Por Marcelo Auler, em seu blog:
Bastou darem voz aos sócios da tradicional Associação Brasileira de Imprensa (ABI) que eles se manifestaram uníssonos. Na sexta-feira (27/06), pela segunda vez os associados da Casa do Jornalista foram chamados às urnas para decidirem sobre a futura administração da entidade. A primeira votação, em 16 de maio, com 256 eleitores participando, foi embargada judicialmente pelo ex-presidente da casa, João Domingos Meirelles.
Ao perceber que perdeu o apoio do corpo social da entidade, ele não apenas boicotou a eleição como correu ao Judiciário conseguindo impedir a apuração dos votos que, temos certeza, garantiam a vitória da Chapa2 – ABI: Luta Pela Democracia, encabeçada por Paulo Jerónimo de Souza, o Pagê, e Cid Queiróz Benjamin. Tal como aconteceu na quinta-feira passada, quando a Chapa2 recebeu o apoio de 56% dos eleitores.
O processo eleitoral na ABI neste ano de 2019 se caracterizou pelas sucessivas ações judiciais promovidas por Meirelles e seus asseclas na tentativa de impedir a vitória da oposição. Em primeira instância, perderam todas. Mas recebeu o estranho beneplácito do desembargador Marcelo Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio.
Este, além de impedir a contagem dos votos, garantiu a prorrogação dos mandatos dos diretores e conselheiros da ABI, que venceram em 13 de maio. Criou a figura do interventor e dos diretores biônicos.
Na expectativa de reverter o quadro, e em total desrespeito à manifestação dos 256 eleitores, Meirelles e o presidente biônico do Conselho Deliberativo, Luiz Carlos Azedo, convocaram novo pleito.
Deixaram sem resposta também um pedido assinado por 164 associados – o correspondente a quase 40% dos sócios em condições de votar -, de uma Assembleia Geral Extraordinária para debater a sucessão na ABI. Para Meirelles, os 164 sócios – jornalistas experientes e entre os quais dois desembargadores – foram “ludibriados” pela oposição.
Na quinta-feira, de um total de 506 sócios em condições de voto, a participação na eleição contou com 390 eleitores – o maior quórum registrado nos últimos anos. Destes 390, 188 votaram pelo site da entidade, de diversas cidades do país e até do exterior. Outros 202 compareceram à sede da ABI, no Rio, para depositarem suas cédulas na urna.
A vitória da Chapa 2 foi, provavelmente, ainda maior, já que a mobilização aumentou. Os 130 eleitores a mais que em 16 de maio são sócios que estavam afastados e voltaram à entidade para retirar Meirelles do cargo e darem nova vida à ABI.
A vitória da Chapa2 alcançou 56,66%, isto é, 221 votos, sendo 130 nas cédulas e outros 91 pelo site. A chapa da situação, pela qual Meirelles, Azedo e seus parceiros tentavam se reeleger, contou com o apoio de somente 97 eleitores (24,87%). Ou seja, não conquistou sequer um quarto dos associados, confirmando o que sempre dissemos: a categoria os rejeitou.
Já a chapa 3, que se dizia oposição também, mas não teve propostas concretas, mereceu meros 68 votos (17,4%).
A posse dos novos diretores foi imediata, garantida pelo presidente da Assembleia Geral Ordinária (AGO) que comandou o processo eleitoral, Fichel Davit,
Mas haverá, em data a ser marcada, a posse festiva, com a participação de entidades representativas de todos os arcos políticos e sociais da sociedade. Marcará o reingresso da ABI entre as entidades que defendem, com intransigência, o Estado Democrático de Direito e a liberdade de Imprensa, tal como o próprio Pagê anunciou depois de assumir seu novo cargo:
“O objetivo da chapa vencedora é resgatar o protagonismo da ABI, que nos últimos anos se viu desprestigiada como nunca havia acontecido nos seus 111 anos de existência. Nossa primeira providência será promover as antigas parcerias com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Clube de Engenharia, incorporando novas entidades da sociedade civil como Associação Brasileira dos Juristas pela Democracia (ABJD) e Associação Juízes para a Democracia (AJD)”.
A eleição desta nova diretoria foi possível uma vez que as propostas apresentadas encontrarem respaldo não apenas na maioria dos associados, mas também na categoria como um todo – onde muitos jornalistas ou abandonaram a entidade ou não viram interesse em se filiar à mesma – e ainda na sociedade civil, em especial entidades que lutam pelo Estado Democrático de Direito, a Liberdade de Imprensa e o devido respeito aos Direitos Humanos.
Foi uma luta árdua, demorada, mesquinha em certos momentos, mas que terá suas recompensas ao longo dos próximos anos para toda a sociedade brasileira. Esta terá na ABI uma trincheira na defesa do Estado Democrático de Direito, em especial neste momento que diversos setores políticos defendem a volta do totalitarismo, ainda que de forma simulada.
A todos que ajudaram a Chapa2 nestes quase cinco meses de luta, nosso agradecimento e o compromisso de que faremos por merecer o crédito e o apoio que nos foram dados.
