Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Li e não gostei de ter lido uma afirmação caluniosa contra Marielle Franco espalhada por uma desembargadora do Rio de Janeiro.
Você sabe do que estou falando. Se não sabe, aviso que não vou reproduzir a "notícia" aqui porque se trata de uma mercadoria que não atende aos critérios básicos que alimentam essa atividade difícil e perigosa chamada jornalismo.
Sabemos que as mentiras costumam grudar na reputação de uma pessoa - ainda mais, quando ela já não tem qualquer possibilidade de se defender. Seu efeito perverso costuma ser duradouro, porém.
Mesmo depois de esclarecidas em detalhe, geram dúvidas que passam a fazer parte da biografia pública de quem foi atingido, gerando questionamentos, injustos e imerecidos, sobre sua personalidade. Funcionam como uma sombra, sempre a seu lado, para comprometer seu valor.
Por essa razão, o arquivo morto dos bons jornais do mundo inteiro guarda uma bela coleção de matérias não-publicados. Em alguns casos, elas não vieram a público em função de interesses menores, o que é ruim. Em outros, porque traziam uma história sem consistência, o que é bom.
Não há dúvida que estamos assistindo a uma primeira tentativa de destruir a reputação de Marielle Franco. Outras virão, como parte essencial do esforço para enfraquecer a mobilização necessária para se esclarecer as responsabilidades sobre seu assassinato.
Não acho que é preciso fazer parte disso. E acho que meus colegas jornalistas deveriam fazer o mesmo num caso como este e nada publicar até que se tivesse - se é que isso irá ocorrer um dia - um grau razoável de certeza a respeito de afirmações gravíssimas divulgadas por uma personagem acomodada num dos mais altos postos da magistratura brasileira.
A única notícia confirmada é que Marilia Castro Neves - este é o nome da desembargadora - usou o face book para dizer, entre outras coisas, que Marielle Franco é um "cadáver tão comum quanto qualquer outro".
Você entendeu aonde ela quer chegar, certo?
Li e não gostei de ter lido uma afirmação caluniosa contra Marielle Franco espalhada por uma desembargadora do Rio de Janeiro.
Você sabe do que estou falando. Se não sabe, aviso que não vou reproduzir a "notícia" aqui porque se trata de uma mercadoria que não atende aos critérios básicos que alimentam essa atividade difícil e perigosa chamada jornalismo.
Sabemos que as mentiras costumam grudar na reputação de uma pessoa - ainda mais, quando ela já não tem qualquer possibilidade de se defender. Seu efeito perverso costuma ser duradouro, porém.
Mesmo depois de esclarecidas em detalhe, geram dúvidas que passam a fazer parte da biografia pública de quem foi atingido, gerando questionamentos, injustos e imerecidos, sobre sua personalidade. Funcionam como uma sombra, sempre a seu lado, para comprometer seu valor.
Por essa razão, o arquivo morto dos bons jornais do mundo inteiro guarda uma bela coleção de matérias não-publicados. Em alguns casos, elas não vieram a público em função de interesses menores, o que é ruim. Em outros, porque traziam uma história sem consistência, o que é bom.
Não há dúvida que estamos assistindo a uma primeira tentativa de destruir a reputação de Marielle Franco. Outras virão, como parte essencial do esforço para enfraquecer a mobilização necessária para se esclarecer as responsabilidades sobre seu assassinato.
Não acho que é preciso fazer parte disso. E acho que meus colegas jornalistas deveriam fazer o mesmo num caso como este e nada publicar até que se tivesse - se é que isso irá ocorrer um dia - um grau razoável de certeza a respeito de afirmações gravíssimas divulgadas por uma personagem acomodada num dos mais altos postos da magistratura brasileira.
A única notícia confirmada é que Marilia Castro Neves - este é o nome da desembargadora - usou o face book para dizer, entre outras coisas, que Marielle Franco é um "cadáver tão comum quanto qualquer outro".
Você entendeu aonde ela quer chegar, certo?
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