Por Antônio Augusto de Queiroz, no site do Diap:
As redes sociais terão influência fundamental neste pleito, tanto em razão da escassez de recursos, quanto em função da redução do tempo de campanha. No 1º caso para executar meios de arrecadação de recursos de campanha, como a vaquinha virtual, doação eletrônica ou financiamento coletivo (crowdfunding). No 2º para projetar ou multiplicar a presença e visibilidade do candidato.
Hoje no Brasil, mais metade da população acessa as redes sociais. São usuários ativos no Facebook, WhatsApp, Instagram e outros aplicativos de comunicação segmentada. O ingresso dos chamados políticos e candidatos nesses meios tornou-se recorrente e, por ser área relativamente nova, a maioria deles tropeça em erros comuns
Para evitar erros na campanha, vale a pena o candidato considerar os conselhos do especialista em mídias sociais, Alek Maracajá, da empresa da Paraíba Ativaweb Group, em relação aos equívocos mais comuns que os chamados políticos cometem nas redes sociais durante o processo eleitoral. Vejamos os 5 principais:
Estratégia de relacionamento. São 2 as atitudes muito comuns: deixar 1 usuário falando sozinho e não saber lidar com críticas e reclamações. Resultado: crises e mais crises.
O que fazer?
Ao se relacionar com 1 candidato em 1 mídia social, o usuário assume postura: troll, militante, agressiva, questionadora, entre outras. Esses perfis comportamentais são chamados de “atores”. Para cada perfil, a equipe de campanha deve ter estratégia de relacionamento, seja para prevenir/controlar 1 crise, seja para dar mais voz a algum usuário.
Não se engane com números de seguidores. “Números de vaidade” são aqueles que só servem para deixar o relatório de mídias sociais mais bonito e mexer com o ego do candidato. Por exemplo, quando o número de seguidores no Twitter de 1 político crescer mais de 50% em menos de 24h, pode desconfiar. Qualquer investigação vai descobrir que ele usou ferramenta para compra de seguidores.
O que fazer?
Não pense apenas na quantidade, mas, sim, na qualidade dos seus fãs ou seguidores. Você está atingindo seu público-alvo? Eles interagem com você? Você consegue vender suas ideias para esse público?
Antecipar problemas (gestão de crise). Poucos candidatos fazem o monitoramento de seus nomes e de assuntos estratégicos em mídias sociais. Desta forma, não conseguem antecipar crises, nem prever cenários.
O que fazer?
O ideal é ter analistas monitorando as mídias sociais, classificando o que está sendo dito e separando por assunto. Com esses dados em mãos, a assessoria de comunicação pode pautar seu conteúdo de forma mais específica e também prever e prevenir crises.
Artes, santinhos e posts virtuais. Prática comum adotada durante a campanha é a digitalização dos “santinhos”, já bem estabelecidos no mundo off-line (desconectado). Como resultado, muitos usuários ficam incomodados com o turbilhão desse tipo de conteúdo em sua timeline (cronograma) e, consequentemente, cancelam as assinaturas ou dão unfollows (não seguem). Quem interage com este tipo de conteúdo são apenas militantes, profissionais da própria campanha ou usuários muito engajados.
O que fazer?
Poste conteúdos que se aproximem dos eleitores, humanize sua campanha, mostre como você pode mudar a realidade de cada pessoa. Ao invés de pedir votos, “venda” ideias. Mostre para o seu público-alvo que você compartilha das mesmas mazelas do que ele e, além disso, tem soluções para essas. Boa estratégia é buscar blogs que tratam de assuntos de sua campanha e interagir com as postagens.
Suas redes sociais com profissionais. Erro muito comum praticado pelos candidatos é deixar seus perfis em redes sociais nas mãos de pessoas leigas, seja por algum interesse político ou por pura ingenuidade.
O que fazer?
Analistas de mídias sociais são, normalmente, comunicólogos (jornalistas, publicitários ou relações públicas). É muito importante ter profissionais capacitados, já que eles estarão lidando com a sua imagem.
Premissas para o sucesso, além do marketing e das redes sociais
De modo resumido, se o candidato quer ter sucesso em sua campanha, deve geri-la e estruturá-la com base nas seguintes premissas:
1) Organização da militância;
2) Segmentação da comunicação política;
3) Publicidade digital;
4) Gestão estratégica;
5) Investimento em serviços especializados;
6) Humanização da imagem presidencial;
7) Conteúdo nativo;
8) Pensar fora da caixa; e
9) Marketing “do bem sem atacar os adversários”.
Este texto é parte integrante da Cartilha, de nossa autoria, que trata das “Eleições Gerais 2018: orientação a candidatos e eleitores”.
1 comentários:
Sinceramente, esta estrategia do "paz e amor" não vai colar nesta eleiçao tao polarizada. As pessoas nao tem mais paciencia para este papo "sou amigo de todos". Chegou a hora da verdade. O candidato que for incisivo e coerente. Mostrando lado terá sucesso. O tipo paz e amor vai pra banha...pode esperar
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