Bastou darem voz aos sócios da tradicional Associação Brasileira de Imprensa (ABI) que eles se manifestaram uníssonos. Na sexta-feira (27/06), pela segunda vez os associados da Casa do Jornalista foram chamados às urnas para decidirem sobre a futura administração da entidade. A primeira votação, em 16 de maio, com 256 eleitores participando, foi embargada judicialmente pelo ex-presidente da casa, João Domingos Meirelles.
Ao perceber que perdeu o apoio do corpo social da entidade, ele não apenas boicotou a eleição como correu ao Judiciário conseguindo impedir a apuração dos votos que, temos certeza, garantiam a vitória da Chapa2 – ABI: Luta Pela Democracia, encabeçada por Paulo Jerónimo de Souza, o Pagê, e Cid Queiróz Benjamin. Tal como aconteceu na quinta-feira passada, quando a Chapa2 recebeu o apoio de 56% dos eleitores.
O processo eleitoral na ABI neste ano de 2019 se caracterizou pelas sucessivas ações judiciais promovidas por Meirelles e seus asseclas na tentativa de impedir a vitória da oposição. Em primeira instância, perderam todas. Mas recebeu o estranho beneplácito do desembargador Marcelo Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio.
Este, além de impedir a contagem dos votos, garantiu a prorrogação dos mandatos dos diretores e conselheiros da ABI, que venceram em 13 de maio. Criou a figura do interventor e dos diretores biônicos.
Na expectativa de reverter o quadro, e em total desrespeito à manifestação dos 256 eleitores, Meirelles e o presidente biônico do Conselho Deliberativo, Luiz Carlos Azedo, convocaram novo pleito.
Deixaram sem resposta também um pedido assinado por 164 associados – o correspondente a quase 40% dos sócios em condições de votar -, de uma Assembleia Geral Extraordinária para debater a sucessão na ABI. Para Meirelles, os 164 sócios – jornalistas experientes e entre os quais dois desembargadores – foram “ludibriados” pela oposição.
Na quinta-feira, de um total de 506 sócios em condições de voto, a participação na eleição contou com 390 eleitores – o maior quórum registrado nos últimos anos. Destes 390, 188 votaram pelo site da entidade, de diversas cidades do país e até do exterior. Outros 202 compareceram à sede da ABI, no Rio, para depositarem suas cédulas na urna.
A vitória da Chapa 2 foi, provavelmente, ainda maior, já que a mobilização aumentou. Os 130 eleitores a mais que em 16 de maio são sócios que estavam afastados e voltaram à entidade para retirar Meirelles do cargo e darem nova vida à ABI.
A vitória da Chapa2 alcançou 56,66%, isto é, 221 votos, sendo 130 nas cédulas e outros 91 pelo site. A chapa da situação, pela qual Meirelles, Azedo e seus parceiros tentavam se reeleger, contou com o apoio de somente 97 eleitores (24,87%). Ou seja, não conquistou sequer um quarto dos associados, confirmando o que sempre dissemos: a categoria os rejeitou.
Já a chapa 3, que se dizia oposição também, mas não teve propostas concretas, mereceu meros 68 votos (17,4%).
A posse dos novos diretores foi imediata, garantida pelo presidente da Assembleia Geral Ordinária (AGO) que comandou o processo eleitoral, Fichel Davit,
Mas haverá, em data a ser marcada, a posse festiva, com a participação de entidades representativas de todos os arcos políticos e sociais da sociedade. Marcará o reingresso da ABI entre as entidades que defendem, com intransigência, o Estado Democrático de Direito e a liberdade de Imprensa, tal como o próprio Pagê anunciou depois de assumir seu novo cargo:
“O objetivo da chapa vencedora é resgatar o protagonismo da ABI, que nos últimos anos se viu desprestigiada como nunca havia acontecido nos seus 111 anos de existência. Nossa primeira providência será promover as antigas parcerias com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Clube de Engenharia, incorporando novas entidades da sociedade civil como Associação Brasileira dos Juristas pela Democracia (ABJD) e Associação Juízes para a Democracia (AJD)”.
A eleição desta nova diretoria foi possível uma vez que as propostas apresentadas encontrarem respaldo não apenas na maioria dos associados, mas também na categoria como um todo – onde muitos jornalistas ou abandonaram a entidade ou não viram interesse em se filiar à mesma – e ainda na sociedade civil, em especial entidades que lutam pelo Estado Democrático de Direito, a Liberdade de Imprensa e o devido respeito aos Direitos Humanos.
Foi uma luta árdua, demorada, mesquinha em certos momentos, mas que terá suas recompensas ao longo dos próximos anos para toda a sociedade brasileira. Esta terá na ABI uma trincheira na defesa do Estado Democrático de Direito, em especial neste momento que diversos setores políticos defendem a volta do totalitarismo, ainda que de forma simulada.
A todos que ajudaram a Chapa2 nestes quase cinco meses de luta, nosso agradecimento e o compromisso de que faremos por merecer o crédito e o apoio que nos foram dados.
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