. E Temer voltará a ser o anão político, o mordomo de filme de terror.
Abaixo, mais números que devem fazer Ali Kamel, Merval Pereira e Serra arrancarem a calça pela cabeça ao longo das próximas horas…
A pesquisa Datafolha publicada neste fim-de-semana, a sete dias da votação do impeachment, é um balde de água fria para a oposição.
Depois de sofrer a mais dura campanha midiática movida contra um líder popular, desde o suicídio de Vargas em 1954, Lula é quem sobe em todos os cenários eleitorais. Ele e Marina lideram em todos os cenários. E o que é mais trágico para o PSDB: Aécio, Serra e Alckmin desabam nas intenções de voto.
Depois de sofrer a mais dura campanha midiática movida contra um líder popular, desde o suicídio de Vargas em 1954, Lula é quem sobe em todos os cenários eleitorais. Ele e Marina lideram em todos os cenários. E o que é mais trágico para o PSDB: Aécio, Serra e Alckmin desabam nas intenções de voto.
Num dos cenários propostos pelo Datafolha, em que concorrem os três tucanos, Sérgio Moro aparece à frente de Serra, e Bolsonaro tem mais votos que Alckmin.
Temer e Caiado – que recebem generosos holofotes da mídia, para berrar pela derrubada de Dilma – adquirem na pesquisa sua verdadeira estatura: são anões políticos, que aparecem com algo entre 1% e 2%, embolados com Luciana Genro.
Algumas conclusões:
- O PSDB, que já perdera as ruas para a direita de Bolsonaro/Moro no dia 13 de março, agora perde também as urnas;
- Marina pode, sim, surfar na onda da anti-política (mas é surpreendente que, poupada ao longo dos últimos meses, apareça atrás de Lula em vários cenários);
- Sem estrutura nem holofotes, Ciro se consolida como alternativa, e mostra ter viabilidade eleitoral como nome de centro-esquerda;
- Lula é o único líder popular com lastro para se manter na luta, mesmo enfrentando a máquina midiática da família Marinho e a perseguição jurídica de Moro/Gilmar/Janot.
Para completar o cenário trágico para a oposição: o apoio ao impeachment caiu de 68% para 61% neste último mês. Ou seja, a reação nas universidades, nas ruas, nas escolas e nas redes sociais deu resultado: o povo começa a perceber que há um golpe em curso.
Reparem que 61% de apoio é pouco, quando se sabe que o impeachment necessita de 2/3 dos votos no Congresso para prosperar. O apoio na sociedade está abaixo disso.
E mais: 58% dos entrevistados pelo Datafolha são favoráveis também à derrubada de Temer (número quase idêntico ao dos que pedem impeachment de Dilma). Ou seja: o jogo empatou. Temer não é alternativa a Dilma – clique aqui para saber mais.
Isso tudo tem importância na definição dos votos de parlamentares ainda indecisos ao longo desta semana. Agora, eles devem avaliar: vale a pena derrubar Dilma, num golpe que manchará a democracia, para colocar no lugar um anão político da estatura de Temer? O vice decorativo não tem votos e é tão rejeitado quanto Dilma (apesar de todo apoio que lhe presta a mídia).
De outro lado, surge a figura de Lula. É impressionante que Lula cresça no meio dessa tempestade. Para Aécio/Temer/FHC/Cunha/Skaf/Globo deve ser assustador ver que não mataram o inimigo. Ao contrário: a ação desastrada da direita mobilizou movimentos sociais e colocou o bloco lulista de novo na rua.
O petista mostra, com essa reação, que tem lastro para se transformar em expectativa de poder futuro. E isso é vital na política.
Quem pode ser poder, com apoio do povo? Temer? Ou Lula? FHC ou Lula?
Claro que os parlamentares indecisos serão constrangidos a votar contra Dilma. A máquina midiática e as falanges fascistas do MBL e outros seguirão atuando. Diante disso, parece claro que dificilmente o governo contará com mais de 140 ou 150 votos (se tanto) em plenário, para votar “Não” ao impeachment.
Mas podem acreditar: essa pesquisa DataFolha facilita a decisão de um número grande de parlamentares de centro-direita que darão apoio ao governo de forma indireta, faltando à sessão do dia 17 de abril – o que significará a derrota do impeachment.
Minha aposta hoje é de que a oposição consiga 300 a 320 votos. E o governo, cerca de 140/150. O quadro se completaria com 50/60 abstenções e/ou ausências.
O cenário indicado pelo DataFolha deve levar Moro/Cunha/Globo e parte da direita que embarcou no golpe a adotarem ações ainda mais tresloucadas nos próximos dias.
Vamos à lista de maldades e loucuras golpistas ainda por vir:
- Sindicalistas com quem falei nos últimos dias esperam, para segunda ou terça, uma ação espetaculosa de Moro contra centrais sindicais, tentando intimidar aqueles que articulam a resistência ao golpe de Cunha;
- O plenário do STF pode endossar esta semana o veto de Gilmar/Janot a Lula no ministério (o que será inócuo, já que o ex-presidente seguirá articulando os votos contra o impeachment); mas a decisão jogaria Lula de volta a Curitiba e em tese abriria caminho para uma ação do juiz das camisas negras, na véspera da votação;
- Revistas semanais devem antecipar suas edições para quarta ou quinta, fornecendo material para que a Globo faça barulho em seus telejornais;
- A Globo vai quebrar sua programação e transmitir a sessão do golpe comandado por Cunha no dia 17.
É o que alguns tucanos chamam de “a tempestade final”.
A essa altura, PSDB/Globo/Moro/Temer estão numa trilha sem volta.
Só o golpe salva essa gente.
No voto, terão que enfrentar um Lula que volta a crescer. Ou terão que se acertar com Marina.
Serra/Aécio/Temer: essa turma está morta no voto popular.
E minha aposta é de que o golpe será derrotado no dia 17. Por margem estreita.
Será preciso ter sangue frio e capacidade de resistência para aguentar a tempestade passar.
Dia 18 teremos um país ainda dividido, mas com uma direita definitivamente nas mãos dos Kataguris, Bolsonaros e Moros. O golpe de Cunha pode ser o canto do cisne para tucanos e peemedebistas.
O Brasil terá que decidir entre uma centro-esquerda renovada, ainda sob comando de Lula/Dilma, e uma nova direita alucinada. O PSDB vai cuidar de merendas e trens em São Paulo. E Temer voltará a ser o anão político, o mordomo de filme de terror.
Abaixo, mais números que devem fazer Ali Kamel, Merval Pereira e Serra arrancarem a calça pela cabeça ao longo das próximas horas…
1 comentários:
O povo está vendo a perseguição covarde que o Lula vem sofrendo por parte da Globo golpista.
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