Por Pedro Estevam Serrano
Marielle não era ex de Marcinho VP.
Não teve sua campanha bancada por organização criminosa, como atesta, inclusive, o Procurador competente para investigar essas coisas.
Não teve filho aos 16 anos.
Era sim negra.
Foi sim eleita pela população negra e pobre dos morros cariocas, o único tipo de gente, segundo um Nazareno que viveu a cerca de 2000 anos atrás, que realmente pode ser chamada de “gente de bem” (lembra um papo de uma agulha e de um camelo?).
Não era um cadáver qualquer, primeiro porque nenhum cadáver de mulher negra e jovem é “qualquer” , segundo porque foi morta por razão política, a vitima é um país, uma esperança de vida mais livre e mais igual para milhões de pessoas.
A vítima é a esperança de mudança, numa humanidade que a imensa maioria de seus indivíduos, na história da vida humana na Terra, bilhões e bilhões de seres, só conheceu a existência como carência, dor, sofrimento , sacrifício, exploração e violência.
Quem anda falando coisas que buscam desqualificar Marielle (que já não esta ai para se defender) e os que ela representava, não é gente divergindo, é gente que encarna o que Arendt chamava de mal extremo, gente a ser combatida, sempre e por todos os tempos.
Eles falam de jeito viril e simplificador das complexidades da vida, tem um ar de empáfia que caracteriza os que se acham superiores moralmente a nós, embora afirmem e gostem das maiores imoralidades que a história já conheceu . Tem a arrogância viril dos que se sabem protegidos das desgraças do diferente , mas que esconde sua imensa covardia.
Herdeiros dos Senhores da Guerra, dos Inquisidores feminicidas, dos Senhores de Escravos, dos Governantes despóticos, dos que a mitologia cristã chamava Sabnock ou Saleos , de Jurará-açu e Pirarucu da mitologia tupi-guarani e Loki da mitologia germânica, dos genocidas dos descobrimentos, de todos os genocidas , dos que que a ciência chama de sociopatas, dos nazi-fascistas, dos militares ditadores ,dos torturadores de todos os tempos, de todo o mal extremo que sempre habitou o humano.
Gente de cargos importantes, protegidos de qualquer mal, com títulos, pompas, as vezes togas, as vezes ternos, as vezes uniformes, punhos de renda e mãos sempre sujas de sangue.
Marielle não era ex de Marcinho VP.
Não teve sua campanha bancada por organização criminosa, como atesta, inclusive, o Procurador competente para investigar essas coisas.
Não teve filho aos 16 anos.
Era sim negra.
Foi sim eleita pela população negra e pobre dos morros cariocas, o único tipo de gente, segundo um Nazareno que viveu a cerca de 2000 anos atrás, que realmente pode ser chamada de “gente de bem” (lembra um papo de uma agulha e de um camelo?).
Não era um cadáver qualquer, primeiro porque nenhum cadáver de mulher negra e jovem é “qualquer” , segundo porque foi morta por razão política, a vitima é um país, uma esperança de vida mais livre e mais igual para milhões de pessoas.
A vítima é a esperança de mudança, numa humanidade que a imensa maioria de seus indivíduos, na história da vida humana na Terra, bilhões e bilhões de seres, só conheceu a existência como carência, dor, sofrimento , sacrifício, exploração e violência.
Quem anda falando coisas que buscam desqualificar Marielle (que já não esta ai para se defender) e os que ela representava, não é gente divergindo, é gente que encarna o que Arendt chamava de mal extremo, gente a ser combatida, sempre e por todos os tempos.
Eles falam de jeito viril e simplificador das complexidades da vida, tem um ar de empáfia que caracteriza os que se acham superiores moralmente a nós, embora afirmem e gostem das maiores imoralidades que a história já conheceu . Tem a arrogância viril dos que se sabem protegidos das desgraças do diferente , mas que esconde sua imensa covardia.
Herdeiros dos Senhores da Guerra, dos Inquisidores feminicidas, dos Senhores de Escravos, dos Governantes despóticos, dos que a mitologia cristã chamava Sabnock ou Saleos , de Jurará-açu e Pirarucu da mitologia tupi-guarani e Loki da mitologia germânica, dos genocidas dos descobrimentos, de todos os genocidas , dos que que a ciência chama de sociopatas, dos nazi-fascistas, dos militares ditadores ,dos torturadores de todos os tempos, de todo o mal extremo que sempre habitou o humano.
Gente de cargos importantes, protegidos de qualquer mal, com títulos, pompas, as vezes togas, as vezes ternos, as vezes uniformes, punhos de renda e mãos sempre sujas de sangue.
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